08 outubro 2009

Waymedia tem um milhão de argumentos para ser uma alternativa à rádio

Chama-se Waymedia, define-se como uma nova plataforma online de produção e difusão de música e vídeo e conta ter um milhão de argumentos, numa primeira fase, para convencer os utilizadores: um milhão de músicas para ouvir ou construir uma "playlist" de rádio, por tema, autor, ou, mais para a frente, música a música.

Carlos Marques, responsável da Waymedia, foi um dos fundadores do projecto Correio da Manhã Rádio. E também da primeira plataforma de rádios online, o Cotonete, do grupo Media Capital. É frequente pensar-se que as plataformas de rádio online nasceram para matar a debilitada rádio. Mas Carlos Marques discorda: “Estas plataformas são, cada vez mais, um meio convergente. Têm de ser encarados como novas oportunidades para as rádios expandirem os seus negócios. Esta vertente do online e do digital é subalternizada pelos media convencionais”, confessa sobre o projecto que se prepara para lançar no primeiro trimestre de 2010, a par com Joaquim Paulo, ex-director de programas do Rádio Clube Português e especialista em Jazz.

Para o responsável a Waymedia só tem concorrência com projectos semelhantes internacionais, invocando o exemplo da Last FM, o site internacional que tem como princípio dar a ouvir o que o utilizador quer, quando quer sem intermediários pelo meio.

Aqui o objectivo é o mesmo: “Queremos dar a ouvir música, de vários géneros, através de uma “playlist” já constituída ou com um formato personalizado”. Para isso a Waymedia vai trabalhar com cerca de 10 consultores musicais, entre eles o músico brasileiro Ed Mota e o britânico Gary Corben, da editora WhatMusic, especialista em música dos anos 60 e 70, ou o Dj e caça-talentos português Pedro Tenreiro. Mais para a frente a empresa quer oferecer a hipótese de escolha música a música. “Nisso seremos únicos”.

“As pessoas querem cada vez mais música. É isso que procuram. E contamos ter o maior catálogo online de música para lhes oferecer”, diz Carlos Marques, que acrescenta que estão também previstos conteúdos na área da música portuguesa com víduos de concertos e reportagens de bandas.

“Com a largura de banda de que já dispomos as plataformas digitais estão já em pé de igualdade com os meios convencionais. Falta só a Internet chegar ao carro. As rádios que ouvimos no computador já têm muitas vezes mais qualidade que o FM. E o mercado online está a crescer”, explica o responsável.

Está também nos planos da Waymedia, para 2010, um projecto de web TV interactiva, “em que os utilizadores interagirão com o apresentador, por exemplo, por meio de passatempos”, e uma possível parceria com um canal de cabo para um canal de música, adianta Carlos Marques.

fonte Público