31 julho 2009

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Viagem para o Minho para ver, finalmente, um concerto dos Nine Inch Nails.

Leonard Cohen no Pavilhão Atlântico - Sublime!



Uma sala cheia, mas não esgotada, acarinhou e recebeu de coração aberto o regresso de Leonard Cohen um ano depois do concerto em Algés. Um recital divino para aprendizes, recém-convertidos, e fãs de sempre, proporcionado por um ser maior e único.

Ironicamente agradeço do fundo do coração a Kelley Lynch a noite de hoje. Graças a este antigo agente, que desviou cinco milhões de dólares da conta de Cohen, o cantor teve que voltar aos palcos por necessidade financeira.
No ano passado estava eu em Sines a acompanhar o FMM e não pude estar em Algés. Agora entendo melhor o desabafo que Lou Reed teve na altura ao jornal "Expresso" a insultar os promotores dos concertos que ambos deram na mesma noite. Lou Reed ficou furioso por não poder assistir ao recital de Cohen. Hoje compreendo-o muito bem.
Em 1988 estava eu muito ocupado com a minha irreverência parvinha própria da juventude que me dizia que Cohen era algo do passado, sem interesse, e já acabado. Obviamente não estive no Coliseu.
É em noites como a de hoje que acredito na justiça divina. Leonard Cohen com paciência de budista esperou que alguém introduzisse a sua obra na minha vida já cheia de conhecimentos musicais. Sentidamente agradeço à Tia Isabel.

Conhecida grande parte da obra discográfica de Cohen chego ao recente e obrigatório «Live in London» que me acompanha há meses. Quando soube desta (última?) oportunidade para ver o mestre Leonard as expectativas subiram ao máximo.
É engraçado como se pode fazer centenas de reportagens de concertos e de repente estamos no meio de um a sentir o arrepio único que transmite ao nosso cérebro que estamos a viver um daqueles momentos únicos e inesquecíveis. Foi o que me aconteceu ao fim de meia dúzia de minutos a ver e ouvir Cohen.

Ao vivo não há surpresas em relação ao que se conhece do tal «Live in London», mas a experiência é emocionante. A figura de Cohen a arrastar classe em todos os seus movimentos, o sorriso quase infantil com tira o chapéu para receber o carinho da plateia, a ternura com que apanha da alcatifa, que forra o chão do palco que pisa, uma flor atirada por uma fã enquanto canta. O respeito com que olha e apresenta os excelentes músicos que o acompanham, o charme com que se aproxima de magnifica Sharon Robinson, sua cúmplice musical desde os anos 80, o encanto com que descreve as doces coristas, e multifacetadas, irmãs Webb, a confiança com que canta os clássicos de sempre, a peculiar posição agachada de olhos fechados a agarrar o microfone, as saídas de palco, para o intervalo e depois nos encores, feitas em passo de corrida bailada, a sapiência paternal com que nos dá conselhos e nos deseja sorte para a vida depois do encontro divino, e , sobretudo, a humildade e simplicidade com que agradece os merecidos aplausos, fazem de Leonard Cohen um ser maior e místico.
Não vi o futuro do rock n'roll como Jon Landau, mas tive o enorme privilégio de ainda ver o responsável pela origem da poesia ao serviço da música pop. E vi-o em muito boa forma.
A minha vénia, Senhor Leonard Cohen.

Leonard Cohen em Lisboa: Hallelujah Vídeo


Segundos de uma noite fantástica.

30 julho 2009

Dia do Regresso do Senhor Leonard Cohen a Lisboa

Estou entusiasmado porque é hoje que consigo ver pela primeira vez o Senhor Leonard Cohen em concerto. Hoje à noite no Pavilhão Atlântico.
Pelo relato do concerto de Belfast vamos ter um grande concerto.

29 julho 2009

Barracada no Festival Rock One

Artistas que chegaram a ser anunciados foram posteriormente cancelados, quando faltam sete dias para o festival Rock One começar.

O DJ Felix Da Housecat e os Booka Shade já não vão estar presentes na primeira edição do festival Rock One , a decorrer no Autódromo Internacional do Algarve, nos dias 5, 6, 7 e 8 de Agosto.

Ao contrário do que tem sido anunciado nalguns órgãos de comunicação social e na própria promoção do evento, a BLITZ pode garantir que estes artistas não estarão presentes. De acordo com Carlos Machado, da organização do RockOne, foi considerado "um erro incluir DJ estrangeiros no cartaz, apesar de a dada altura se ter colocado essa hipótese".

O mesmo elemento da organização sublinhou ainda que "não existe qualquer contrato assinado" nesse sentido, sendo Diego Miranda o único DJ a actuar durante o Rock One.

Essa informação é contestada pela agência Free Your Mind que, pela voz de André Rebelo, garante ter contrato assinado para a actuação desses dois nomes com a empresa promotora Rock In Arade.

André Rebelo assume que Felix Da Housecat e Booka Shade não actuam por falta de pagamento por parte da organização. O próprio jornal Correio da Manhã, parceiro desta iniciativa, noticia hoje a intenção de André rebelo processar a organização do Rock One.

Relativamente à actuação de James Morrison no Rock One, que não está presente nem no site oficial nem no MySpace do artista (apesar de estar lá a data do concerto em Lisboa, no Festival dos Oceanos, a 1 de Agosto), Carlos Machado garante que está confirmada.

fonte: Blitz

Paredes de Coura Começa Hoje

After-Hours

Sean Riley and the Slowriders - 22h00

The Strange Boys - 23h00

Patrick Wolf - 00h00

Bons Rapazes - 01h30

28 julho 2009

FMM Sines - Fotos

Em jeito de despedida de Sines reproduzo aqui algumas fotos do último dia do Festival de Sines.
Foram tiradas pelo fotógrafo oficial do evento, Mário Pires, que mais uma vez assina um excelente trabalho. Visitem toda a galeria de Mário Pires e fiquem com estas imagens de Lee Perry:



O Concerto dos Metallica no Alive!09

Está disponível aqui .

27 julho 2009

Porto quer Festival SXSW

Capital do Norte está bem colocada para realizar o South by Southwest , festival anual que acontece em Austin (Texas).

A surpreendente notícia pode ser lida no Inesc Porto.

Paredes de Coura - Horários



Paredes de Coura 2009

26 julho 2009

FMM Sines - Despedida Abençoada por Lee Perry

Já amanhecia domingo quando ecoavam os últimos sons do FMM Sines 2009 pela praia Vasco da Gama. Os últimos agitadores foram os dj's do Bailarico Sofisticado que fecharam um dia verdadeiramente fantástico na despedida de Sines. Lee Perry arrasou no Castelo!

A edição 2009 do FMM Sines ainda agora terminou e já sentem saudades dos dias de Festival. Um fim de festa de arromba à altura da grande qualidade musical que oFMM nos proporcionou mais uma vez. No Castelo nova enchente, como não podia deixar de ser, para receber as últimas três propostas do cartaz.

A noite começou calma mas com enorme interesse. Pela primeira vez naquele palco actuava um artista sozinho. O feito pertenceu a JamesBlood Ulmer que acompanhado da sua guitarra deu uma autêntica lição triangular entre blues, jazz,e funk, recebida com respeito, e admiração por uma plateia encantada com tamanha alma norte americana. O espírito de Jimi Hendrix andou por aquelas muralhas.

Marca registada deste Festival é a facilidade com que se passa de um ambiente intimo para uma agitação quase heavy metal em poucos minutos. Foi o que aconteceu quando os finlandeses Alamaailman Vasarat tomaram conta do Castelo com uma explosiva combinação world music ficcional com poderosas batidas próximas do rock pesado. O público não demorou a reagir ao andamento do carismático Jarno Sarkula, saxofonista, que liderou o ataque aos ouvidos do público. Um concerto que deixou no ar muita energia à espera do último concerto.

Havia um certo nervoso miudinho à volta do que seria este regresso do grande Lee “Scratch” Perry a Portugal. Todos os receios deram lugar ao regozijo geral ao vê-lo chegar ao backstage simpático, sorridente e humilde. Os excelentes músicos que o acompanharam arrancaram com linhas de reggae capazes de fazer danças todas as pedras do Castelo, e Lee Perry como que atraído pelo "vibe" apresenta-se em palco na sua típica figura de elemento de outro planeta carregando a sua inseparável mala.
Fez os habituais alucinados discursos apelando à paz mas nunca perdeu o sentido do alinhamento do concerto que foi verdadeiramente fantástico. Toda a história doreggae a passar por aquelas cordas vocais a encantar os nossos ouvidos, toda a fantasia da figura de Perry carregada na sua vestimenta a ilustrar os nossos olhos. A figura maior do reggae jamaicano esteve entre nós e partilhou o seu legado de maneira irrepreensível. Com direito a encore e tudo!
Não há palavras que descrevam a emoção de ouvir os hinos «war in a babylon» ou «Exodus» cantados por Lee Perry em excelente forma aos 73 anos. O fogo de artifício que iluminou o céu de Sines por cima de Perry fez todo o sentido!
Foi um fim de festa no Castelo arrasador. Perfeito.

