O 11º Festival de Músicas do Mundo de Sines arranca esta sexta-feira com um cartaz dominado por estreias de artistas internacionais em Portugal. A abrir o evento, que decorre até 25 de Julho, estão os portugueses OqueStrada.
O grupo de Almada, que editou em Abril o álbum de estreia "TascaBeat: o sonho português", actuará em Porto Covo, junto ao Porto de Pesca, um dos palcos do festival de Sines que se tem consolidado nos últimos anos, dado o alargamento do cartaz e a adesão do público às músicas do mundo.Até domingo, o festival decorrerá em Porto Covo com um total de nove concertos, seguindo no dia 20 para Sines, repartindo-se aqui entre o castelo, o Centro de Artes e a Avenida Vasco da Gama.
Em Porto Covo estão ainda previstas actuações de nomes como Circo Abusivo (Itália), Victor Démé (Burkina Faso) e Orquesta Típica Fernández Fierro (Argentina).
Carlos Seixas, director artístico do festival, explicou à Lusa que em cada edição a essência do festival é a descoberta e que o objectivo é apresentar o "máximo possível de projectos musicais que se apresentem pela primeira vez em Portugal".
O jamaicano Lee "Scratch" Perry encerrará oficialmente o festival no castelo de Sines a 25 de Julho e é um dos concertos com maior procura de bilhetes, referiu a organização à Lusa.
Entre os OqueStrada e Lee "Scratch" Perry estão previstos cerca de 40 concertos de artistas da Europa África, Médio Oriente, Ásia e América. Todos os anos "é sempre uma tentativa de trazer o mundo a Sines", sublinhou Carlos Seixas.
Destacam-se as presenças dos L´Enfance Rouge (dia 24), do pianista cubano Chucho Valdés, em formato Big Band (dia 23), o percussionista brasileiro Cyro Baptista e os Chicha Libre (EUA), no dia 24.
Depois de várias tentativas falhadas, é este ano que Sines terá uma actuação dos congoleses Kasai All Stars, mistura sónica entre o tradicional africano e a modernidade do rock eléctrico, que marcarão presença a 23 de Julho no castelo de Sines.
Os norte-americanos Chicha libre, desconcertante reinvenção da música dos índios da Amazónia, estreiam-se em Portugal a 24 de Julho na Avenida Vasco da Gama.
De Portugal e do espaço lusófono, sobressaem as presenças do tocador de sitar Paulo Sousa, dos Assobio, novo projecto de César Prata depois do Chuchurumel, e do músico guineense Manecas Costa, que se apresenta em Sines com o projecto Alô Irmão, em parceria com o músico galego Fran Pérez (Narf).
O festival conta anualmente com cerca de 80.000 a 100.000 espectadores e este ano Carlos Seixas espera que a crise não afecte os concertos, até porque o público é "o maior patrocinador".
À margem dos concertos estão previstos encontros com artistas, oficinas de instrumentos e sessões de "djing" de nomes como Bailarico Sofisticado, António Pires e Rui Miguel Abreu
fonte Lusa