31 maio 2006

Atenção aos KUDU



O nome é engraçado e ameaça ser um dos projectos mais badalados do verão. Os Kudu são uma dupla formada por Deantoni Parks (baterista), e Sylvia Gordon (vocalista), partem de Brooklyn, Nova Iorque, para conquistar o mundo com um disco muito promissor, "Death Of The Party".
Fala-se em influências tão díspares como Dee-Lite, ESG, ou Creatures. Tudo misturado com o propósito de nos fazer dançar.
Descubram os Kudu no Myspace, onde podem ouvir alguns temas do disco.

30 maio 2006

A Nova Vaga


A estreia dos Nouvelle Vague foi um disco que acabou por ser muito ouvido e elogiado. Uma colecção de covers que acabou por ganhar uma dimensão interessante.
Foi em 2004 que uns arranjos entre a bossa nova e a canção ligeira francesa, deram nova roupagem a temas clássicos dos anos 80 de malta como The Clash, Joy Division, Dead Kennedys, Buzzcocks, Depeche Mode, por exemplo.
A brincadeira ficou séria e as vendas do disco, que os Nouvelle Vague apresentaram em Lisboa, surpreenderam e Marc Collin, e Olivier Libaux resolveram avançar para um segundo capítulo.

O novo disco, "Bande a Part" está quase a sair (12 de Junho), e já se pode ouvir algumas faixas no site da banda.
A capa é a que ilustra este texto e o alinhamento é o seguinte:

ECHO AND THE BUNNYMEN : killing moon (Melanie)

BUZZCOCKS : ever fallen in love (Melanie)

LORDS OF THE NEW CHURCH : dance with me (Melanie)

YAZOO : don't go (Gerald Toto)

BILLY IDOL : dancing with myself (Phoebe)

BLONDIE : heart of glass (Gerald Toto)

THE WAKE : o pamela (Marina)

NEW ORDER : blue Monday (Melanie )

THE CRAMPS : human fly (Phoebe )

BAUHAUS : bela lugosi's dead (Phoebe)

THE SOUND : escape myself (Phoebe)

HEAVEN 17 : let me go (Silja )

VISAGE : fade to grey (Marina)

BLANCMANGE : waves (Marina)

The Reggae Tribute to Pink Floyd


É bem verdade que já não há grande pachorra para ouvir os "clássicos" dos Pink Floyd, muito graças à exposição a toda a hora nas rádios.
Há uma alternativa interessante que é ouvir alguns dos temas mais conhecidos da banda em roupagens reggae.
Por estranho que pareça a mistura funciona mesmo bem, e apesar de todos os condimentos que caracterizam o reggae, as batidas e os baixos, há sempre a identificação de cada tema da emblemática banda.
Aqui fica o alinhamento de um disco altamente aconselhável para estes dias de calor:

1. Us And Them - Hurtin' BuckaroosMusic
2. Take Up Thy Stethoscope & Walk - JMJ BandMusic
3. Echoes - Hurtin' BuckaroosMusic
4. Careful With That Axe, Eugene - JMJ BandMusic
5. Run Like Hell - Glimmerglass Reggae EnsembleMusic
6. Mother - STUMusic
7. Interstellar Overdrive - JMJ BandMusic
8. Hey You - Hurtin' BuckaroosMusic
9. Another Brick In The Wall - STUMusic
10. Pink Skazmer (Original Composition) - Joe FerryMusic

Xutos, Da Weasel e Clã em Paris no Dia de Portugal

Uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos e da Música no Coração, vai levar à capital francesa três bandas emblemáticas da música nacional, para uma noite que foi baptizada de F’ESTIVAL Caixa 2006.
Assim os portugueses a viverem em Paris podem contar com actuações dos Xutos & Pontapés, Da Weasel e Clã. Aguarda-se grande romaria à sala mítica Zenith.

Os pormenores deste evento são adiantados pela Música no Coração:

A Caixa Geral de Depósitos e a Música no Coração levam a melhor música portuguesa a Paris no Dia das Comunidades Portuguesas. O F’ESTIVAL Caixa 2006, que decorre a 10 de Junho, apresenta Xutos & Pontapés, Da Weasel e Clã, no mítico Zenith de Paris (com capacidade para 6500 pessoas), a partir das 19.45 horas.

O evento é uma iniciativa da Caixa Geral De Depósitos - Sucursal França, em parceria com a Embaixada de Portugal, Fidelidade Mundial, Super Bock e a Associação Cap Magellan, sendo produzido pela Música no Coração. A entrada neste espectáculo é gratuita e os convites podem ser levantados nas 45 agências do Grupo CGD, em França.

O F’ESTIVAL Caixa 2006 destina-se especialmente a jovens luso-descendentes em França, cerca de 400 mil segundo dados da Cap Magellan (Associação de Jovens Luso-descendentes em França), interessados em acompanhar a cultura portuguesa, o que tem sido patente na adesão aos concertos promovidos pela CGD, desde há já alguns anos e que levam até este público os novos talentos da música portuguesa.

A actuação de três das mais importantes bandas lusas da actualidade, Xutos & Pontapés, Da Weasel e Clã, numa sala como o Zenith de Paris, constitui um acontecimento musical importante, que permite também dar a conhecer ao público francês a música portuguesa que se faz actualmente no nosso país.


29 maio 2006

Copa Reggae da RadioFazuma

A família da RadioFazuma, site de passagem obrigatória para quem segue as novidades do reggae, vai celebrar a chegada do Mundial de futebol com a edição de uma curiosa compilação.
Trata-se de um disco que reúne temas de reggae, e descendentes, compostos por artistas lusófonos representantes dos três países apurados para a fase final, Portugal, Angola e Brasil.
A capa, aqui reproduzida, faz a entrada do site RadioFazuma.
A edição está para muito breve.

Ian Simmonds é Wise in Time



Ian Simmonds, também conhecido por Juryman (nome com que editou excelentes discos como "The Hill" ) regressa aos discos com um novo projecto. Agora dá pelo nome de Wise in Time, e apresenta o álbum "The Ballad of Den the Men".
Desta vez Simmonds conta com a ajuda de quatro músicos alemães da área do jazz, e cozinha todos os ingredientes que são a sua imagem de marca em projectos anteriores. O resultado de "The Ballad of Den the Men" é uma sonoridade escura, envolta em ambientes intemporais vincados pelos sons do jazz e da electrónica. Como novidade temos o facto de ser o próprio Ian a dar voz aos temas. Um disco interessante a descobrir.
Mais pormenores no site da editora Crammed.

Pan Sonic na ZdB

Noite de sábado numa capital dominada pelos festivais para as massas, há sempre alternativas válidas. Na Galeria Zé dos Bois havia acção, como é costume, a chamar pelos nossos ouvidos.
Mesmo com um calor sufocante, e anormal para um fim de Maio, muitos foram os que rumaram à sala de espectáculos do Bairro Alto para ouvir a força da electrónica potente que geralmente os filandeses Pan Sonic imprimem nas suas actuações. Com a sala transformada em espécie de sauna, a dupla pôs à prova a resistência física e auditiva do público.
Na verdade foi mais por à prova a resistência à temperatura abafada, porque não se pode dizer que tenham abusado da excêntridade sónica, nem na altura do volume, nem no ruído.
Os responsáveis pela Säkhö Recordings estruturaram a sua actuação por altos e baixos de intensidade, com fases de em que o som tomava de assalto a mente seguindo as linhas não harmónicas. Mas nada de terror sónico. É caso para dizer que a frieza escandinava foi amansada pelo bafo lisboeta. Uma actuação bem conseguida, e do agrado mesmo de quem ouviu o concerto do pátio da ZDB, em vez de estar na sala como foi o caso do autor destas linhas.

Antes, o polaco, radicado em Tóquio desde 1994, Zbigniew Karkowski justificou todos os elogios que lhe são feitos pelos admiradores do noise, como Pedro Gomes, que não hesitou em o classificar como o Deus do Noise.