Restava aos resistentes a debandada até à Avenida da Praia para o encontro entre a tradição árabe e o rock n’ roll proposto pelos franco argelinos Speed Caravan que convenceram a multidão que encheu por completo o espaço em frente ao palco até à zona das tasquinhas e que rejubilou com a excelente versão de Galvanize dosChemical Brothers.

Passava já das quatro da manhã mas o público teimava em não arredar pé ficando a honra de encerrar as festividades ao colectivos deDJ 's Bailarico Sofisticado, à imagem do que tem acontecido nos últimos anos. O desafio era de respeito, fazer toda aquela multidão pular, e dançar o resto da noite, mas o Bailarico Sofisticado mais uma vez não vacilou. Apresentou-se com som de «Love me Tender» deixando a romântica mensagem entrar devagarinho em cada ouvido e num ápice Bruno Barros, Pedro Marques, e Vítor Junqueira dispararam ritmo frenético ao seu melhor estilo, montando a festa até de manhã.
Em ano de crise e gripe o FMM foi um sucesso total conservando o título imaginário de melhor festival de verão no país.

FMM Sines, o Adeus ao Som do Bailarico Sofisticado

O Bailarico Sofisticado fechou em grande estilo mais uma edição do FMM Sines. Já se sentem saudades. Esta manhã ainda se dançava e tudo começou assim:

Até 2010.

Ao Cuidado de João Bonifácio ( II ) - O Grande Ricardo Araújo Pereira

Não pela sua altura, é mesmo pelo gesto pleno de oportunidade que o Ricardo Araújo Pereira hoje tem n'A Bola.
Ao contrário de toda a ala de colunistas, analistas, comentadores, ditos atentos, imparciais, e preocupados com a liberdade de expressão no jornalismo, R.A.P. aproveita o seu espaço no jornal A Bola para chamar atenção ao inacreditável episódio entre o Belenenses e o jornal Público onde só o jornalista que assinou a reportagem do Festival SBSR saiu perdedor, e isolado.
Não li nenhuma reacção dos pesos pesados que tanto se preocupam em defender a liberdade. E estamos a falar de um dos principais diários do país.
Assim o gesto de R.A.P. tem ainda mais sentido e significado.
Para recordar sempre este parágrafo que aqui reproduzo ( e que todos os autores de blogues preocupados com o estado do jornalismo deviam reproduzir ):

Verdadeiramente difícil — e, isso sim, milagroso — não é fazer do Benfica campeão. É fazer com que o Belenenses desça à segunda divisão. Recentemente, vários treinadores têm tentado a proeza sem êxito. Nos últimos quatro anos, o Belenenses desceu duas vezes à segunda divisão e, mesmo assim, conseguiu ficar na primeira. Tem óbvias vantagens: assim, o clube pode dedicar à crítica musical o tempo que gastaria a preocupar-se com o futebol. Se fosse um clube que, como os outros, estivesse sujeito à descida de divisão, não poderia desperdiçar tempo com estas matérias. Na semana que passou, um jornalista do Público teve a ousadia de escrever, numa crítica a um concerto do Super Bock Super Rock, que o estádio do Restelo costuma estar às moscas. A direcção do Belenenses escreveu uma carta ao Público a chamar boi ao jornalista e exigiu um pedido de desculpas — que aliás obteve. O mesmo jornal que, no caso das caricaturas de Maomé, considerou que as desculpas eram injustificadas, pede desculpa ao Belenenses por uma crítica musical. Américo Thomaz, esteja onde estiver, repousará com certeza satisfeito.

25 julho 2009

FMM Sines - penúltima noite

Na penúltima noite do FMM Sines o Castelo voltou a esgotar a sua lotação para uma noite de sexta feira dominada pelos ambientes instrumentais numa viagem India - Brasil que começou na Polónia.

Só em Sines é possível reunir mais de 7 mil pessoas dentro ( e fora ) das muralhas do Castelo em ambiente de paz e total recepção às sonoridades vindas de pontos tão diferentes quanto distantes. Mas este quadro repete-se ano após ano e sempre com o entusiasmo em alto. O Disco Digital falou com espectadores vindos de diferentes cidades do país com o único propósito de assistir ao último fim de semana do FMM. Ninguém sai defraudado, a experiência é recompensadora.

Bastava olhar para as primeiras filas de uma plateia hipnotizada pela slide-guitar de Debashish Bhattacharya. Sons da Índia em formato original onde duas senhoras brilham não só com os seus tradicionais trajes como nas percussões tradicionais. Uma viagem instrumental que nos remete para a Índia mas com pontos de passagem que o nosso ouvido reconhece por vezes até como sendo sons nossos.

Poucos minutos depois da mensagem tranquila do mestre Bhattacharya, estavam em palco os surpreendentes músicos de Cyro Baptista. É nestas alturas que o escriba sente que lhe falta vocabulário para descrever o que se vive naquele palco. Cyro Baptista Beat the Donkey é um projecto do brasileiro Cyro, a viver há muitos anos nos E.U.A., que é uma autêntica locomotiva de percussão que percorre todos os cantos do planeta de forma espectacular. Muito ritmo, muito humor, e música que contagia todo o Castelo. Eles aceleram e o público salta, eles abrandam e o povo abana as ancas. Um dos espectáculos mais ricos em ritmo que Sines já viveu. Inesquecíveis "pau na mula".

A noite no Castelo tinha aberto com os Warsaw Village Band, banda polaca com algum culto já entre nós. Visitaram Sines numa nova fase da sua carreira em que apresentaram o seu disco «Infinity», do ano passado, composto só de canções originais, largando as transformações das canções tradicionais. Passara com distinção pelo público de Sines.

FMM Sines - Programa do Último Dia

Melech Mechaya (Portugal), 18h00, Centro de Artes de Sines

Bibi Tanga & The Selenites (Rep. Centro-Africana/França), 19h30, Av. Vasco da Gama

James Blood Ulmer (EUA), 21h30, Castelo
Alamaailman Vasarat (Finlândia), 23h00, Castelo
Lee “Scratch” Perry (Jamaica), 00h30, Castelo

Speed Caravan (França/Argélia), 02h30, Av. Vasco da Gama

BAILARICO SOFISTICADO
Avenida Vasco da Gama. 25 de Julho. 04h00 às 07h00. Entrada livre

24 julho 2009

FMM Sines - Penúltima Noite de Concertos

Paulo Sousa (Portugal), 18h00, Centro de Artes de Sines

Njava (Madagáscar), 19h30, Av. Vasco da Gama

Warsaw Village Band (Polónia), 21h30, Castelo
Debashish Bhattacharya (Índia), 23h00, Castelo
Cyro Baptista “Beat the Donkey” (Brasil/EUA), 00h30, Castelo

Chicha Libre (EUA), 02h30, Av. Vasco da Gama

23 julho 2009

FMM Sines - Programa Para Hoje

Assobio (Portugal), 18h00, Centro de Artes de Sines

Alô Irmão - Narf & Manecas Costa (Galiza/Guiné-Bissau), 19h30, Av. Vasco da Gama

Hanggai (China), 21h30, Castelo

Chucho Valdés Big Band (Cuba), 23h00, Castelo

Kasaï Allstars (RD Congo), 00h30, Castelo

Damily (Madagáscar), 02h30, Av. Vasco da Gama

Eagles no Pavilhão Atlântico: Águias de Ouro

Na sua estreia em Portugal os Eagles trouxeram uma produção de luxo e uma vontade de percorrer as várias etapas da sua carreira que durou três horas. As bancadas do Pavilhão Atlântico encheram-se provando assim que a nostalgia move multidões.

A estreia dos Eagles em Portugal mereceu casa cheia no Pavilhão Atlântico. Um público que ouviu atentamente cada música, aplaudindo efusivamente no fim de cada uma, houve pares mais afoitos a ensaiarem uns pezinhos de dança, conseguiram recuperar o, cada vez mais raro, efeito luz de isqueiros numa ou outra balada, e cantou a plenos pulmões clássicos como «In the City», «Take It to the Limit», «Heartache Tonight», ou «No More Cloudy Days».

O mesmo público também agradeceu o formato do concerto que sendo extenso contemplava um intervalo de 20 minutos a meio da noite precioso para os veteranos. Do palco e da plateia.

