Começou o 11º Festival Músicas do Mundo Sines ao som da Tasca Beat dos portugueses O'Questrada e com enorme afluência de público que encheu o recinto de Porto Covo onde a americana Rupa Marya encantou, e os italianos Circo Abusivo deram música para dançar.
Muito festiva, e dançante, a noite de estreia do FMM em Porto Covo. Recinto praticamente cheio para ouvir as primeiras três propostas do Festival que aqueceram a noite tradicionalmente fresca desta bonita zona do país.
Honras de abertura para os O'Questrada que assinaram um concerto muito bem conseguido mostrando enorme equilíbrio no alinhamento e a provarem que estão prontos para brilharem em eventos como este em que a duração da actuação é forçosamente menor. Adesão pronta da plateia que reconhece já os temas mais destacados do disco de estreia editado recentemente. Aposta ganha da organização e da banda de Almada.
Quem não soubesse a origem de Rupa & The April Fishes dificilmente diria que são norte americanos. Mas é isso que diz a biografia da banda liderada pela bonita Rupa Marya que encantou com a sua voz, simpatia, e uma generosa mini saia. O som é muito latino, e diversificado para serem conotados com a tradicional cultura norte americana. A explicação é que Rupa reside em São Francisco mas tem sangue indiano, é médica e inspira-se nas histórias dos seus pacientes para compor com os olhos mais postos para o México do que para o país onde reside. O resultado é uma música rica em ritmo que inspira prontamente a dança e a boa disposição. Faltou-lhe ali um ingrediente para alastrar a festança a todo o recinto, mas o balanço final é muito positivo. O segundo disco que será editado brevemente terá procura por cá.
A fechar esta primeira noite estiveram os italianos Circo Abusivo. Vinham com créditos que apontavam para os melhores momentos dos Gogol Bordello, Eugene Hütz participa no disco “Valtellazija Revolucija”. Liderados pelo carismático acordeonista e vocalista Alex de Simoni, os Circo Abusivo trouxeram a boa disposição para o público que os recebeu de braços abertos. Mistura de estilos, sempre muito ritmo festivo, mas longe de atingirem a loucura punk que caracteriza os Gogol. Muito acordeão, e sopros, com violinos a condizer mantiveram a assistência sempre bem disposta.
Uma noite de estreia que não podia ter sido mais animada. Bom pronúncio para a 11ª edição do FMM.
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