2º Dia, 1º volta do Super Rock

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Os Tool em Acção (foto de JP Almeida)

Noite de loucos à beira Tejo. Perto de 20 mil pessoas rumaram ao Parque Tejo ao fim de um dia de trabalho/estudos para celebrarem o rock e darem um novo e verdadeiro sentido ao nome Rock in Rio... Tejo.
Com o caos em que o trânsito lisboeta se encontrava a primeira tarefa não foi nada fácil de ser ultrapassada: chegar ao recinto. Foram precisas 2 horas para percorrer a distância entre Alcântara e Sacavém. Felizmente a Antena3 foi transmitindo os primeiros concertos em directo, e deu para ouvir os DapunkSportif e Primitive Reason. O pior foi perder a grande parte da actuação dos Alice in Chains, uma das presenças que despertava mais curiosidade.
O vocalista que ocupou o lugar do falecido Layne Staley fez os possíveis por manter a voz dentro do registo do que nos habituámos a ouvir nos discos. Embora conseguisse disfarçar, nunca ficámos convencidos da necessidade desta reunião. Deu para ver Jerry Cantrell e relembrar a década passada quando os Alice in Chains nos consolavam com as suas canções tristes e dramáticas.

Os Deftones tinham muitos milhares de fãs à espera e deram um concerto competente, melhor do que a última aparição em Alvalade. Chino Moreno, que não pára de alargar, está em forma e a sua voz continua com força para comandar os temas com que os Deftones conquistaram a imensa plateia.

A noite ia caíndo e a surpresa da brisa nocturna não substituir o calor sufocante do dia, era uma surpresa para todos os que iam precavidos com camisolas e casacos. Nunca uma noite do Super Rock, em versão Parque Tejo, foi tão quente. Quente e cheia de mosquitos que se instalaram sem pedir licensa.

Foi com este ambiente suado, e com o Parque Tejo cheio que os Placebo regressaram aos concertos em Lisboa. Quando recorreram aos temas mais antigos foi ver a urbe em delírio. Independentemente de já não haver grande pachorra para os Placebo, há que reconhecer que conseguiram arrancar um grande concerto, e safaram-se bem da incómoda posição de tocarem entre os Deftone e os Tool, bandas de outras divisões.

Os Tool, eram o grupo mais esperado da noite, não desiludiram os milhares de seguidores que os receberam calorosamente.
Com um concerto a debitar um som quase na perfeição, e apoiados em imagens de video projectadas nas tela gigantes, a banda de Maynard James Keenan correspondeu às expectativas e terminou esta primeira volta do Super Rock XL em grande estilo.

No palco dos portugueses destaque para o excelente concerto dos Vicious Five, cada vez mais uma certeza das novas bandas nacionais. Os X-Wife não convenceram com a apresentação do seu novo disco e os If Lucy Fell deram um concerto interessante, cheio de energia.

Dia 7 há mais.

28 maio 2006

Factos Reais - Plano B



Que o hip hop nacional não pára de crescer e de angariar novos adeptos enquanto a qualidade dos diversos projectos continua a surpreender agradavelmente, não é novidade para ninguém, desde que esteja minimamente atento ao movimento.

Este «Plano B» é mais um argumento de peso à teoria da grande forma do nosso hip hop. O colectivo Factos Reais assinam excelente proposta ao terceiro disco editado. Musicalidade cativante, rimas certeiras e mistura com as expressões de crioulo no meio do português bem tratado.

Letras interessantes, bem construídas, actuais e de fluidez cativante. Têm pedalada para mais de uma hora de música seguida. São 19 faixas cheias de Factos Reais. Mais um registo obrigatório da activa editora Matarroa.

Nota: 3/5

27 maio 2006

A Capital da Música


Foi uma sexta feira para mais tarde recordar. A loucura dos grandes festivais invadiu Lisboa em força. O trânsito caótico do fim da tarde de ontem, as movimentações de milhares de grupos em direcção à Bela Vista ou a Sacavém eram impressionantes.
Enchente no Rock in Rio, e o recinto do Parque Tejo muito bem composto para o segundo dia do Super Rock Super Bock.
Um calor sufocante, e uma noite inesquecível para a capital. É o arranque de noites loucas que vão animar Lisboa nas próximas semanas, é o Mundial, são as festas de Lisboa, a continuação dos dois grandes fetivais urbanos. Hoje há segunda noite do Rock in Rio com o que sobra dos Guns N' Roses, e os veteranos Xutos & Pontapés.
Enfim, Lisboa rocka, tal como a capa do JN mostra hoje.

26 maio 2006

Rocky Marsiano na Feira do Livro de Lisboa

Para quem não alinha em festivais há outras sugestões de concertos a não perder.
Destaque para a actuação de Rocky Marsiano no Auditório da Feira do Livro em Lisboa, hoje a partir das 22h.
A entrada é livre.

Derby RiR - SBSR

E ao segundo dia da época festivaleira temos um interessante confronto entre o Super Bock Super Rock e o Rock in Rio, em dia de estreia.
Perto do Tejo aposta-se no rock convincente dos Tool, Deftones, e dos ressuscitados Alice in Chains, entre outras proposta. Para os lados da Bela Vista aposta-se tudo na carinha laroca da bela Shakira, nos Jamiroquai, na Ivete Sangalo e nos... D'ZRT, por um mundo melhor.

A minha escolha é de caras para o rock dos Tool, com muito curiosidade em ver a reencarnação dos Alice in Chains, que tão boas músicas nos deram nos anos 90, e ver se desta os Deftones convencem.

No Super Bock Super Rock:

Act 1 - 26 de Maio
Tool - 00H40
Placebo - 22H45
Deftones - 21H00
Alice in Chains - 19H25
Primitive Reason - 18H00

*** Palco Quinta Dos Portugueses - Worten ***

Vicious 5 - 00H10
X-Wife - 22H25
If Lucy Fell - 20H40
DaPunkSportif - 19H05



Festival Rock In Rio-Lisboa
Shakira + Jamiroquai + Ivete Sangalo + D'ZRT + Tocá Rufar + Expensive Soul + Fingertips + The Room 74 »

25 maio 2006

Atenção Bilhetes para Dj Shadow já à venda!

Informação disponível no site da Ticketline:

Dj Shadow, um dos génios da vanguarda do hip-hop norte-americano, apresenta, dia 14 de Junho no Lux, o grande fenómeno do momento no rap underground, surgido na sempre prolífica cena de São Francisco.

Para descobrir a frescura do movimento HyPhy, nada melhor do que usar os seus expoentes máximos, os três MC’s mais importantes do momento: Keak Da Sneak; Turf Talk; e Nump.

Ritmos crus, rimas directas e melodias extra-simples são algumas das imagens de marca destes três MC’s e de todo o movimento HyPhy.

Dia 14 de Junho, Portugal funciona como porta de entrada do HyPhy na Europa, a apresentação de DJ Shadow no Lux é a primeira a ser feita em território europeu. De Portugal o movimento seguirá para Espanha, onde actuam no mítico festival Sonar.

14 de Junho - DISCOTECA LUX - Lisboa
Entrada: 20.00€
Início do Evento: 23H00

Nobody's Bizness de Passagem Pelas Catacumbas a Caminho de Sines

Para quem ainda não sabe, Nobody's Bizness é a melhor banda a tocar blues que temos por cá, digo eu. Costumam aparecer nas últimas quintas feiras de cada mês nas Catacumbas, bar do Bairro Alto. Os Nobody's Bizness estão a ganhar as merecidas asas e estão a caminho de Sines para apresentar os seus clássicos blues, mas antes vão estar no local do costume já hoje à noite.

Aqui está a explicação nas palavras da própria banda:

E porque uma viagem destas exige preparação, entramos em estágio no Catacumbas Jazz Bar esta Quinta-feira, dia 25 de Maio pelas 23 e qualquer coisa. Para os menos aventureiros de entre vós, que não contam acompanhar-nos na mirabolante viagem até Sines, temos blues na mesma – só não temos nem Paulo nem Vasco da Gama(o que é uma pena, dirão vocês e dizemos nós também, porque é mesmo. Nunca se ouviu alaúde igual ao daqueles dois). O estágio, aqui, já é de borla, a cerveja é que não.

Recapitulando: Estágio no Catacumbas, dia 25 de Maio às 23 e qualquer coisa. Viagem até Sines, dia 27 de Maio às 22h30, no Auditório do Centro de Artes de Sines.

