Final da 2ª noite.
Sir Giant é o exemplo perfeito de que um bom Ep pode ser estragado em palco. Desilusão ao vivo.
Marcelo D2 assinou um dos melhores concertos do festival. Embaixador do hip hop brasileiro com toda a mescla de ritmos que só os brasucas sabem explorar na sua música. Era o último concerto da tour deles e arrasaram perante uma imensa plateia rendida.
Los de Abajo na tenda Oxigénio arrancaram o melhor concerto de todos os que vi. Para quem não conhecia foi uma descoberta em cheio, para quem já sabia como eram os mexicanos ao vivo foi pular e dançar até não poder mais! Electrizante.
Madness tocaram o "House of Fun", mas apoiaram-se no seu disco de covers e não convenceram, ainda por cima com uns pregos pelo meio. Boa passagem por "Chase the Devil".
Curiosamente a música de Max Romeo esteve sempre presente, ontem nos samplers dos Prodigy, e no set de Dj's noite fora, hoje nos Madness. "Chase the Devil" é o tema do Sudoeste 2006.
Como Madness não encantava salto para o palco Positive Vibes para ver Jimmy Cliff. Grande desilusão. O senhor da Jamaica, lenda do reggae, traz muita palha para o seu concerto. Muito paleio do mundo melhor, muitos "eeehhh ooohhh", e reggae do bom pouca coisa. Foi pena, depois do cancelamento de Max Romeo, esta desilusão. Salvaram o reggae os bons Dj's que passaram pelo Sudoeste para animar as madrugadas, e encontraram um público identificado com o reggae tradicional, e não apenas com o da "germaica".
Grande concerto da noite, e provavelmente o concerto que vai marcar esta edição 2006 para sempre: Daft Punk. A dupla francesa enfrentou um recinto cheio como nunca se tinha visto. Milhares e milhares de almas possuídas pelas batidas da dança que desde os primeiros minutos do concerto levantaram os braços dançando violentamente contribuindo para uma das mais potentes nuvens de pó sudoesteanas. O impacto visual da actuação dos Daft Punk é hipnótica. Jogos de luzes, e estética visual ao nível dos seus telediscos. A dupla apresenta-se equipada com so seus fatos e capacetes no meio de uma espécie de nave com frente em formato triangular, onde espreitavam de um 2º andar para a multidão. À sua volta jogos de luzes que iam surpreendendo e encanto à medida que as batidas faziam saltar todo o recinto. Com um som fortíssimo, o do baixo parecia que nos ia fazer explodir a qualquer momento, os Daft Punk viajaram pelos seus clássicos e nunca deram descanso à plateia que rejubilou aos primeiros sons de "One More Time". Grande concerto!
Concertos que me passaram ao lado:
Skin, que ao seu estilo gritadeira não dava descanso aos ouvidos mesmo a quem comia uma bifana bem perto da porta de saída do outro lado do recinto.
Buraka Som Sistema, ouvi uma amostra hoje na Antena3 e não fiquei arrependido de não ter trocado os Daft Punk
WhoMadeWho, dos minutos que escutei pareceu-me que estavam a dar bom concerto.
Loto, Pedro Luis e a Parede, Houdini Blues, Rock Group Tiger, Mundo Secreto, e Quaiss Kitir passaram-me ao lado .
No fim da noite os Firestarter Soundsystem voltaram a pôr o reggae em órbitra com grande estilo perante uma multidão incansavel.
(um obrigado ao Gonçalo Castro pelo "empréstimo" das fotos que podem ser vistas em antena3sudoeste)
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