Valeu a pena a passagem dos Eagles por Lisboa. Uma banda que nos Estados Unidos da América conseguiu que uma compilação sua fosse o disco mais vendido de sempre, que soma cem discos de platina, e que faz parte da história do rock americano, apresenta-se com a grandeza e dignidade do seu passado. O palco é majestoso. Com jogos de luzes verdadeiramente geniais , com um sistema de vídeo impressionante que nos permite ver em dois ecrãs laterais com excelente qualidade de imagem, e reproduzir imagens no cenário, assim como imagens captadas directamente de uma câmara montada no chapéu de um dos músicos em certa altura da noite. Visualmente, um espectáculo perfeito.

A nível de alinhamento a primeira hora é passada a meio gás com a passagem pelo incontornável «Hotel California» logo à quinta música. Depois do intervalo os Eagles regressam com uma postura acústica. Os quatro sentados mais ao meio passam com a tranquilidade própria da folk americana por temas como «No More Walks in the Wood». O ambiente só aquece verdadeiramente na parte final do longo concerto quando passam para a fase mais blues rock e se soltam comunicando com o público que reage com entusiasmo às excelentes versões de «Funk #49» e «Heartache Tonight».

Apesar de já terem passado quase três horas desde que os Eagles tinham começado a tocar, o público não dava mostras de cansaço e depois do encore com os óbvios temas «Take It Easy» e «Desperado», os lisboetas queriam mais mas não tiveram sorte.

in Disco Digital

22 julho 2009

Ao Cuidado de João Bonifácio

A propósito disto Direcção do Belenenses insurge-se contra reportagem do "Público" sobre o SBSR queria deixa bem claro o meu apoio ao João Bonifácio:

Acho degradante o ruído que se está a fazer à volta da tua reportagem.
Tenho noção que já li prosas bem mais provocante ( o Cristiano Pereira é "pro" nisso) e para ir mais atrás buscar uma referência na minha vida tenho na minha memória deliciosos trechos escritos por outro jornalista dessa casa, o grande Fernando Magalhães. Até eu já terei usado analogias excessivas e parvas entre música e futebol bem mais graves que o que se lê no teu texto.
Espero bem que o ruído passe e em nada te prejudique. E continua a escrever como sempre o fizeste.
Abraço

FMM Sines: Chegou a Vez do Castelo

O FMM chega ao Castelo de Sines. O ponto alto do Festival é sempre entre as muralhas do seu Castelo com prolongamento até lá abaixo à Avenida Vasco da Gama à beira mar.
O programa para esta primeira noite no Castelo é o seguinte:

Trilhos - Novos Caminhos da Guitarra Portuguesa (Portugal), 21h00, Castelo

Janita Salomé (Portugal), 22h15, Castelo

Uxía (Galiza), 23h30, Castelo

Acetre (Extremadura), 00h45, Castelo

E para a Av. Vasco da Gama:

L’Enfance Rouge (França/Itália/Tunísia), 02h30, Av. Vasco da Gama

FMM Sines: Concerto de Mamer (China) cancelado devido a problema de vistos

O concerto do artista chinês Mamer, marcado para hoje às 18h30 , no Centro de Artes de Sines, foi cancelado devido a problemas no visto de entrada no espaço Schengen.

É mais uma manifestação dos entraves à circulação de artistas na Europa que tem vindo a impedir que tenhamos acesso aos músicos que mais precisamos de conhecer para ter uma visão alargada da arte e do mundo.

Sines junta-se às dezenas de promotores e organizadores de festivais no protesto pela crueldade burocrática com que os músicos são tratados e pelo empobrecimento que representa para o público europeu.

Por solidariedade e respeito pelo artista, o concerto de Mamer não será objecto de substituição. Os espectadores que adquiriram bilhete devem dirigir-se à recepção do Centro para receber a devolução da importância respectiva.

Ana Moura com Prince

A fadista Ana Moura e o músico norte-americano Prince, que esteve segunda-feira em Lisboa, projectam trabalhar juntos, disse à Lusa fonte próxima dos artistas, sem adiantar outros pormenores.

O músico Prince esteve segunda-feira em Lisboa, acompanhado pela fadista cuja "sensualidade da voz" elogiou já publicamente. Em Maio passado,o músico norte-americano deslocou-se propositadamente a Paris para assistir ao espectáculo da criadora de "Búzios" na prestigiada sala La Cigale.

Prince não participará no próximo disco de Ana Moura, a sair no próximo Outono, "mas é seguro que estão os dois a trabalhar num projecto conjunto", disse a mesma fonte.

O cantor confessou recentemente em Montreux, onde participou no Festival de Jazz, "ser fã de Ana Moura". Prince afirmou-se "impressionado" com a forma como a fadista, vencedora do Prémio Amália Rodrigues do ano passado, "cativa as plateias".

A estrela pop considera "notável" as prestações em palco de Ana Moura "apenas acompanhada por três músicos".

Na segunda-feira, Ana Moura e Prince passearam pela noite lisboeta, tendo os dois estado no Bairro Alto e na Avenida 24 de Julho.

Ana Moura já colaborou com a banda britânica The Rolling Stones, com a qual actuou no Estádio de Alvalade, em Julho de 2007.

Este mês foi editado o álbum "Stones world", um projecto do saxofonista Tim Ries baseado na música da banda, que conta com a participação de Ana Moura em dois temas, "No expectations" e "Brown sugar".

fonte: Lusa

21 julho 2009

O Disco (duplo) do FMM Sines 2009


O FMM Sines edita mais uma vez em 2009 uma compilação do evento. O disco duplo começa com o hino “Diaspora”, do grupo britânico The Ukrainians, e termina com outro hino, desta vez vegetariano, da autoria de Lee Perry. Pode ser adquirido na Loja FMM (junto à entrada do palco de Porto Covo e no largo junto ao Castelo).

download:

fmm sines 2009 cd 1

fmm sines 2009 cd 2

o alinhamento é o seguinte:

CD 1

01: THE UKRAINIANS Diaspora (2:59)
Autoria de Peter Solowka e Len Liggins

02: CIRCO ABUSIVO Sandella Style (4:25)
Eugene Hütz / Savio & Ambrosino / Circo Abusivo

03: SPEED CARAVAN Kalashnik Love (4:01)
Trad., arranjos de Mehdi Haddab

04: L’ENFANCE ROUGE Azizati (3:02)
Autoria L’Enfance Rouge, arranjos de Mohamed Abid, texto de Ratiba Abid

05: MELECH MECHAYA Dança do Desprazer (3:29)
Trad., arranjos Melech Mechaya. Artistas gentilmente cedidos por Ovação

06: ACETRE La Danza del Mostrenco (5:20)
Autoria de José Tomás Sousa com letra trad.

07: MOR KARBASI Roza (4:17)
Autoria de Joe Taylor, Mor Karbasi / Shoshana Karbasi

08: JANITA SALOMÉ Extravagante (5:02)
Trad., arranjos de Janita Salomé

09: VICTOR DÉMÉ Djôn’maya (4:06)
Autoria de Victor Démé

10: ALÔ IRMÃO! - NARF & MANECAS COSTA Alô Irmão (6:04)
Autoria de Fran Pérez e Manecas Costa

11: NJAVA Jiboty (5:26)
Autoria de Njava

12: CARMEN SOUZA Vaidade (2:57)
Autoria de Carmen Souza

13: BIBI TANGA & LE PROFESSEUR INLASSABLE Ayo (3:45)
Autoria de Bibi Tanga e Le Professeur Inlassable

14: DELE SOSIMI Ojoro (9:26)
Autoria de Dele Sosimi e Femi Elias

15: WYZA Kwassa (4:46)
Autoria de Wyza

16: KASAÏ ALLSTARS Mpombo Yetu (7:59)
Autoria e arranjos de Kasaï Allstars

CD 2

01: JAMES BLOOD ULMER White Man’s Jail (3:55)
Autoria de James Blood Ulmer

02: WARSAW VILLAGE BAND Skip Funk (feat. DJFeel-X) (3:07)
Autoria de Wojtek Krzak e letra trad.