Quem somos e o que fazemos?
Somos descobridores, ora então, mas que raio de pergunta.
--
Nobody's Bizness if we share the blues with you.
http://www.myspace.com/nobodysbiznessband
Isto não é SPAM, são os Descobrimentos.

O Arranque da Temporada de Festivais

Começa hoje a longa maratona de festivais de música que vão correr o país de norte a sul nos próximos meses.
No Parque Tejo quando forem 18h os Ramp sobem ao palco principal e dão o primeiro concerto do 12º Festival Super Rock. Este primeiro dia é dedicado ao rock em tons de negro. Aqui fica o programa de hoje:


*** Palco Super Bock ***

Act 1 - 25 de Maio
Korn - 00H00
Within Temptation - 21H55
Soulfly - 20H30
Moonspell - 19H05
Ramp - 18H00

*** Palco Quinta Dos Portugueses - Worten ***

Act 1 - 25 de Maio
Bizarra Locomotiva - 23H30
Cinemuerte - 21H35
Twenty Inch Burial - 20H10
Devil in Me - 18H45



O Grandes Sons vai lá estar e dará conta do andamento desta noite de estreia festivaleira. Podem acompanhar a cobertura do evento na rádio Antena 3.

Prince Far I - Silver & Gold 1973-1979


O reggae pegou por cá. A divulgação entre as gerações mais novas é um facto real e o crescendo de interesse por esta música é perceptível tanto nas rádios como a nível de concertos organizados por cá.

No entanto com tanta procura pela nova geração representada por gente como Damian Marley, Patrice ou Gentleman, corre-se o risco de passar por cima de uma enorme e riquíssima história musical, que devia ser descoberta por todos os amantes das good vibes do reggae. Pior ainda, se seguirem só as ramificações já bem descaracterizadas como o reggaetoon, os interessados vão ignorar grandes obras perdidas no tempo.

Prince Far I é um dos exemplos que devem ser descoberto e explorados. A sua característica voz, apelidada de «The Voice of Thunder», é uma lenda no mundo reggae. Graças ao trabalho da editora Blood and Fire, é possível encontrar temas perdidos ao longo dos tempos.

São 19 faixas com versões dub, canções originais e outras surpresas desta figura que só começou a cantar por acaso em 1970, no dia em que alguém faltou a uma sessão de gravação. Prince Far I foi segurança e DJ, acabou a cantar sobre religião, guerra, opressão na Jamaica. Morreu cedo. Assassinado em 1983.

A sua voz forte e grave é um ponto de audição obrigatório para quem goste de reggae e esta compilação é um tesouro em forma de CD.

Nota: 4/5

24 maio 2006

Programa do Festival Músicas do Mundo em Sines

Já há programa para o Festival de Sines deste ano.
A página oficial do Festival já adianta informações:

A MELHOR música que se faz no mundo volta, em Julho de 2006, a ter o seu maior palco português no Festival Músicas do Mundo de Sines. Com iniciativas paralelas, no novo Centro de Artes de Sines, logo a partir do início do mês, o FMM tem este ano o programa de concertos concentrado entre os dias 21 e 29 de Julho. De 21 a 25 há música todos os dias no palco reforçado de Porto Covo, e entre 26 e 29 decorre o programa musical intensivo na cidade, com concertos na Avenida da Praia e no Castelo.
21-25 Julho 26 Julho 27 Julho 28 Julho 29 Julho
Mayra Andrade Jacques Pellen Vusi Mahlasela Nuru Kane Mariem Hassan
Boris Kovac K'Naan Gaiteiros de Lisboa The Bad Plus Värttinä
Actores Alidos . Abou-Khalil / Kühn Trilok Gurtu Cordel F. Encantado
Vaguement la Jungle Julho Toumani Diabaté Thomas Mapfumo Seun Kuti & Egypt 80
Dazkarieh Iniciativas paralelas Alamaailman Vasarat Tony Allen Ivo Papasov
Eliseo Parra

Legenda: Porto Covo Av. Praia Centro de Artes Castelo

RX - Novo Jornal de Música


A partir de hoje é possível encontrar um novo jornal dedicado à música, e ao cinema, chama-se RX e o primeiro é distribuído gratuitamente.
Segundo o site Meios & Publicidade, o RX pode ser encontrado em em universidades, escolas, cinemas, bares, lojas de discos e bibliotecas das cidades de Lisboa, Porto e Setúbal, bem como nos festivais Rock In Rio e Super Bock Super Rock XL.

No dia 14 de Junho, com preço de capa de 1 euro e tiragem de 20 mil exemplares, sai o 2º número, entretanto podem visitar o espaço RX na internet.

No site da Cotonete há mais informações:
Criada pela empresa MX3 Artes Gráficas e orientada para um público dos 15 ao 30 anos, a RX é apresentada pelo director do projecto, Rui Maciel, como «um regresso às origens da revista Raio X», que na década de 90 surgiu nas bancas como jornal e, mais tarde, revista.

A RX terá 32 páginas e uma reduzida redacção fixa, entregando a «produção dos conteúdos» a colaboradores externos, e o autor do Grandes Sons também contribui.

Amor às Primeiras Audições



Para a recta final da primavera, os sons de "Shine of Dried Electric Leaves", novo disco de Cibelle Cavalli, são completamente viciantes.
A bonita voz da brasileira dá vida e alma a composições que acabam por não nos sair do ouvido e da mente. São 14 canções, pelo meio há um dueto com Devendra Banhart, que se ouvem em modo de repetição sem cansar.
Melodias de encantar, ritmos de embalar, e a voz de Cibelle que nos faz sonhar.
O disco perfeito para ouvir nestas semanas pré-verão.

23 maio 2006

A Bor Land Dá Notícias

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A editora Bor Land dá sinais de vitalidade e faz chegar notícias via e-mail:

E na verdade parecia tudo parado, mas não. Voltamos ao ataque após um ano de 2005 recheado de pequenas peças cheias de sons!! Em 2006 o desafio é outro. A edição de novos artistas e algumas representações em formatos ainda não explorados pelo nosso catálogo. Bor Land 2006 = Bypass / Alexandre Soares + Jorge Coelho / La La La Ressonance / Most People Have Been Trained To Be Bored / Bruno Buarte + Old Jerusalem + Puny, 2006!!!


Tudo, discos novos e concertos, para acompanhar com atenção.
Visita obrigatória a: Bor Land

Bob Marley & The Wailers - Burnin'


Como introdução fica já o aviso que o objecto aqui em análise faz parte dessa ilustre colecção de edições luxuosas que a editora Universal, em boa hora, resolveu criar e denominar de «Deluxe Edition». Quando virem um disco da vossa preferência reeditado com este selo, não hesitem, adquiram logo.

No caso de Bob Marley a colecção vai crescendo e os fãs só podem dar graças a Jah. Agora chegou a vez de «Burnin'» ser alvo de reedição em formato deluxe.

Originalmente editado há 32 anos, «Burnin'» sucedeu ao, também imperdível, «Catch a Fire» e foi a quarta edição dos Wailers.

Fortemente marcado por mensagens políticas e religiosas, este disco deixou para a história do reggae temas imortais como «Get Up Stand Up», «Duppy Conqueror» e é conhecido por ser o álbum que tem «I Shot The Sheriff».

É o último disco em que os Wailers funcionam como um colectivo que abriga Bob Marley, Peter Tosh e Bunny Wailer, que depois partiram cada um no seu rumo, deixando Marley a comandar o grupo.

Esta edição especial dá a conhecer os dez temas do disco original, com som remasterizado e acrescenta mais cinco temas de bónus: «Reincarnated Souls», «No Symphaty», «The Opressed Song» e duas versões ainda não editadas de «Get Up, Stand Up», o emblemático que marca a abertura de «Burnin'», isto no primeiro disco.

Depois no segundo disco temos a oportunidade de ouvir um concerto nunca antes editado. Trata-se de uma actuação em Leeds (Novembro de 1973). Ao todo são uma dúzia de faixas que proporcionam avaliar a excelente performance dos Wailers ao vivo.

