Noite de loucos à beira Tejo. Perto de 20 mil pessoas rumaram ao Parque Tejo ao fim de um dia de trabalho/estudos para celebrarem o rock e darem um novo e verdadeiro sentido ao nome Rock in Rio... Tejo.
Com o caos em que o trânsito lisboeta se encontrava a primeira tarefa não foi nada fácil de ser ultrapassada: chegar ao recinto. Foram precisas 2 horas para percorrer a distância entre Alcântara e Sacavém. Felizmente a Antena3 foi transmitindo os primeiros concertos em directo, e deu para ouvir os DapunkSportif e Primitive Reason. O pior foi perder a grande parte da actuação dos Alice in Chains, uma das presenças que despertava mais curiosidade.
O vocalista que ocupou o lugar do falecido Layne Staley fez os possíveis por manter a voz dentro do registo do que nos habituámos a ouvir nos discos. Embora conseguisse disfarçar, nunca ficámos convencidos da necessidade desta reunião. Deu para ver Jerry Cantrell e relembrar a década passada quando os Alice in Chains nos consolavam com as suas canções tristes e dramáticas.
Os Deftones tinham muitos milhares de fãs à espera e deram um concerto competente, melhor do que a última aparição em Alvalade. Chino Moreno, que não pára de alargar, está em forma e a sua voz continua com força para comandar os temas com que os Deftones conquistaram a imensa plateia.
A noite ia caíndo e a surpresa da brisa nocturna não substituir o calor sufocante do dia, era uma surpresa para todos os que iam precavidos com camisolas e casacos. Nunca uma noite do Super Rock, em versão Parque Tejo, foi tão quente. Quente e cheia de mosquitos que se instalaram sem pedir licensa.
Foi com este ambiente suado, e com o Parque Tejo cheio que os Placebo regressaram aos concertos em Lisboa. Quando recorreram aos temas mais antigos foi ver a urbe em delírio. Independentemente de já não haver grande pachorra para os Placebo, há que reconhecer que conseguiram arrancar um grande concerto, e safaram-se bem da incómoda posição de tocarem entre os Deftone e os Tool, bandas de outras divisões.
Os Tool, eram o grupo mais esperado da noite, não desiludiram os milhares de seguidores que os receberam calorosamente.
Com um concerto a debitar um som quase na perfeição, e apoiados em imagens de video projectadas nas tela gigantes, a banda de Maynard James Keenan correspondeu às expectativas e terminou esta primeira volta do Super Rock XL em grande estilo.
No palco dos portugueses destaque para o excelente concerto dos Vicious Five, cada vez mais uma certeza das novas bandas nacionais. Os X-Wife não convenceram com a apresentação do seu novo disco e os If Lucy Fell deram um concerto interessante, cheio de energia.
Dia 7 há mais.
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