03: RUPA & THE APRIL FISHES Une Americaine à Paris (3:58)
Autoria Rupa Marya, arranjos de Rupa & The April Fishes

04: ALAMAAILMAN VASARAT Meressa ei Asuta (4:01)
Autoria de Jarno “Stakula” Sarkula

05: CYRO BAPTISTA ‘BEAT THE DONKEY’ Forró for All (4:50)
Autoria de Cyro Baptista

06: CHICHA LIBRE Sonido Amazónico (4:01)
Autoria de Jorge Rodrigues Grandez

07: CHUCHO VALDÉS BAND Yemaya (6:12)
Autoria e arranjos de Chucho Valdés

08: ORQUESTA TÍPICA FERNÁNDEZ FIERRO Buenos Aires Hora Cero/Las Luces del Estádio (3:26)
Autoria de Astor Piazzola / Jaime Roos / Raúl Castro

09: RAMIRO MUSOTTO & ORCHESTRA SUDAKA Ronda (2:50)
Autoria de Ramiro Musotto. Do álbum Civilização e Barbarye, published by D.R. (P) 2007 Helico

10: MAMER Mountain Wind (5:07)
Autoria e arranjos de Mamer / Robin Hailer / Mateo Scumaci

11: PORTICO QUARTET Cittàgazze (4:16)
Autoria de Portico Quartet

12: TRILHOS - NOVOS CAMINHOS DA GUITARRA PORTUGUESA Trilhos da Guitarra (4:35)
Autoria de Rui Vinagre

13: ASSOBIO En Lixboa Sobre lo Mar (2:31)
Autoria de João Zorro e arranjos de César Prata

14: UXÍA Danza Ritual (3:57)
Autoria de Uxía e Jon Luz

15: O’QUESTRADA Se Esta Rua Fosse (3:37)
Autoria de O’questrada, com vozes d’outrora e quadras de João Gomes e JL Barbosa

16: HANGGAI Five Heroes (5:29)
Trad., arranjos de Ilchi / Robin Haler / Mateo Scumaci

17: DEBASHISH BHATTACHARYA Maya (6:57)
Autoria e arranjos de Debashish Bhattacharya

18: LEE ‘SCRATCH’ PERRY Perry’s Ballad (6:01)
Autoria de Lee Perry

20 julho 2009

FMM Sines noite 3 (Porto Covo): fotos e comentários à última noite em Porto Covo


O angolano Wysa a aquecer a última noite de Porto Covo.


"Celebrate!", gritaram os Daara J Family. Uma autêntica festa ao som do hip-hop senegalês.



Orquesta Típica Fernández Fierro: A tragédia grega a cruzar-se com o tango argentino. Um concerto-revelação inesquecível.

Fotos e legendas: Laura Alves

The Eagles Depois de Amanhã

Os Eagles estão a chegar! Uma das mais importantes bandas das história da música actua, pela primeira vez em Portugal, depois de amanhã (22 de Julho) no Pavilhão Atlântico, num espectáculo onde certamente não vão faltar os grandes êxitos da banda, como "Hotel California" ou "New Kid in Town", entre muitos outros.

Glenn Frey, Don Henley, Joe Walsh e Timothy B. Schmit, são os responsáveis por uma das grandes carreiras do rock americano, onde se inclui o álbum com o maior número de vendas na história dos Estados Unidos: “Their Greatest Hits” vendeu mais de 26 milhões de cópias, ficando à frente de “Thriller” de Michael Jackson e “The Wall” dos Pink Floyd.

Uma simples conta de somar, aos discos de Platina que os Eagles alcançaram apenas nos Estados Unidos, explica facilmente a importância da banda californiana: 39 em álbuns de originais + 15 em álbuns ao vivo + 46 em compilações = 100 Discos de Platina!!!

Passemos das vendas ao reconhecimento da indústria: 5 Grammys, o último dos quais alcançado no ano passado pelo álbum “Long Road Out Of Eden” e a consagração com a entrada no Rock and Roll Hall of Fame, em 1998.

Em 2007, após alguns anos sem editarem novos discos de originais, lançaram, “Long Road Out Of Eden”, que continuou a carreira de sucesso da banda, tendo alcançado 7 Discos de Platina e 1 Grammy.

EAGLES (22 DE JULHO | PAVILHÃO ATLÂNTICO)
ABERTURA DE PORTAS * 19H30
INÍCIO DO ESPECTÁCULO * 21H00

FMM Chega a Sines

Ainda não é no Castelo, mas Sines já vai ter música. Hoje:

Mor Karbasi (Israel/Reino Unido), 22h00, Centro de Artes de Sines
Portico Quartet (Reino Unido), 23h30, Centro de Artes de Sines

19 julho 2009

FMM Sines (Porto Covo) em Imagens

Por Mário Pires, fotógrafo oficial do festival.

FMM Sines noite 2 (Porto Covo) Entre Africanos e Ucranianos


The Ukrainians a tocarem «Anarchy in the U.K.», dos Sex Pistols
Fotos: Laura Alves

Na segunda noite de Porto Covo o recinto voltou a encher para receber com entusiasmo os sons quentes de África e a folk irreverente da Ucrânia via Reino Unido.

Foi pela madrugada dentro que o afrobeat aterrou no FMM 2009. A banda de Dele Sosimi trouxe o espírito ritmico de Fela Kuti a Porto Covo, contagiando o povo que dançou sem parar até perto das três da manhã. O projecto Dele Sosimi Afrobeat Orchestra foi aposta forte no programa de sábado à noite e teve o merecido reconhecimento da plateia. Sosimi é figura lendária do afrobeat, foi teclista nos míticos Egypt 80 e companheiro de longa de Fela Kuti. Em Porto Covo mostrou o resultado da junção entre a sua Nigéria e o Reino Unido para onde foi viver em 1995. Ritmo imparável e irresistível, tocado por mais de uma dezena de elementos já contando com as meninas do coro que também se apresentam como voluptuosas dançarinas. As longas versões de cada tema que viajam pelo rico universo sonoro do afrobeat fizeram o público abanar as ancas, entrando ainda num jogo aeróbico desafiado por Dele que pediu várias vezes a sua colaboração.

Peter Solowka foi em tempos o homem dos The Wedding Present. Desde 1991 é o orgulhoso líder dos The Ukrainians, banda do Reino Unido que assume a mistura sonora entre suas raízes ucranianas e o pós punk do Reino Unido. Assim foi com naturalidade que o concerto atingisse o auge numa inspirada versão de «Anarchy in the U.K.», dos Sex Pistols que agitou ainda mais as filas da frente. Os The Ukrainians deixaram forte marca nesta passagem por Porto Covo.

Esta segunda noite arrancou da melhor maneira com a presença de Victor Démé, que está a aproveitar a oportunidade tardia, mas ainda muito a tempo, que a vida lhe deu de divulgar a beleza da sua música onde cruza a tradição mandinga com influências latinas. Só com 46 anos este trovador do Burkina Faso editou o seu homónimo disco de estreia sendo assim natural que só agora faça a sua estreia nestas lides. Encantou e convenceu.

FMM - Programa dia 3

Palco Porto Covo

Wyza (Angola), 21h30

Orquesta Típica Fernández Fierro (Argentina), 23h00

Daara J Family (Senegal), 00h30

18 julho 2009

FMM - Programa dia 2

Palco Porto Covo

Victor Démé (Burkina Faso), 21h30

The Ukrainians (Reino Unido), 23h00

Dele Sosimi Afrobeat Orchestra (Nigéria/Reino Unido), 00h30

FMM Sines noite 1 (Porto Covo) Começou a Festa

Começou o 11º Festival Músicas do Mundo Sines ao som da Tasca Beat dos portugueses O'Questrada e com enorme afluência de público que encheu o recinto de Porto Covo onde a americana Rupa Marya encantou, e os italianos Circo Abusivo deram música para dançar.

Muito festiva, e dançante, a noite de estreia do FMM em Porto Covo. Recinto praticamente cheio para ouvir as primeiras três propostas do Festival que aqueceram a noite tradicionalmente fresca desta bonita zona do país.

Honras de abertura para os O'Questrada que assinaram um concerto muito bem conseguido mostrando enorme equilíbrio no alinhamento e a provarem que estão prontos para brilharem em eventos como este em que a duração da actuação é forçosamente menor. Adesão pronta da plateia que reconhece já os temas mais destacados do disco de estreia editado recentemente. Aposta ganha da organização e da banda de Almada.

Quem não soubesse a origem de Rupa & The April Fishes dificilmente diria que são norte americanos. Mas é isso que diz a biografia da banda liderada pela bonita Rupa Marya que encantou com a sua voz, simpatia, e uma generosa mini saia. O som é muito latino, e diversificado para serem conotados com a tradicional cultura norte americana. A explicação é que Rupa reside em São Francisco mas tem sangue indiano, é médica e inspira-se nas histórias dos seus pacientes para compor com os olhos mais postos para o México do que para o país onde reside. O resultado é uma música rica em ritmo que inspira prontamente a dança e a boa disposição. Faltou-lhe ali um ingrediente para alastrar a festança a todo o recinto, mas o balanço final é muito positivo. O segundo disco que será editado brevemente terá procura por cá.

A fechar esta primeira noite estiveram os italianos Circo Abusivo. Vinham com créditos que apontavam para os melhores momentos dos Gogol Bordello, Eugene Hütz participa no disco “Valtellazija Revolucija”. Liderados pelo carismático acordeonista e vocalista Alex de Simoni, os Circo Abusivo trouxeram a boa disposição para o público que os recebeu de braços abertos. Mistura de estilos, sempre muito ritmo festivo, mas longe de atingirem a loucura punk que caracteriza os Gogol. Muito acordeão, e sopros, com violinos a condizer mantiveram a assistência sempre bem disposta.
Uma noite de estreia que não podia ter sido mais animada. Bom pronúncio para a 11ª edição do FMM.

