Chris Isaak anda a publicar discos desde 1985. Todos bons, e muito bons. Basta consultar o Allmusic para se perceber isso.
Mas é um nome ancorado a uma só canção. Um mal que ataca muito bom nome do imaginário pop/rock. Assim de cabeça lembro-me da associação Los Lobos - La Bamba...
No caso de Chris Isaak, para os mais distraídos, ou mais novos, a marca deu-se em 1989 quando o seu "mestre" Roy Orbison o inspirou a fazer o tema Wicked Game que apareceu no filme de David Lynch Wild At Heart.
A canção era tão boa que ganhou vida própria saiu do filme como se uma personagem bizarre lynchiana se tratasse e propagou-se a todos os cantos do mundo fazendo do disco "Heart Shaped World" um grande êxito na carreira de Chris, e até hoje se mantém no éter das rádios comerciais.
Só que Chris Isaak tem toda uma obra além de Wicked Game que merece ser (re)descoberta, e para o provar aqui está o primeiro disco de originais em sete anos recheado de grandes canções.
Mr. Lucky conta com as participações das cantoras Trisha Yearwood, na faixa "Breaking Apart", e Michelle Branch, em "I Lose My Heart", e é um enorme regresso à actividade.
Além do álbum, o cantor estreia hoje no Bio Channel o programa "The Chris Isaak Hour", onde conversa com outros artistas como Billy Corgan, do Smashing Pumpkins, Glen Campbell, Chicago e Cat Stevens.
Aqui fica Mr. Lucky, um disco ao bom velho estilo de grandes canções.
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