Informa a organização do Festival de Sines que está encontrado o substituto de Ramiro Musotto;
Depois do concerto dos Kasaï Allstars no Castelo, o transe induzido pela febre eléctrica africana prolonga-se para o palco da praia.
Tal como no caso dos congoleses, a música do guitarrista Damily é electricidade, mas electricidade ligada à terra. Nascido em 1968, é a grande figura do Tsapiky, o ritmo de dança originário do sudoeste da ilha do Madagáscar, com temperos da África Oriental que os amantes da música moçambicana e sul-africana vão reconhecer.
A guitarra coberta pela poeira de Tulear, a cidade natal de Damily, é o leme de uma música com raízes fundas na vida do povo malgaxe, acompanhando enterros, casamentos, circuncisões e todos os acontecimentos sociais mais importantes.
Gany Gany (voz e dança), Rakapo (baixo e guitarra), Naivo (bateria e “katsa”) e Claude (voz e “langoro”) juntam-se a Damily num espectáculo que tomará como referência o álbum “Tsapiky from Tulear”, lançado este ano pela Helico. Como diriam os naturais de Tulear para desejar boa sorte: “Ravinahisty, Damily!”.
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