17 julho 2009

O’Questrada Inauguram FMM 2009

Casa cheia logo aos primeiros minutos de vida do Festival Músicas do Mundo de Sines, hoje em Porto Covo.
Os O'Questrada tiveram honras de abertura e deram excelente concerto.
Aqui fica a primeira imagem do FMM 2009

Virgem Suta - Tomo Conta Desta Tua Casa

Continuamos por território nacional. Canção saída do disco de estreia dos Virgem Suta. Orelhuda e solarenga, "Tomo Conta Desta Tua Casa" é um excelente cartão de apresentação da banda alentejana:

FMM - Programa dia 1

Palco Porto Covo

O’Questrada (Portugal), 21h30

Rupa & The April Fishes (EUA), 23h00

Circo Abusivo (Itália), 00h30

Sondagem Alive!09 - Dave Matthews Band Melhor Concerto Para os Leitores do Grandes Sons

Mais de 100(!) leitores aceitaram o repto para escolherem o melhor concerto do Alive!09. Venceu Dave Matthews Band com 36% dos votos. Metallica com 19% foram os segundos mais votados e 11% elegeram outros que não faziam parte do quadro. Obrigado pelos vossos votos.

Mastodon
1 (0%)
Lamb of God
7 (6%)
Metallica
21 (19%)
Chris Cornell
2 (1%)
Dave Matthews Band
40 (36%)
Tv On The Radio
6 (5%)
Klaxons
4 (3%)
Crystal Castles
2 (1%)
Los Campesinos!
4 (3%)
The Gaslight Anthem
1 (0%)
Hadouken!
5 (4%)
Does it Offend You , Yeah?
2 (1%)
The Ting Tings
2 (1%)
outro
12 (11%)

Votos apurados: 109

Começa a Festa em Sines (e Porto Covo)


Começa hoje o grande Festival das Músicas do Mundo de Sines.
O destaque da imprensa de hoje é natural:
João Bonifácio, no Público, classifica o FMM como “o mais arriscado festival nacional” e, entre os do seu género, “o único com cartaz de nível internacional”. Luís Filipe Rodrigues, no Diário de Notícias, descreve-o como “um verdadeiro fenómeno” que “continua a destacar-se da concorrência”. Luís Figueiredo Silva, no Correio da Manhã, recorre ao objectivo numérico, mas não menos verdadeiro: felizmente há cada vez mais oportunidades de ver grande música do mundo por todo o país, mas o FMM continua a ser o “maior festival de world music em Portugal”.

Logo à noite lá estaremos para acompanhar o arranque do FMM em Porto Covo.

16 julho 2009

Tragédia Na Montagem de Palco para Concerto de Madonna em Marselha

Os preparativos do concerto de Madonna ( agendado no estádio Vélodrome, em Marselha, para este domingo) transformaram-se num drama: durante instalações técnicas, a estrutura cénica, com cerca de 60 toneladas, caiu em cima dos trabalhadores.

O balanço até agora é de um morto e seis feridos, dois dos quais estão em estado grave. O acidente, avança o jornal La Provence, aconteceu por volta das 17h15, hora local, tendo as autoridades sido alertadas de imediato. "A grua que segurava toda a estrutura de metal da cenografia simplesmente cedeu", explica ao jornal um técnico do estádio Vélodrome. "Uma parte do cenário já estava construída, mas os pilares devem ter ficado mal apertados, já que caíram com o resto da estrutura. Fez um barulho como uma explosão, caiu como um baralho de cartas".

Depois do concerto dos AC/DC e de John Hallyday, o concerto da Madonna no estádio deveria ser a terceira actuação de verão naquele espaço, habitualmente reservado a jogos do Marselha. O espectáculo já foi cancelado.

fonte: I

Paul McCartney Live On Letterman, ontem

Paul McCartney num original mini-concerto no telhado do Ed Sullivan Theater Marquee.
O homem dos Beatles Tocou: "Coming Up," "Band on the Run," "Let Me Roll It," "Helter Skelter," e "Back in the USSR."


Arranca o Marés Vivas

O Festival Marés Vivas apresenta o cartaz mais sonante de sempre. Hoje, o dia é dedicado às bandas britânicas com a presença de Kaiser Chiefs, Primal Scream e Lamb.

Completam o cartaz os portugueses Sizo e John Is Gone. Os concertos começam às 19h00 e o preço dos bilhetes varia entre os 25 euros (um dia) e 38 (passe para todo o festival).

HOJE
Palco Marés Vivas
22h00 - Lamb
23h00 - Primal Scream
01h00 - Kaiser Chiefs

Palco Novos Portugueses

19h00 - John Is Gone
20h00 - Sizo

cartaz completo aqui

Bizarro!

Michael Jackson já vendeu cerca de nove milhões de discos desde a data do seu falecimento, 25 de Junho.
Mais de dez por cento deste número, são números contabilizados no Reino Unido onde os discos do Rei da Pop já chegaram a 1,5 milhões de lares desde a sua morte. Esta notícia do Los Angeles Times refere ainda que a Sony não desmentiu nem confirmou estes números.

Sons de Verão 2: Cacique'97 - Dragão

Volto aos Cacique'97 , que já tinham ficado aqui com o rótulo de banda oficial deste verão, para destacar um single com direito a vídeo acabado de editar.
O disco dos portugueses é para se ouvir de princípio ao fim sem rodeios, mas depois do single de estreia tenho que destacar este Dragão com vídeo irresístivel de Bruce Lee:

CAIS vende bilhetes mais baratos para Super Rock

A partir de amanhã, 16 de Julho, os vendedores da Associação CAIS vão vender, em Lisboa, bilhetes para o Super Bock Super Rock Lisboa, a 25 euros .

As receitas revertem, na totalidade, para os vendedores e para a instituição de ajuda aos sem-abrigo .

Os vendedores estarão em zonas de grande afluência , em Lisboa, identificados com os coletes e símbolos da CAIS. Os bilhetes têm o carimbo "Preço Especial CAIS".

Ao todo, são 500 os bilhetes que a Música no Coração e a Unicer entregaram à Associação CAIS, para venda a preço especial .

15 julho 2009

Jorge Palma actua hoje na Torre de Belém

Jorge Palma vai actuar ao vivo junto à Torre de Belém esta quarta-feira, pelas 22:00 horas, no âmbito das Festas de Lisboa 2009.

Em palco, estará um quinteto de metais, composto por Laurent Filipe, Edgar Caramelo, Ruben Santos, Guto Lucena e Jean Marc. A direcção musical é de Manuel Paulo.

São convidados Adolfo Luxúria Canibal, Cristina Branco, Fausto, Sérgio Godinho, JP Simões, Mariza, Rui Reininho, Toca a Rufar e Gaiteiros de Lisboa. A entrada é livre, reservada a maiores de três anos.

Festa Com Música no Museu Berardo

O Museu Berardo recebe a partir das 19h00 de hoje, e até às 19h00 de amanhã, uma festa contínua, com "performances" ao vivo, actuações de DJ's, arte de rua e projecções para comemorar o segundo aniversário da exposição, inaugurada a 25 de Junho de 2007 no Centro Cultural de Belém.

A festa terá entrada gratuita no interior e exterior do museu, com a praça principal do CCB a transformar-se em discoteca ao ar livre, animada pela Dj Chloe (Paris) e do Dj Ride (Lisboa), entre as 20h00 e as 02h00.

Também terá lugar uma performance gráfica do "graffiter" Odeith, a quem foi lançado o desafio de pintar ao seu gosto três paredes brancas ao longo de onze horas consecutivas.

Ainda no espaço exterior do Museu Berardo, no Jardim da Água, será recriado um ambiente mais intimista ao som de instalações de música electro-acústica especialmente concebidas por dois compositores/artistas portugueses para esta ocasião.

O director do espaço, Jean-François Chougnet, declarou ao tvi24.pt que o "museu faz agora parte do roteiro cultural de Lisboa".

Inaugurado a 25 de Junho de 2007 com uma selecção das 862 integradas no acordo de comodato (empréstimo) estabelecido entre o Governo, através do Ministério da Cultura, e Joe Berardo, o Museu Colecção Berardo recebeu mais de 500 mil pessoas no primeiro ano.

Globalmente avaliada em 316 milhões de euros pela leiloeira inglesa Christie's, a colecção pode ser comprada por este preço pelo Estado português até 2016.

Assinado em 2006, o acordo entre as partes resultou na criação da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo para instalar o museu no Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém com base no acervo da colecção do empresário madeirense.

Picasso, Bacon, Balthus, Andy Warhol, alguns dos artistas mais cotados a nível internacional, e também de portugueses como Paula Rego, Vieira da Silva, Helena Almeida, Joana Vasconcelos, Pedro Cabrita Reis, Jorge Molder e Ângelo de Sousa são alguns dos artistas representados na Colecção Berardo.