Como é hábito nestas edições, o package é irresistível, com uma qualidade gráfica superior e traz ainda um livrete com um texto explicativo sobre o disco da autoria de Scott Shinder, com as letras todas publicadas.

Verdadeiramente imperdível, não só para a comunidade rasta, como também para todos os que gostam de celebrar a música.

edição: 2005

Nota: 4,5/5

22 maio 2006

O Progama Definitivo das Festas de Lisboa

Voltando ao programa das festas da capital , já há página actualizada com todos os detalhes dos eventos que vão animar Lisboa no próximo mês.
Podem marcar nos vossos favoritos o site das Festas de Lisboa 2006.

Bilhete Com História ( 4 ) Lulu Blind no Ritz

Numa noite de 13 de Maio concerto marcado para a sala lisboeta Ritz Club ( a propósito, alguém sabe quando é a reabertura prometida? ) a meio da semana.
Os Lulu Blind tinham fama, e proveito, de arrancar sempre concertos contagiantes.
O concerto estava marcado para as 22h, e eu ia assistir para depois escrever para o site Music.Net. À hora marcada a sala estava deserta.
O pior é que o tempo ia passando e pouca gente foi chegando, dava para perceber que naquela noite a coisa não ia correr bem.

Quase à meia noite a banda lisboeta lá deu início ao concerto, na sua frente não estavam mais de 20 pessoas.
Como é evidente não havia grande ambiente, e Tó Trips não aguentou muito tempo a tocar.
Os músicos aproveitaram um intervalo entre temas e ficaram na conversa com os poucos presentes. Deve ter sido dos concertos mais curtos dos Lulu Blind.
Uma noite insólita no Ritz, a 13 de Maio de 1998.

Os Velvet Underground no Lawrence Welk Show em 1968

Calma, não se trata do raríssimo video original da histórica actuação dos Velvet Underground a tocarem "Sister Ray" no popular programa de Lawrence Welk. Ficou conhecida como a primeira aparição dos Velvet para um público vasto e generalista.
O que se vê aqui é uma montagem muito interessante do realizador Darren Hacker, que deu o som dos Velvet às imagens do show de Lawrence Welk.
À atenção dos muitos fãs dos grandes Velvet Underground:

21 maio 2006

Afinal a Luta Anti-Pirataria é Só Contra Alguns!!

Fantástico! Ficam a saber que aquela fúria toda de nos levarem a todos presos por descarregarmos, e disponibilizarmos músicas e filmes via internet, não é dirigida a todos.
Como se sabe, estamos todos sujeitos a receber cartinhas simpáticas em casa dando conta dos crimes graves que andamos a fazer ao deixarmos que nos copiem ficheiros de faixas de músicas, ou filmes. Ameaçam com multas pesadas e até prisão. O pânico chegou há um mês com os telejornais, e jornais a darem grande destaque ao combate aos criminosos que descarregam música e filmes.

Então não é que ficamos a saber que cidadãos como o Nuno Gomes e o Petit, jogadores do Benfica e da Selecção, levam consigo dvd's ilegais para verem em estágio?!
Está tudo no site Megafone e veio publicado no jornal Correio da Manhã:

A FEVIP (Federação de Editores de Videogramas) insurgiu-se ontem contra o facto de Nuno Gomes ter afirmado, no ‘Jornal da Noite’ de quarta-feira, na SIC, que levava para estágio os filmes ‘Missão Impossível 3’ e ‘Instinto Fatal 2’, películas essas que, a nível mundial, ainda só estão disponíveis no cinema. Ou seja, segundo a FEVIP, o jogador internacional da Selecção está a ter “aproveitamento de obra usurpada”, algo ilegal. No entanto, aquela entidade não pensa agir judicialmente contra o jogador, mas gostava que o mesmo se retractasse.

O Nuno Gomes está lixado, vai levar uma bela de uma multa, pensei eu.
Qual quê?! Vejam a simpática reacção do director-executivo da FEVIP:

“Não está nos nossos planos meter o jogador em tribunal. No entanto, é verdade que ele está a colaborar com criminosos. Gostávamos de ver o Nuno Gomes a dizer que prefere os filmes originais e estamos dispostos a oferecer à Selecção os filmes que quiserem. É que o que o Nuno Gomes diz possuir não passa de um aproveitamento de obra usurpada, o que é ilegal”, disse Paulo Santos, director-executivo da FEVIP, criticando depois o jogador do Benfica.
“Ele tem de lembrar-se que é um ídolo para muitas pessoas e poderá, deste modo, estar a influenciar essas mesmas pessoas. Há empregos em risco devido a essa pirataria e todos deveriam levar isso em conta. De certeza que o Nuno Gomes, e alguns dos seus colegas, não ganhariam tantos milhões se nós fossemos aos estádios e não pagássemos. Gostaria e acredito que ele se vai retractar e pedir desculpa, já que é uma pessoa de bem.”

Também Petit teve direito a um reparo por parte da FEVIP, embora mais moderado. “Na reportagem foi exibida ainda uma mala do sr. Petit, com um número elevado de DVD, com capas e caixas diferentes das usadas pelas editoras por nós representadas”

Gosto muito da parte: Sr. Petit.
Mas há mais! Ainda segundo o Megafone:

Há alguma semanas, e quando se soube que Diogo Valente seria jogador do FC Porto, uma estação televisiva fez uma reportagem no estágio dos Sub-21 e esse atleta, descontraidamente, chegou ao ponto de dizer com o maior dos desplantes que era um dos roupeiros que vendia os filmes aos jogadores.

A partir daqui qual é a moral com que nos ameaçam com multas e tribubais?!

A Final da Eurovisão



Já que falei da meia final do Festival da Canção da Eurovisão, deixo um comentário à final que se realizou esta noite.
E não é que a Europa elegeu a canção da Finlândia como grande vencedora? Os tais que apareceram num estilo Slipknot, convenceram o Velho Continente e ganharam de maneira clara levando para a Finlândia a organização do próximo Festival em 2007.
Se a tendência for para manter, então sugiro desde já que se convença os Moonspell a concorrerem no próximo ano. É que se a Eurovisão está numa de rock mais pesado nós podemos aspirar a algo de grande. Os Moonspell iriam à Finlândia com as mesmas expectativas de vitória da selecção de Scolari na Alemanha. E nem era preciso bandeira feminina no Jamor.
Os Mr. Lordi venceram com o tema "Hard Rock Hallelujah" somando 292 pontos, esmagando assim alguns favoritos como a Rússia, Suécia ou Irlanda.
Os chatinhos da Bósnia e Herzegovina ficaram em 3º lugar, enquanto os gozões da Lituânia acabaram num honrosos 6º lugar.
As belas meninas da Macedónia, Ucrânia e Moldávia (grande sensação da noite), não chegaram ao topo, mas encantaram os olhos europeus.
As Ketchup de Espanha foram a grande desilusão, só somaram 18 pontos.
Para o ano há mais na Finlândia, quem sabe se numa versão mais gótica do Eurofestival.

20 maio 2006

Os Artic Monkeys Passaram por Lisboa


Não pude ir ao concerto de 5ª feira à noite dos Artic Monkeys em Lisboa, mas estava com curiosade para saber como se portou a banda querida )versão 2006) do Reino Unido, uma vez que até gosto do álbum "Whatever People Say I Am, That's What I'm Not".
Pelos vistos a noite foi boa e os rapazes corresponderam às expectativas, e ao histerismo do público que esgotou o Garage!
Segundo diz a amiga Ana Baptista na crónica que escreveu para o Disco Digital até houve soutiens no ar!

"Em consequência o Paradise Garage esgotou (e tornou-se demasiado pequeno para a histeria), venderam-se t-shirts da banda a rodos (apesar de custarem 20 euros), e até houve soutiens atirados pelo ar. "

"
A ajudar à força da música esteve a presença bastante segura em palco, admirável para quem está na sua primeira digressão mundial."

Na Primeira parte os portugueses Vicious Five também convenceram:
"A apresentação podia ter corrido melhor, não fosse uma boa parte do público não conhecer a banda, mas mesmo assim os arriscaram experimentar novas formas de tocar os temas de sempre. A versão de «Fight for Your Right», dos Beastie Boys foi a cereja no topo do bolo… para quem gosta, claro."

