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07 novembro 2006
«Game Theory», The Roots
Quando falamos dos The Roots, falamos de uma banda de hip hop com mais de 15 anos de carreira, com um historial que nos mostra que nunca facilitaram na produção da sua música, apostando sempre em composições cruas e duras.
Não deixa der irónico que os Roots sejam reconhecimos universalmente por pouco mais de 3 minutos de fama, numa canção chamada «The Seed» que correu até pelo ouvido menos atento ao género musical. Foi o chamamento para o disco de 2002 «Phrenology», e o consequente conhecimento de um auditório que desconhecia o trabalho da banda.
Era fácil para a banda repetir a fórmula e ir dando mais uns «the seed» nos seus trabalhos posteriores. Felizmente ?uestlove e seus companheiros encararam este êxito como um acidente de percurso e seguiram nas suas convicções, isto é temas fortes abordando assuntos pesados, dramáticos, críticos e musicalmente não facilataram. Também não endureceram, é preciso que se diga, o seu registo está longe dos tempos em que as faixas eram mais longas e improvisadas.
Este Game Theory é um disco marcado pela morte de Dilla, um companheiro do grupo. Está igualmente cheio de recados a uma indústria que ignora o livre talento em detrimento de fórmulas de sucesso.
Cumprem bem o papel que sempre desempenharam, mas também não se pode dizer que este regresso dos Roots traga algum material de obrigatório conhecimento. Continuam o seu caminho, o que já é bom.
The Roots
«Game Theory»
Def Jam/Universal
in Disco Digital