A entrada é gratuita.

14 julho 2009

Mapa Etno-Musical de Portugal


Ver o Mapa ao pormenor

Com o apoio do Instituto Camões, é apresentado hoje, às 20h30 - inserido na programação do World Music Festival LX’09, na Ler Devagar, no espaço da LX Factory, o Mapa Etno-Musical de Portugal. Conhecida há muito uma primeira versão, desde sempre exposta no sítio on-line de Júlio Pereira, o mapa ganhou agora uma interessante versão multimédia e interactiva - para além de uma versão física.

Da autoria de Júlio Pereira, com a colaboração do historiador e produtor João Luís Oliva, responsável pelos textos, e com o grafismo de Sara Nobre, o Mapa Etno-Musical de Portugal é uma interessante viagem pelo Portugal musical, pelas suas tradições e pelos seus elementos etno-musicais - com texto, som e imagem. Excelente.

O mapa está disponível no Centro Virtual Camões.

fonte: a trompa

Super Rock Lisboa - Horário

O horário dos concertos da manga lisboeta no estádio do Restelo do Festival Super Bock Super Rock foi divulgado.

Este é o alinhamento completo:

The Killers - 00h00 - 01h30
Duffy - 22h00 - 23h30
Mando Diao - 20h40 - 21h40
Brandi Carlile - 19h30 - 20h20
The Walkmen -18h30 - 19h10
Bettershell - 18h00 - 18h15

Linkin Park no Algarve

De acordo com a Rádio Comercial, os Linkin Park tocam a 5 de Agosto no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, no mesmo dia que James Morrison, Waterboys e Mia Rose, no Festival Rock One que tem o seguinte cartaz:

5 de Agosto
Linkin Park, James Morrison, Waterboys, Mia Rose

6 de Agosto
Dub Inc., Bloc Party, Pontos Negros

7 de Agosto
Ana Free, Bjorn Again, James

8 de Agosto
Tara Perdida, Fonzie, My Bloody Valentine, The Offspring

Festival de Músicas do Mundo de Sines começa sexta-feira com os OqueStrada em Porto Covo

O 11º Festival de Músicas do Mundo de Sines arranca esta sexta-feira com um cartaz dominado por estreias de artistas internacionais em Portugal. A abrir o evento, que decorre até 25 de Julho, estão os portugueses OqueStrada.

O grupo de Almada, que editou em Abril o álbum de estreia "TascaBeat: o sonho português", actuará em Porto Covo, junto ao Porto de Pesca, um dos palcos do festival de Sines que se tem consolidado nos últimos anos, dado o alargamento do cartaz e a adesão do público às músicas do mundo.

Até domingo, o festival decorrerá em Porto Covo com um total de nove concertos, seguindo no dia 20 para Sines, repartindo-se aqui entre o castelo, o Centro de Artes e a Avenida Vasco da Gama.

Em Porto Covo estão ainda previstas actuações de nomes como Circo Abusivo (Itália), Victor Démé (Burkina Faso) e Orquesta Típica Fernández Fierro (Argentina).

Carlos Seixas, director artístico do festival, explicou à Lusa que em cada edição a essência do festival é a descoberta e que o objectivo é apresentar o "máximo possível de projectos musicais que se apresentem pela primeira vez em Portugal".

O jamaicano Lee "Scratch" Perry encerrará oficialmente o festival no castelo de Sines a 25 de Julho e é um dos concertos com maior procura de bilhetes, referiu a organização à Lusa.

Entre os OqueStrada e Lee "Scratch" Perry estão previstos cerca de 40 concertos de artistas da Europa África, Médio Oriente, Ásia e América. Todos os anos "é sempre uma tentativa de trazer o mundo a Sines", sublinhou Carlos Seixas.

Destacam-se as presenças dos L´Enfance Rouge (dia 24), do pianista cubano Chucho Valdés, em formato Big Band (dia 23), o percussionista brasileiro Cyro Baptista e os Chicha Libre (EUA), no dia 24.

Depois de várias tentativas falhadas, é este ano que Sines terá uma actuação dos congoleses Kasai All Stars, mistura sónica entre o tradicional africano e a modernidade do rock eléctrico, que marcarão presença a 23 de Julho no castelo de Sines.

Os norte-americanos Chicha libre, desconcertante reinvenção da música dos índios da Amazónia, estreiam-se em Portugal a 24 de Julho na Avenida Vasco da Gama.

De Portugal e do espaço lusófono, sobressaem as presenças do tocador de sitar Paulo Sousa, dos Assobio, novo projecto de César Prata depois do Chuchurumel, e do músico guineense Manecas Costa, que se apresenta em Sines com o projecto Alô Irmão, em parceria com o músico galego Fran Pérez (Narf).

O festival conta anualmente com cerca de 80.000 a 100.000 espectadores e este ano Carlos Seixas espera que a crise não afecte os concertos, até porque o público é "o maior patrocinador".

À margem dos concertos estão previstos encontros com artistas, oficinas de instrumentos e sessões de "djing" de nomes como Bailarico Sofisticado, António Pires e Rui Miguel Abreu

fonte Lusa

Discos Roubados

Como disse no balanço do Alive!09, o amigo Hugo Moutinho ( Mr. Mitsuhirato ) foi assaltado no dia a seguir à sua actuação no Palco Optimus Discos ( e não na mesma noite como erradamente escrevi na altura) e ficou sem centenas de discos. Isto é o maior pesadelo de qualquer mortal que mantenha uma colecção digna de discos. Como não encontro melhor maneira de deixar o apelo faço minhas as palavras do meu amigo V.J.:

Na passada madrugada de sábado, a calamidade abateu-se sobre o Hugo Moutinho, dito Mr. Mitsuhirato nas festas magníficas que tem realizado ao longo dos últimos anos. Justamente depois de uma dessas festas, no Cais do Sodré, foi assaltado. Levaram-lhe dois books de CDs -- um preto, de 240, e um beige, de 80 -- e os headphones (Senheiser brancos). Fica aqui o apelo: quem souber de alguma informação ou encontrar este material à venda (feira da ladra, cash converters, etc.), contacte, por favor, o Hugo: hugomoutinho09@gmail.com.

Damily (Madagáscar) Na Vez de Ramiro Musotto

Informa a organização do Festival de Sines que está encontrado o substituto de Ramiro Musotto;

Depois do concerto dos Kasaï Allstars no Castelo, o transe induzido pela febre eléctrica africana prolonga-se para o palco da praia.
Tal como no caso dos congoleses, a música do guitarrista Damily é electricidade, mas electricidade ligada à terra. Nascido em 1968, é a grande figura do Tsapiky, o ritmo de dança originário do sudoeste da ilha do Madagáscar, com temperos da África Oriental que os amantes da música moçambicana e sul-africana vão reconhecer.
A guitarra coberta pela poeira de Tulear, a cidade natal de Damily, é o leme de uma música com raízes fundas na vida do povo malgaxe, acompanhando enterros, casamentos, circuncisões e todos os acontecimentos sociais mais importantes.
Gany Gany (voz e dança), Rakapo (baixo e guitarra), Naivo (bateria e “katsa”) e Claude (voz e “langoro”) juntam-se a Damily num espectáculo que tomará como referência o álbum “Tsapiky from Tulear”, lançado este ano pela Helico. Como diriam os naturais de Tulear para desejar boa sorte: “Ravinahisty, Damily!”.

Escolham o Melhor do Alive

Ainda em jeito de rescaldo fica o convite para votarem aqui do lado direito na banda que mais gostaram de ver no Festival Alive!09.

Super Bock Super Rock no Porto: Da desgraça à consolação

A minha colega Eugénia Azevedo testemunhou para o Disco Digital o fracasso da versão nortenha do Super Rock:

Os Depeche Mode cancelaram e uma grande fatia de público eclipsou-se. Os franceses Nouvelle Vague fizeram a festa.

texto completo aqui.

13 julho 2009

Hadouken!

Não os conhecia e fiquei impressionado com o concerto que deram no Alive.
Tive sorte de ver a actuação toda que vivi com um misto de sentimentos. Por um lado senti que estava a ver algo verdadeiramente entusiasmante, por outro ao ver a reacção da maior parte do público que conhecia a maior parte das músicas senti-me desactualizado. Um jovem fã explicou-me que o nome é retirado do imaginário do video-jogo Street Fighter, e que eles são um dos expoentes do Grindie. O Grindie é um estilo de música que combina indie e grimie.

Os Hadouken! são de Leeds, Inglaterra, e já têm uma mão cheia de bons singles editados. Gostei muito do que vi e vou fazer por ouvir o que já estiver disponível.
Sugiro que vejam o vídeo de That Boy That Girl:

Uma Baixa em Sines: Ramiro Musotto não Vem ao FMM

A organização lamenta informar que, por motivo de doença, o músico argentino RAMIRO MUSOTTO teve de cancelar a sua tournée de Verão, não podendo actuar na noite de 23 de Julho, na Avenida Vasco da Gama, como estava anunciado.