Podem ler o texto todo em Disco Digital.

Também a Lia Pereira, igualmente amiga, ficou convencida com a actuação dos Artic. A sua prosa para o Cotonete é esclarecedora:

"os AM instauraram o motim com 'I Bet You Look Good On The Dancefloor' e as excelentes 'When The Sun Goes Down' e 'Fake Tales of San Francisco', tendo esta gerado um dos coros espontâneos da noite e registado o segundo maior abalo no sismógrafo do Garage. No geral, a banda pode orgulhar-se de um concerto quase sem pontos mortos, em que as melodias mais divertidas ('Mardi Bum') se ligaram pacifica e frutuosamente com o andamento veloz de pândegas como 'A Certain Romance', que fechou a noite. Sem encore nem reticências, mas com a certeza de que, desta vez, a verve de narrador britânico não tocou apenas os súbditos de Sua Majestade."

Para ler tudo em Cotonete.

19 maio 2006

Uma Remix Para Ouvir Já

MONOLAKE / DEPECHE MODE - Suffer Well - Limited Edition, Numbered 7, Mute

Aconselhado pelo amigo Luís Marta, cheguei até a uma remistura bem interessante para um tema do mais recente, e bom, álbum dos Depeche Mode.
É uma remix de Monolake para a última faixa de "Playing the Angel", "The Darkest Star". Muito bem conseguida, confiram aqui:
The Darkest Star - Monolake Remix

Monolake é um alemão dado à música electrónica, e que se define assim:
"My music is about the exploration of sound, rhythm and structure, about the interaction between a sonic event and the space in which it happens.".
Para os apreciadores do género aconselho a audição de uma actuação de Monolake disponibilizada gratuitamente aqui:
A radio concert recorded in Melbourne february 4th 2005 by Monolake

Ainda podem ler uma entrevista a Monolake no site dedicado aos Depeche Mode: Home.

O Festival da Canção

É daqueles eventos que povoam o nosso imaginário ( os sub-25 estão dispensados de ler esta prosa). Quem não se lembra das noites em frente ao televisor a ver ano após ano a canção portuguesa na Eurovisão a tentar fujir do último lugar (salvo raras excepções) com os pontos da Espanha ou de França?

Eu perdi o interesse pelo eurofestival a partir do ano 1990. Sim, foi em 90 que uma representante da antiga Jugoslávia (país que também brilhava nos Jogos Sem Fronteiras, mas isso é outra conversa) deslumbrou os nossos corações (leia-se olhos de adolescentes) com uma presença inesquecível. Uma espécie de Marilyn Monroe com um justo, e vistoso, vestido rosa e salto alto a condizer. Uma imagem que marcou uma geração ao ponto de ainda hoje ser possível encontrar pela internet as imagens de tal actuação.
A imagem “http://www.ndrtv.de/grandprix/images/tajci_1990.jpg” não pode ser mostrada, porque contém erros.
A juntar à fresca e ousada imagem, Tajci (um nome que não engana) interpretou uma canção do melhor pop açucarado da época, com um arranque a fazer lembrar Transvision Vamp.
Se não acreditam nestas palavras façam o favor de descarregar Cokolada, o tema em questão:
Tajci - Cokolada

Para se ter uma ideia do que estamos a falar, Tajci brilhou no ano em que Portugal foi representado por Nucha a cantar "Há Sempre Alguém".
A injustiça da votação não deu a vitória (mais do que merecida) à Jugoslávia, e o júri preferiu a música italiana, com o insonso nome "Insieme: 1992", cantada por Toto Cutugno, que fazia jus ao seu primeiro nome.
Como se pode perceber Tajci foi uma incompreendida pelos espectadores europeus, mas ficou nos coraçoes de todos os rapazes do Velho Continente. Mesmo assim acabou num honrado 7º lugar com 81 pontos, todos dados por júris masculinos, digo eu.
Já agora fica a pontuação de Portugal: 9 pontos. Mais um que Finlândia e Noruega, que ficaram em último.
Para fechar o tema Eurovisão 90, fica a cereja em cima do bolo, o video da interpretação jugoslava:
Video de Tajci - Cokolada

Eurovisão 2006

Tudo isto veio à memória muito por culpa da transmissão da edição do Festival Eurovisão da Canção 2006 a decorrer na Grécia. Calhou ver uma parte e fiquei surpreendido com o formato. O Festival está transformado numa espécie de Liga dos Campeões, hoje jogava-se a pré-eliminatória (a que eles chamam de meia final) com o propósito de afastar uns quantos países da final que decorre no sábado, e onde já estão os habituais favoritos Inglaterra, França, Israel, Alemanha ou Espanha (com um tema das Ketchup que promete fazer furor no verão).
Vejo muitas caras bonitas. Miúdas giras, com pouca roupa, coreografias à MTV, temas a fazerem lembrar Shakira (a representante da Ucrânia é mesmo a Shakira de leste!), Britney Spears (Islândia), J Lo ( Macedónia). Por falar em Macedónia, Elena Risteska é um nome a decorar, talvez a sucessora de Tajci.
Muita cor, muito ritmo, e alguma actuações curiosas. Portugal foi representado pelas Nonstop, miúdas vistosas que não destoaram e com uma canção de refrão orelhudo e em inglês, "Coisas de Nada". Título bem escolhido para o resultado final, já que fomos eliminados.

Mas Portugal é eliminado de forma pouco convincente. É claro que em comparação com a bela música (e intérprete) da Suécia ficamos a perder muito, mas eu vi pelo menos quatro países serem apurados de forma incompreensível.
A Finlândia mandou uma versão inacreditável dos Slipknot!! Mau demais.
A Lituânia é representada por seis rapazes que repetem a frase "We are the winner's of Eurovision" do principio ao fim da música(?)! Até tem piada, aliás o momento foi hilariante, mas daí a serem apurados...
Da Bosnia e Herzegovina vem um Hari Mata Hari tão chatinho que dá sono.
E da Irlanda lá veio um gajo armado em Logan com a cançãozita da tanga.
Todos estes passaram, e as nossas miúdas ficaram de fora! Injustiça.
Ou seja, apesar da imagem moderna do Eurovisão, a injustiça continua como nos bons velhos tempos de Tajci.

18 maio 2006

A Very Special Acoustic Night With Dave Matthews - Birmingham Academy 13/05/06

O espaço que se segue é da responsabilidade do membro do Fórum Sons, AliveRockBoy.
O rapaz foi atrás de um sonho e voou até Birmingham para assistir a um dos raros concertos de Dave Matthews na Europa.
Eu adorava ver a Dave Matthews Band ao vivo, é um desejo que já vem de longe. Quando vi anunciadas datas para Dave Matthews em Inglaterra pensei que era desta que eu os ia ver, mas os preços elevadíssimos dos bilhetes, e o facto de ser o líder a solo sem a banda por trás, desencorajou-me.
Pedi ao AliveRockBoy que escrevesse uma prosa sobre a sua aventura para poder partilhar com os leitores do Grandes Sons. Pode ser que qualquer dia seja eu a assinar a reportagem de um concerto da DMB, ainda não perdi a esperança. Muito obrigado AliveRockBoy.

