A segunda noite do Alive devolveu os Prodigy à vida activa e revelou uns Hadouken como uma das grandes surpresas do festival.
Boas notícias a fechar a segunda noite do Optimus Alive! 09: os Prodigy estão vivos! Quando a esperança já era escassa (a julgar pelos últimos concertos em Portugal), Keith Flint e, principalmente, Maxim, transformaram o recinto numa pista do tamanho de um campo de futebol em que o volume quase pôs o Cristo Rei a dançar.
Num tempo em que se fala tanto de nu rave, o concerto ds Prodigy foi uma…rave clássica. «Breathe», «Firestarter» ou «Smack My Bitch Up» devolveram o público a um tempo em que os Prodigy eram os reis das pistas. Não sendo um concerto de metal, o ruído foi tanto ou maior que o de bandas como Metallica ou Slipknot na noite anterior.
Foi a «pastilha» perfeita depois do soporífero dos Placebo. O problema pode não estar em Brian Molko, porque a personalidade continua lá, mas sim num som que está demasiado datado. Anos 90, é certo, mas mal medidos e obsoletos. E aquele rabo-de-cavalo já nem no cabeleireiro de Ranholas.
De resto, o palco Optimus trouxe uns Blasted Mechanism regulares, uns Kooks aborrecidos, uns Eagles Death of Metal prejudicados pelo contexto (hora, clima e desinteresse geral) e uns Pontos Negros bastante mais seguros em palco. Na segunda noite do Optimus Alive! 09 terão estado cerca de trinta mil pessoas, número ainda não confirmado.
O palco Super Bock confirma-se como um espaço com vida própria dentro do festival e sempre muito concorrido por um público atento a novos projectos a ponto de aclamarem em delírio bandas que para o comum festivaleiro são desconhecidos. Os Gaslight Anthem convenceram o público que fez questão de estar pelas cinco da tarde para os ver. Mas a grande revelação deste segundo dia foram os Hadouken!, nome retirado certeiramente do universo do jogo Street Fighter, que trouxeram à tenda toda a força de um UK Garage musculado.
Aliás, a noite foi mesmo dos ingleses representados por três bandas com concertos seguidos. Os Hadouken! brilharam entre o concerto mais comedido dos Late of The Pier, e o mais agitado dos Does It Offend You, Yeah? que já contam com uma considerável base de fãs.
Os Ficherspooner repetiram a actuação do Coliseu dos Recreios por alturas do Dance Station, mas hoje não aqueceram um público que pedia mais agitação. Os The Ting Tings fizeram render o seu mediático disco de estreia e mostraram como só dois elementos podem encher um palco.
por Davide Pinheiro e João Gonçalves
in Disco Digital
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