A informação oficial do agenciamento é a seguinte:
Ramiro Musotto foi obrigado a anular a sua tournée de Verão de 2009. Ele sofre de complicações na sequência de uma úlcera no estômago e será sujeito a uma operação em meados de Julho em Salvador da Bahia. Deverá voltar aos palcos a partir de Setembro de 2009″.

Pelo palco em que se realizava, cujos concertos são de entrada livre, o cancelamento não tem qualquer efeito sobre os bilhetes para o FMM já adquiridos.
O novo projecto programado será anunciado dentro de momentos.

Buraka Som Sistema - Blood Diamond Mixtape


Buraka.tv

Alive!09 - O Balanço Final



Recinto


Pelo terceiro ano seguido o Festival viveu em Algés num terreno plano que facilita a mobilidade e visão dos palcos. Em 2009 o espaço foi revisto, aumento, e melhorado. Destaque para a inclusão de um terceiro palco entre o principal e secundário. Foi aposta ganha e a divulgação do projecto Optimus Discos funcionou muito bem.
O mapa do recinto foi idêntico ao que já conhecíamos das duas primeiras edições. O espaço de imprensa , por exemplo, sofreu algumas melhorias como uma varanda para ver o palco.
De destacar na restauração os hambúrgueres da barraca alentejana.

Horários e meteorologia

Impressionante cumprimento de horários em todos os palcos seguindo a agenda que vinha com o passe da comunicação social. Salvo raras excepções começou tudo a horas. Não houve cancelamentos de última hora nem alterações sendo um ponto muito positivo para a organização. O tempo esteve óptimos à luz do dia, mas à noite o vento teimoso incomodava mais que a descida de temperatura, e fez muito pó pelo ar.

Palco Principal

Melhores - Mastodon, Lamb of God, os verdadeiros pesos pesados do primeira dia. Slipknot com um regresso bem conseguido, e os eternos Metallica que não desiludiram a sua enorme legião de fãs. Os Prodigy confirmaram o regresso à boa forma, Chris Cornell a lutar para voltar às raízes, e o inesquecível concerto de Dave Matthews Band.

Piores - Placebo, The Kooks, e Black Eyed Peas não convenceram em palco, e os Eagles of Death Metal que não convenceram Josh Homme a vir com eles tocar em Lisboa.

Palco Secundário

Muita atenção ao fenómeno do palco Super Bock: a enorme tenda sempre bem composta de público transforma o Alive! num dois em um. É que a cada edição que passa é visível que este espaço tem o seu próprio público e vive já de forma independente em relação ao cartaz principal. Isto ajuda a explicar a subida dos números oficiais de presenças no Festival. O cartaz trouxe até nós algumas das mais promissoras bandas, principalmente, do Reino Unido.
Entre algumas bandas já consagradas, e esperanças destaca-se:
Tv on The Radio, Klaxons, Crystal Castles, The Gaslight Anthem, Hadouken!, Does it Offend You , Yeah?, The Ting Tings, A Silent Film, Los Campesinos!, Autokratz, e Lyjje Li.
A luta pelo melhor do festival é entre Tv on The Radio, The Gaslight Anthem, Hadouken!,e Los Campesinos!.

Palco Optimus Discos

Todas as bandas que editaram ep's coordenados por Henrique Amaro, sempre presente na tenda apesar da grave lesão no pé, aproveitaram bem a oportunidade para promoverem a sua música.
Destaque para Mazgani, The Bombazines, Vicious Five, Bezegol com o seu reggae, Dj Ride, Olive Tree Dance e Linda Martini.
Uma palavra também para os Dj's que encerraram as noites, em especial para Mr. Mitsuhirato que terminou mal a noite da sua actuação já que foi vítima de assalto de madrugada no Cais do Sodré e ficou sem as malas dos discos que levava.

Exposição de Fotos da Rita Carmo

Muito importante o destaque dado pela organização a uma tenda da responsabilidade da LG onde se podiam ver fotos escolhidas pela fotógrafa Rita Carmo num resumo do seu trabalho nos últimos anos.

Foram três dias cheios de música bem passados sem problemas de maior com mais de 110 mil pessoas que estiveram à beira Tejo nos 3 dias. Para o ano há mais.

Dave Matthews Band @ Alive!09 - Set List


(foto: Tânia Gaspar)

Este era o alinhamento previsto para o concerto da Dave Matthews Band na noite de sábado no Alive!09. Mas houve alterações em palco e acabou por ser assim:

Shake Me Like a Monkey *
Ants Marching *
Don’t Drink the Water *
Alligator Pie *
Seven *
Grace Is Gone *
Lying In the Hands of God *
Pantala Naga Pampa *
Rapunzel *
Funny The Way It Is *
Spaceman *
Corn Bread *
#41 *
Why I Am *
Crash (Into Me) *
Two Step *

__________________

You Might Die Trying *
Tripping Billies *

__________________

All Along The Watchtower *

12 julho 2009

Festival Optimus Alive!09, DIA 3: América eléctrica


( foto: Catarina Limão, Atena3)



O último dia do Optimus Alive!09 será recordado com o regresso glorioso da Dave Matthews Band a Lisboa para um concerto de duas horas e meia.

Quinze minutos depois da meia noite, Dave Matthews entrou em palco de sorriso estampado no rosto e partiu para uma actuação memorável que em nada ficou a dever à passagem de há dois anos pelo Pavilhão Atlântico. A banda apresentou o novo «Big Whiskey and the GrooGrux King» e recordou o falecido Leroi Moore. Em duas horas e meia, com dois encores exigidos pelos fãs, Dave Matthews viajou pela sua discografia e fez todos os músicos brilhar, como habitualmente, em longos solos. A recuperação de clássicos como «Ants Marching» - a segunda do alinhamento - «Crash Into Me», «Tripping Billies», «Don`t Drink The Water», entre muitos outros apimentou o espectáculo mas a química entre a banda e o público voltou a ser enorme. E Dave Matthews prometeu um regresso para breve.

Chris Cornell entrou ao som de uma versão para violino de «Black Hole Sun» e foram as canções dos Soundgarden que mais me brilharam. «Outshined», «Spoonman» e o próprio «Black Hole Sun» serviram para os fãs esquecerem a imagem transmitida no recente «Scream».

Do novo álbum, Cornell concentrou-se nos singles e…pouco mais. Pudera. A imagem de decadência já evidente a solo e que se prolongou nos Audioslave é demasiado forte para que esta antiga rockstar alimente, sequer, um culto. O concerto do Optimus Alive!09 conseguiu, ao menos, redimi-lo.

Se Cornell é um branco caucasiano que começou por vestir de preto e se entregou recentemente ao som dos negros (hip hop e R&B), os Black Eyed Peas têm dois afro-americanos e uma configuração de palco que cita os Kraftwerk, na forma como os instrumentos à retaguarda se dispoõe.

Apesar do aparato cénico, o espectáculo continua a ser demasiado pobre. As canções são fracas, as vozes desafinam por todo o lado e aquilo que têm classificado como um som futurista que vai beber em alguns produtores do tecno actual não é mais que uma forma encapotada de alimentar um estatuto.

Ao início da tarde, Ayo e, sobretudo, Boss AC sofreram com a parca presença de público. O rapper português resolveu o problema com versões de «I Feel Good» (James Brown) e «Get Down It» (Kool & The Gang). E deu também para perceber que TC (antigo vencedor do Festival da Canção) é o substituto de Gutto.

O espaço do Palco Super Bock provou mais uma vez que não é secundário mas sim alternativo, por estar habitado por um público dedicado. De resto, na sua maior parte nem quer saber do que se passa no principal e mostra conhecimento das novas sonoridades. Assim não foi de estranhar que os A Silent Film pouco depois das 18h já tivessem a plateia bem composta para festejar o single «You Will Leave a Mark». A banda de Oxford agradeceu.

Os Autokratz também surpreenderam pela positiva e deixaram boa imagem, mas a última noite do Alive foi toda dos Los Campesinos com uma atuacção verdadeiramente arrasadora que terá semeado muitos fãs por cá. Agora, é esperar que voltem.

11 julho 2009

Alive!2010 Anunciado


Em conferência de imprensa realizada há minutos na zona Press Lounge Álvaro Covões da Evrything is New confirmou a realização do Festival no próximo ano nos dias 8, 9, e 10 de Julho no mesmo local.