O sonho interrompido

user posted image

São mais ou menos 11h40 quando o avião da Ryanair toca o chão do Aeroporto de Stansted. Londres recebe-nos fria e com um céu cinzento como é seu apanágio. Mas para nós, o dia não podia ser mais azul e o ambiente não podia estar mais quente. Depois de ultrapassarmos a má organização da alfândega do aeroporto (não é só cá em Portugal) e depois de termos descoberto que para alugarmos o carro que tínhamos reservado afinal ainda tínhamos de pagar mais umas boas libras por mais uns seguros, partimos em direcção ao destino desejado.
O dia tinha contornos de sonho. Era tudo tão estranho… os carros a andarem do lado contrário, a paisagem vasta e totalmente amarela… nada ali nos era familiar.
Por volta das 16h00 entramos em Birmingham. Passamos à frente da Academia. O ambiente ainda estava pouco mais do que nulo. Estranhamos. Sabíamos que as portas abririam às 18h00 e estamos habituados a ver em Portugal longas filas de espera umas boas horas antes da parede de ferro se abrir para nos dar passagem. Ali não estariam mais de 20 pessoas. Aproveitamos a pouca afluência para irmos almoçar. No regresso o ambiente já se começava a compor. Eram agora 17h00. Faltava pois apenas uma hora para o primeiro momento do dia. Agora a fila já se estendia por umas centenas de metros e ficámos algo tristes por nos imaginarmos bem longe do palco. Quando já se definiam estratégias para furar até lá à frente acontece algo totalmente inesperado. Na parede que acompanhava a fila começam a ser coladas folhas de papel que anunciavam a existência de uma “Fast Track”. Em resumo, era uma nova fila que se formaria e que teria prioridade sobre a fila normal para o concerto. E para entrar nessa fila bastava ir ao Bar da Birmingham Academy beber qualquer coisa. Ao início não acreditámos. Pensávamos ser alguma brincadeira de amigos. Depois, quando um dos seguranças do recinto veio gritar aquilo que estava escrito no papel para toda a fila começamos a achar que talvez fosse verdade. Não fomos todos, não fosse o diabo tecê-las. Alguns de nós foram num instante ao bar saber se era verdade, viram que sim e chamaram os outros. E foi assim que só com apenas uma cerveja (intragável por sinal) me vi com apenas 20 pessoas à minha frente para entrar. Chegam as 18h00 e com ele primeiro grande momento do dia. À entrada, o porteiro diz que será autorizado todo o material de fotografia, vídeo e som que não seja amador. Até nisto o Dave é grande. A escolha do lugar não foi difícil. Bem ao meio, com apenas 3 ou 4 pessoas à frente. Restava esperar e ver quem eram aqueles tais de Subculture que eram anunciados juntamente com Dave Matthews. Às 18h30, as luzes apagam-se. Vai começar o espectáculo. As pulsações sobem. Naquela altura, não sabíamos se os Subculture iam fazer a primeira parte ou se iam tocar com o próprio Dave Matthews. Se o coração disparou, depressa se acalmou. Quem entra na sala é um jovem, sozinho com apenas uma guitarra. Sentado num banco toca durante 45 minutos músicas calmas, de embalar, com boa sonoridade e voz mas tudo muito igual. Simpático, brinca com o público e despede-se rigorosamente às 19h10. Estava feito. Agora a sala seria só para o Dave. Olho à volta. Aquilo não era muito diferente de uma discoteca apinhada. Imaginem num espaço com dois andares em que o segundo é uma varanda. Por baixo da varanda são os bares. No espaço não coberto pela varanda é a pista de dança (naquele caso a plateia). Está cheia como um ovo. À frente estava o palco. O calor também aperta mas isso já não interessa para nada. A impaciência cresce de forma exponencial à medida que os segundos passam. Olho o relógio, são 19:28. Tinham-nos dito que o concerto estava terminado no máximo às 22h00. Não tinham sequer passado 2 minutos quando a música que estava a dar (Jack Johnson) se cala. As luzes voltam a baixar e a festa toma conta do recinto. Dave entra sorridente. Sozinho mas seguro. Ocupa todo o palco. De calças de ganga e camisa azul, apenas com a sua guitarra prepara-se para os seus primeiros acordes. Bartender abre as hostes. O público mostra-se em sintonia com o músico e cantam a letra toda sem uma única falha. Seguem-se Grey Street, So Much to Say, Where are You Going e Smooth Rider. O concerto começa bem. Dave faz questão de mostrar que está bem disposto. Ri-se, conta histórias, faz palhaçadas no palco. O concerto continua. É tempo agora de visitar com mais pormenor o seu álbum a solo. Stay or Leave e Save Me saem seguidas e juntamente com Old Dirt Hill preparam o verdadeiro primeiro grande momento da noite. Dancing Nancies surge com todo o publico a cantar bem alto. Nesta altura as músicas de DM e de DMB alternam-se. É tempo de Some Devil (vê-lo numa guitarra eléctrica, para mim, é estranho). Everyday, Gravedigger, Crush e Lie in Our Graves e So Damn Lucky fecham a primeira parte. Uma primeira parte que deixa Dave Matthews encharcado em suor e o público em êxtase. Até podia ficar por ali que já tinha sido excelente. Mas o público queria mais. E o Dave também.

De regresso, já com uma t-shirt, continua bem disposto e com vontade de conversar. Pede ao público silêncio e que o ajude naquela música dedicada à irmã. É a hora de Sister. A tão aclamada versão de All Along The Watchtower tem tanto de fantástica como de tenebrosa. Dave Matthews despede-se do público, promete regressar brevemente com “the rest of the guys”, acena, sorri e finalmente vira costas e sai do palco. Algures pelo meio, um cachecol de Portugal voa para o palco. Ele olha para ele não percebe o que é e ignora-o. Já temos uma missão para quando ele vier cá. O cachecol passa pelas mãos de um técnico de som que o coloca dobrado em cima de um banco junto ao chá que ele está a beber. A sensação de que o concerto poderia ter chegado ao fim invade-nos. Mas logo se percebeu que não seria assim. O público continua a exigir mais. Com toda a sua força bate com os pés no chão. O delírio acontece quando Dave regressa ao palco. Para o fim estavam reservadas mais duas potentes. Too Much surge mais calma que o normal, mas bem suportada pelo público. Depois… bem depois era o esperado. O que não evita que o púbico quase entre em histeria. Todos juntos cantamos palavra a palavra a letra de Crash Into Me. Do primeiro ao último acorde. No fim, com a sensação de missão cumprida, público e artista despedem-se com gritos, acenos, apertos de mão, juras de amor e muitas palmas. Depois… bem… depois foi digerir o pós concerto da maneira possível ao som de Radiohead que passava nas colunas do recinto. À saída, tempo para a típica compra de t-shirts e para as últimas fotos. Do concerto, fantástico a todos os títulos fica apenas uma crítica. Em alguns momentos de algumas músicas sentiu-se a falta, pelo menos, de mais uma guitarra. Ah grande Tim… onde andavas tu?

O dia seguinte, passado em Londres algures entre as margens do Rio Tamisa e o Hyde Park o grupo tenta digerir o dia anterior como pode. As músicas passam na cabeça de todos e não raras vezes nos encontramos os quatro a cantar em voz alta a mesma música.

São mais ou menos 9h40 quando o avião da Ryanair toca o chão do Aeroporto de Francisco Sá Carneiro. O Porto recebe-nos quente e com um céu azul. A cinzenta Inglaterra ficava para trás e com ela um fim-de-semana que agora, à distância de alguns dias, parece simplesmente perfeito demais para ter acontecido. Foi um sonho. Mas um sonho que ainda não acabou. Está apenas interrompido. Resta saber até quando…

17 maio 2006

Vem aí o MTV Rock Goal



Não percam de vista este evento que vai juntar música e futebol em mês de Mundial:
MTV Rock Goal

16 maio 2006

Lisboa em Festa -Muitos Concertos na Capital!



Já é conhecido o programa das Festas de Lisboa. No que diz respeito à música vamos ter muitos e bons concertos para acompanhar.

Aqui ficam as escolhas e sugestões do Grande Sons:

Espectáculos na Feira do Livro

Auditório da Feira do Livro (sempre às 22h00)
26 de Maio - Rocky Marsiano
27 de Maio - Fuse
02 de Junho - Spaceboys
03 de Junho - Legendary Tiger Man
09 de Junho - CAVEIRA

Festival Hip-Hop (Parque Mayer, Teatro Variedades)
05 de Junho - Xeg, B-Boy Jam (Portugal/Inglaterra), DJ Mars One
06 de Junho - Micro, El Puto Coke (Espanha), DJ Ride
07 de Junho - Dealema, SP & Wilson, DJ Bomberjack
- Dança Hip-hop
De 05 a 07 de Junho - Graffiti Jam

Festival Emerge (Parque Mayer, Teatro Variedades)
15 de Junho - DJ Nel Assassin, Bulllet, Bangguru

Festa do Fado
Castelo de S. Jorge, às 22h00 - bilhetes a 10 euros
10 de Junho - Cristina Branco e Rodrigo Leão
16 de Junho - António Chainho e 1 Uik Project
24 de Junho - Kátia Guerreiro

+ Fado no Eléctrico nº 28


Rotas - World Music (Parque Mayer, Teatro Variedades)
26 de Junho - Bajofondo Tango Club (Argentina)
27 de Junho - Polkaholix (Alemanha)
28 de Junho - Think Of One (Bélgica / Brasil)

Maxime, depois das 00h00
08 de Junho - Cool Hipnoise
30 de Junho - Rão Kyao

Torre de Belém, às 22h00 - entrada livre
02 de Julho - Cesária Évora

África Festival
Torre de Belém, às 22h00 - entrada livre

06 de Julho - Bonga (Angola) + Cheikh Lô (Senegal)
07 de Julho - Tcheka (Cabo Verde) + Oumou Sangaré (Mali)
08 de Julho - Djumbai Jazz (Guiné-Bissau) + Tiken Jah Fakoly (Costa do Marfim)

+ afterhours, Bicaense@afro-blue
+ tenda/ponto de encontro, ateliers para crianças, exposição / homenagem a Ali Farka Touré, leituras encenadas e actuações

Muito prometedores os meses quentes de Junho e Julho pela capital.

Para conhecer o programa na sua totalidade é favor conferir em Cotonete .

Quando BONO edita o "The Independent"

Bono Voxx é editor por um dia do jornal britânico The Independent e o resultado é esta capa:



Metade do lucro das vendas do jornal de hoje é doado à instituição Global Fund to Fight Aids.
O editorial de Bono pode ser lido aqui

A Soul Jazz Não Dá Tréguas!

Continuam a sair a uma velocidade alucinante edições de aquisição obrigatória da editora Soul Jazz. É a continuação de dois volumes de grande qualidade, segundo volume para as colecções Soul Gospel, e Studio One Dj's.
Aqui ficam as capas e alinhamentos em jeito de aperitivo. A venda ao público está para breve. Aguardemos ansiosamente.

A imagem “http://images-eu.amazon.com/images/P/B000EZ8SC8.02.LZZZZZZZ.jpg” não pode ser mostrada, porque contém erros.

Alinhamento do Soul Gospel Vol.2 :

1. You'd Better Get A Move On - McCord, Louise

2. Since I've Been Born Again - Bass, Martha

3. Do Your Thing - Gaines, Marion Singers

4. Dead End Street - Ward, Clara

5. Let Them Talk - Meditation Singers

6. Who Is She - Reese, Della

7. Praise His Name - Stovall Sisters

8. Where Will It End - Sensational Cymbals

9. Have A Talk With God - Summers, Myrna

10. After The Rain - Barrett, Pastor T.L.

11. Keep Trying - Clark, Mildred

12. We Should All Thank The Lord - Lovers Of God

13. I'll Keep A Light In My Window - NYCC

14. Bad Times Bad Times - Williams, Marion

15. Keep The Faith - Mel & Tim

16. Casanova - Holloway, Loleatta

17. Why Am I Treated So Bad - Sweet Inspirations

18. My Soul Has Got To Move - Dixie Wonders & Clephus Mabone

19. Let Him Come In - Lemon, Howard Singers

20. Wade In The Water - Angelic Choir

21. For What It's Worth - Staple Singers



Alinhamento do Studio One Dj's 2:

1. Fever Teaser

2. Pepper Rock

3. Correction Train

4. Reggae Wiggle

5. Ethiopia

6. Ram Dance Master

7. No Man Version

8. Gun Court

9. Crab Walking (Discomix)

10. Tribute To Bob Marley

11. Whip Time

12. Rocking Machine

13. I Had A Talk

14. Clippin

15. West Gone Black

16. Get Out Bald Head

17. Home Version

18. Keep On Coming A The Dance

15 maio 2006

Fernando Magalhães, Um Ano de Saudade

"De um concerto dos Madredeus, apesar da familiaridade com o grupo que o estrangeiro nos ensinou a ter (é sempre assim, connosco...), espera-se que nos mova (a cada um, seu movimento). Que nos dê ânimo (a cada um, o seu entusiasmo). Que nos embale (a cada um, o seu sonho). Que nos comova (a cada um, a sua alma)".

Fernando Magalhães, Público - Abril 2001

Fernando Magalhães escrevia assim sobre os Madredeus há cinco anos atrás por alturas da edição do disco “Movimento”. Nesta altura já o Fernando era um dos nossos, ou seja, era um amigo entre amigos. Parceiro de longas tertúlias sobre música, bola, humor, mulheres, jornalismo, enfim… sobre a vida. Companheiro de muitos concertos, em trabalho, ou em lazer. Era daqueles que não trocava uma boa jantarada bem regada por nada. Com ele por perto só havia duas certezas; íamos rir a bom rir, e aprendíamos sempre qualquer coisa de novo.

Assim não era de estranhar que o Fernando estivesse presente tantas vezes em noites inesquecíveis, tantos concertos, tantas canecas de cerveja preta no Baleal, algumas sessões alucinadas de Dj em Setúbal. Era mesmo um dos nossos. Por “nossos” entenda-se como um grupo de homens e mulheres que se foram conhecendo ao longo dos anos fruto de uma paixão comum pela música. Amizades que se criaram no meio de um fórum de discussão musical na internet, o famoso Fórum Sons. Foi aí que Fernando Magalhães nos surpreendeu, deixou de ser só aquela figura lendária que aprendemos a ler, a respeitar e admirar pela sua crítica musical, para se revelar uma personagem perfeitamente acessível, e disponível para juntar um pouco da sua loucura à nossa.

Voltando ao texto sobre os Madredeus, escolhi-o porque me marcou na altura em que o li. É que o Fernando conseguia analisar um trabalho destes com o maior respeito, e máxima atenção, mas nunca abdicava das suas opiniões e não hesitava em publicá-las por muito cáusticas que fossem. Neste caso o disco até era do seu agrado, o que não evitou que numa noite de apresentação do mesmo álbum em Lisboa, o Fernando trocasse um lugar dentro da tenda aquecida, propositadamente montada para o efeito, por uma longa e animada tertúlia acompanhada por umas quantas cervejas mesmo junto à entrada.

Tive a felicidade de estar lá, assim como o amigo Vítor Junqueira, e de ver a genialidade com que o F.M. se safava das perguntas sobre o concerto ao intervalo. Um concerto que ele não estava a ver. “A Teresa está sempre bem, já se sabe como é…” Dizia ele a alguém que o abordava.

Faz hoje um ano que Fernando Magalhães nos deixou. Nunca mais o esquecerei.

14 maio 2006

AO VIVO: A Naifa @ Fórum Lisboa


(foto publicada no blog d'A Naifa)

A Naifa Afiada

Tendo como ponto de partida o concerto do passado dia 2 de Março no Teatro da Trindade, noite em que arrancou a digressão nacional d’A Naifa, podemos afirmar que A Naifa está mais afiada do que nunca.

A sala do Fórum Lisboa encheu-se para receber o grupo de volta a Lisboa. Agora que o disco “3 Minutos Antes de a Maré Encher” está assimilado pelo público, o ambiente é muito mais descontraído, e a confiança com que os músicos se apresentam em palco é muito maior.

Tal como seria de esperar tudo andou à volta das dez canções do mais recente álbum. A diferença é que Mitó ataca cada tema com uma segurança enorme, e interpreta com uma garra arrebatadora, sempre muito bem apoiada pela guitarra portuguesa de Luís Varatojo, e pelo baixo de João Aguardela.

Canções como “Da uma da noite às oito da manhã”, “Todo o amor do mundo não foi suficiente”, “Quando os nossos corpos se separaram”, ou “Monotone”, empolgam a plateia, e convivem na perfeição com músicas do disco de estreia como “Música”, “Bairro Velho” ou “Rapaz a Arder”, assim como uma versão de “Alfama”.

Com uma actuação tão convincente é impossível não considerarmos A Naifa como o projecto actual mais válido no panorama nacional, pelo menos no que diz respeito às nossas raízes, à nossa cultura, e às nossas tradições musicais.