Noite Dave Matthews Band em Lisboa


O regresso da Dave Matthews Band a Lisboa é um acontecimento que merece fazer recordar a passagem inesquecível pelo Atlântico. Aqui fica o link da reportagem feita em Maio de 2007:
Dave Matthews Band @ Atlântico: O Concerto

Dave Matthews e Stefan Lessard além de terem assinado um grande concerto, fizeram o favor de aceitar autografar capas de cd's:
A Simpatia da Dave Matthews Band

Alive!09 Dia 3 - Horários

Palco Optimus
Dave Mattews Band 00h00
The Black Eyed Peas 22h15
Chris Cornell 20h30
Ayo 19h00
Boss AC 17h30

Palco Super Bock
Deadmau5 02h30
Ghostland Observatory 01h00
Lykke Li 23h40
autoKratz 22h30
Trouble Andrew 21h10
Los Campesinos! 19h40
A Silent Film 18h15
X-Wife 17h00

Palco Optimus Discos
DJ Kitten 00h20
Sofia M 22h40
Linda Martini 21h30
Madame Godard 20h30
The Pragmatic 19h30
Olive Tree Dance 18h30

Festival Optimus Alive! 09 (Dia 2): Rave nostálgica

A segunda noite do Alive devolveu os Prodigy à vida activa e revelou uns Hadouken como uma das grandes surpresas do festival.

Boas notícias a fechar a segunda noite do Optimus Alive! 09: os Prodigy estão vivos! Quando a esperança já era escassa (a julgar pelos últimos concertos em Portugal), Keith Flint e, principalmente, Maxim, transformaram o recinto numa pista do tamanho de um campo de futebol em que o volume quase pôs o Cristo Rei a dançar.

Num tempo em que se fala tanto de nu rave, o concerto ds Prodigy foi uma…rave clássica. «Breathe», «Firestarter» ou «Smack My Bitch Up» devolveram o público a um tempo em que os Prodigy eram os reis das pistas. Não sendo um concerto de metal, o ruído foi tanto ou maior que o de bandas como Metallica ou Slipknot na noite anterior.

Foi a «pastilha» perfeita depois do soporífero dos Placebo. O problema pode não estar em Brian Molko, porque a personalidade continua lá, mas sim num som que está demasiado datado. Anos 90, é certo, mas mal medidos e obsoletos. E aquele rabo-de-cavalo já nem no cabeleireiro de Ranholas.

De resto, o palco Optimus trouxe uns Blasted Mechanism regulares, uns Kooks aborrecidos, uns Eagles Death of Metal prejudicados pelo contexto (hora, clima e desinteresse geral) e uns Pontos Negros bastante mais seguros em palco. Na segunda noite do Optimus Alive! 09 terão estado cerca de trinta mil pessoas, número ainda não confirmado.

O palco Super Bock confirma-se como um espaço com vida própria dentro do festival e sempre muito concorrido por um público atento a novos projectos a ponto de aclamarem em delírio bandas que para o comum festivaleiro são desconhecidos. Os Gaslight Anthem convenceram o público que fez questão de estar pelas cinco da tarde para os ver. Mas a grande revelação deste segundo dia foram os Hadouken!, nome retirado certeiramente do universo do jogo Street Fighter, que trouxeram à tenda toda a força de um UK Garage musculado.

Aliás, a noite foi mesmo dos ingleses representados por três bandas com concertos seguidos. Os Hadouken! brilharam entre o concerto mais comedido dos Late of The Pier, e o mais agitado dos Does It Offend You, Yeah? que já contam com uma considerável base de fãs.

Os Ficherspooner repetiram a actuação do Coliseu dos Recreios por alturas do Dance Station, mas hoje não aqueceram um público que pedia mais agitação. Os The Ting Tings fizeram render o seu mediático disco de estreia e mostraram como só dois elementos podem encher um palco.

por Davide Pinheiro e João Gonçalves
in Disco Digital

10 julho 2009

Concerto Depeche Mode no Porto Cancelado

O concerto dos Depeche Mode programado para sábado no Estádio do Bessa, no Porto, foi cancelado, devido a "problemas de saúde" de um dos músicos, revelou hoje à agência Lusa fonte da organização.

Joana Ribeiro, directora de comunicação da Unicer, disse à Lusa que o primeiro acto do Festival Super Bock Super Bock se mantém, com os restantes concertos, mas quem quiser pode reaver o dinheiro do bilhete.

A Música no Coração e a Unicer / Super Bock lamentam o cancelamento do concerto e informam que todos os possuidores de bilhetes para o dia 11 de Julho poderão:

* Assistir a ambas as datas do Super Bock Super Rock, Porto dia 11 de Julho e Lisboa dia 18 de Julho, mediante apresentação do seu bilhete para o Porto, ou
* Usar o seu bilhete de dia 11 para o Super Bock Super Rock em Lisboa no dia 18 de Julho para assistirem a The Killers, Duffy, Mando Diao, Brandi Carlile, The Walkmen e Bettershell, ou
* Reclamar o valor do mesmo a partir de segunda-feira, e durante 60 dias a partir de 11 de Julho, nos locais onde os adquiriram, sendo condição necessária para tal que apresentem o seu bilhete totalmente intacto

Todos os esclarecimentos serão prestados em www.musicanocoracao.pt, www.superbock.pt, e pelo telefone da Música no Coração, a partir de segunda-feira.

Alive!09 Dia 2 - Horários

Palco Optimus
The Prodigy 00h30
Placebo 22h45
Blasted Mechanism 21h15
The Kooks 19h50
Eagles of Death Metal 18h30
Os Pontos Negros 17h30

Palco Super Bock
Zombie Nation 02h15
The Ting Tings 01h00
Fischerspooner 23h15
Does It Offend You, Yeah? 21h45
Hadouken! 20h25
Late of the Pier 19h15
John Is Gone 18h10
The Gaslight Anthem 17h00

Palco Optimus Discos
Zig Zag Warriors 22h40
Coldfinger 21h30
DJ Ride 20h30
Bezegol 19h30
Youthless 18h30

Festival Optimus Alive! 09 (Dia 1) : Guitar Heroes


(Foto: Rita Carmo)

Arrancou o Festival Alive!2009 em tons de negro com o recinto de Algés a receber uma das maiores enchentes desde a noite de estreia em 2007. No palco principal os Metallica foram os mais aclamados. Houve também interessantes actuações lusas no palco Optimus Discos e bons concertos de TV on The Radio, Klaxons e Crystal Castles no palco Super Bock. Um começo a todo o vapor.

A tribo do metal respondeu em enorme número ao cartaz pesado. Aliás, como vem sendo hábito sempre que um dia destes festivais é dedicado ao som mais duro o sucesso de bilheteira é garantido. Mas as propostas do rock alternativo e mais actual também atraíram muitos milhares que mantiveram a tenda Super Bock sempre bem povoada, não esquecendo de espreitar os novos projectos portugueses no outro palco ali perto. Portanto, uma primeira noite com muito público no Alive!.

Entre a actuação dos Ramp e a despedida dos Metallica o palco principal viveu horas de som intenso e militância de fãs que foram enchendo todo o espaço. Mastodon e Lamb of God arrancaram excelente actuação mesmo com a luz do dia ainda forte os adeptos do metal mais acelerado e pesado aproveitaram para agitarem a plateia com vistosos moshes. Os Machine Head repetiram a actuação clássica de há um ano na Bela Vista, e os Slipknot reencontraram admiradores na faixa etária mais jovem que ficaram satisfeitos com este regresso dos mascarados. Os Metallica cumpriram o terceiro concerto em três anos seguidos em Lisboa. E voltaram a atrair uma enorme multidão que mais uma vez se rendeu ao repertório de James Hetfield e Lars Ulrich que este ano acrescentou alguns temas do mais recente disco «Death Magnetic». Não faltaram as explosões e fogo de artifício para saudar os reis do rock pesado.

No palco Optimus Discos nota positiva para o interesse do público que manteve o recinto sempre bem composto para uma noite bem aproveitada por Mazgani, Bombazines, Tiguana Bibles, e Vicious Five para divulgarem a sua música. Os The Bombazines foram a revelação da noite. Os Vicious Five sairam consagrados.

No palco secundário viveu-se um outro Alive. Longe dos tons negros do resto do recinto, o palco Super Bock conheceu um primeiro dia bem concorrido e com vida própria. Os TV on The Radio foram os mais festejados e mostraram a força das músicas que compões os seus dois últimos discos aclamados por cá por público e crítica. Os Klaxons aproveitaram para apagar a pálida imagem que tinha deixado há uns anos num outro festival à beira rio mas mais longe e assinaram um concerto convincente. Os Crystal Castles corresponderam às expectativas e agarraram o público que ignorava os Metallica com uma actuação cheia de batidas dançantes.

Enquanto a tribo metaleira abandonava o recinto de Algés ficou entregue aos sons de DJ não só nos palcos secundários como nos espaços dos patrocinadores. A primeira noite do Alive! fica marcada pelo elevado número de espectadores que quiseram, mais uma vez, consagrar os homens das guitarras pesadas.

in Disco Digital