Agora que A Naifa atingiu a sua maturidade em palco, é de desejar que possam continuar a espalhar a sua música, não só por cá, mas também pelo mundo fora, porque era importante que se desse a conhecer um projecto que reinventa a nossa música.

nota: uma palavra para a festa que A Naifa organizou após o concerto. Uma noite bem divertida na Casa Conveniente, no Cais do Sodré, ao som das escolhas de Luís Varatojo e que durou até às tantas. Obrigado pelo convite.

AO VIVO: Tinariwen @ Club Lua, Lisboa


[foto cedida por Pedro Polónio]

Festa Tuaregue em Lisboa

Guitarras, vozes, percussão e... palmas. São estes quatro elementos que caracterizam um concerto dos Tinariwen. Em Lisboa a sala Club Lua, no Jardim do Tabaco, registou uma afluência de público em número muito interessante, e muito diversificado, o que é um facto bem positivo.

A adaptação ao ambiente criado pelos Tinariwen em palco é de fácil assimilação. Rapidamente temos a plateia encantada pelos sons quentes que se espalham pela sala, e que fazem abanar os corpos de uma maneira gradual.

Começam discretos com melodias suaves, a imagem que temos do palco é apelativa, seis homens em pé vestindo túnicas brancas, alinhados lado a lado, cantam, dançam e tocam com o à vontade de quem está habituado a mostrar a sua cultura longe das areias do deserto.

Entretanto, perguntava-se na plateia de onde eram os Tinariwen. São do Mail, e têm uma rica história na defesa da sua etnia tuaregue.

Foi sem dificuldade que o grupo conquistou os lisboetas que se rendiam música após música às mais diversas sonoridades que os africanos debitavam.

Verdadeiramente fascinante a facilidade com que conseguimos identificar estilos de música tão distantes nas vozes e guitarras do grupo. Ora vamos dançando ao som de blues, ora movemos os braços a acompanhar uma canção com contornos de hip-hop, neste capítulo o tema "Arawan", do disco "Amassakoul", é fabuloso.
Depois os homens parecem possuídos por uma força superior e começam a acelerar o ritmo de maneira furiosa. O público não responde com a mesma energia e prefere manter-se no seu registo preferido: abanar o corpo e acompanhar com palmas... desordenadas, claro está!

Foi sempre assim ao long de duas horas, o ritmo dos Tinariwen não deu descanso a ninguém, e o povo ficou contagiado de tal maneira que conseguiu arrancar um encore fora do programa.

No final do concerto foi a corrida à banca de vendas que por 15€ vendia cds, dvds e t-shirts da banda.

Para trazer e ir ouvindo enquanto não chega o Festival de Sines.

13 maio 2006

Hoje há A NAIFA no fórum Lisboa



Apelo irrecusável para esta noite de sábado: a apresentação em Lisboa do concerto do projecto A Naifa com o seu novo disco "3 Minutos Antes de a Maré Encher".
É o concluir de um ciclo de concertos que teve ponto de de partida no Teatro da Trindade no passado dia 2 de Março.
Agora que A Naifa já deu a volta ao país espera-se um concerto ainda mais intenso e brilhante para encerrar esta digressão.
A não perder!


218420900
Lisboa, Fórum Lisboa - Av. Roma, 14 L
Dia 13-05-2006
Sábado às 22h00
15€.
Apresentação de "3 Minutos Antes de A Maré Encher".

12 maio 2006

Hoje a Não Perder: Tinariwen em Lisboa

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Os tuaregues Tinariwen vão estar hoje à noite bo Club Lua para o segundo concerto em Portugal nesta semana. Ontem estiveram no Porto e amanhã apresentam-se em Torres Novas.
Para caracterizar o grupo o jornal Público usa as seguintes palavras: O grupo de ex-rebeldes tuaregues nasceu em 1979, por inspiração de Ibrahim Ag Alhabib, senhor do "mais distinto estilo de voz e guitarra entre os actuais solistas masculinos", segundo a BBC.

Ele mantém-se como líder da banda que recebeu uma onda de aclamação internacional por "Amassakoul", um álbum com coros intensos, toques suaves de rock, letras politizadas e um resultado mais polido que o antecessor, "The Radio Tisdas Sessions". Um crítico da Billboard não hesitou em etiquetá-lo como o melhor de 2004. No ano seguinte, os Tinariwen eram premiados com um BBC World Music Award.

969558694
Lisboa, Club Lua - Doca Jardim do Tabaco, Av. Infante D. Henrique, Pav. A/B
Dia 12-05-2006
Sexta às 23h59
15€.

11 maio 2006

O Top + Moonspell

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Aos anos que já não olhava para o Top semanal de cds mais vendidos por cá. A lista é sempre desinteressante e deprimente. No entanto há dias ouvi dizer que na semana passada o primeiro lugar pertencia aos... Moonspell! Não deixa de ser um feito assinalável de uma banda que já cá anda há muitos anos e que tem tido melhor receptividade no estrangeiro do que por cá.
O novo disco continua nos 10 mais vendidos, mas já desceu uns lugares.
Penso que será a primeira vez em anos que uma banda, portuguesa ou não, chega ao 1º lugar com um disco de rock mais pesado e em tons mais negros. Parabéns aos Moonspell.

Por curiosidade aqui fica o top desta semana onde se destaca a presença dos Tool:

1º - «Pearl Jam» - Pearl Jam
2º - «Vida» - Paulo de Carvalho
3º - «A História de António Variações» - António Variações
4º - «Paulo Gonzo» - Paulo Gonzo
5º - «Beautiful Intentions» - Melanie C
6º - «10.000 Days» - Tool
7º - «Ao Vivo no Coliseu» - Tony Carreira
8º - «Memorial» - Moonspell
9º - «Un Monde Parfait» - Ilona
10º - «Amore» - Andrea Bocelli

10 maio 2006

DJ Shadow em LISBOA!!



Mas que belos dias se aproximam! Depois do anúncio do festival da Soul Jazz, de Morrissey em Paredes de Coura, chega a vez de uma grande notícia para Lisboa. DJ Shadow no Lux no dia 14 de Junho. Em pleno Mundial e entre dois feriados em Lisboa, não podemos pedir mais.

Jun 14, 2006 Lux (Club Date with Keak The Sneak & Turf Talk) Lisboa, Portugal

Festival Mestiço a Norte



Começa hoje na Casa da Música o Festival Mestiço. O cartaz é muito apelativo como se pode ver na imagem de cima.
Podem tentar ganhar bilhetes no site de visita regular obrigatória: Crónicas da Terra.
Boa sorte, e bons concertos!

Morrissey em... Paredes de Coura!

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Já se ouvia falar há uns dias que era desta que Morrissey vinha actuar em Portugal. A tão badalada sessão de divulgação dos nomes já confirmados para o Festival de Paredes de Coura deixava adivinhar o anúncio de um nome "grande".
Confirma-se. Morrissey estará no verde Minho em Agosto.
Outros nomes confirmados: Bauhaus, Yeah Yeah Yeahs, Fisherspooner, !!! , White Rose Movement, Shout Out Louds.

Interessante presença dos Yeah Yeah Yeahs e !!!. Os Bauhaus estão como os Pixies, com tantas visitas a magia da sua presença em palcos lusos vai desaparecendo.
Venha o Morrissey! ( e que não lhe dê nenhuma birra má de última hora...)

A imagem “http://www.icicom.up.pt/blog/tendadosindios/archives/paredesdecoura.JPG” não pode ser mostrada, porque contém erros.

O Festival Paredes de Coura realiza-se entre 14 e 17 de Agosto.

09 maio 2006

A Soul Jazz Records na Casa da Música!

http://www.thebongoclub.co.uk/administration/files/dynamiteWEE.jpg
Esta é a grande notícia do dia! No site da Soul Jazz está anunciado um festival de reggae para a recente sala de espectáculos da cidade do Porto:

Friday, 30 June 2006

Casa Da Musica Reggae Festival

Oporto, Portugal

Agora resta esperar por desenvolvimentos, e pormenores sobre os grupos a actuarem, preços, horários, etc...
De qualquer maneira, no próximo dia 30 de Junho é dia de visitar a Invicta.