(Foto: Rita Carmo - blitz)
Sala completamente lotada para receber em apoteose os ingleses Keane em fim de digressão, e com disco novo acabado de editar. Tudo como se esperava, noite perfeita para fãs e músicos num concerto muito celebrado tanto na plateia como no palco.
Ia adiantado o concerto quando o vocalista Tom Chaplin introduziu o tema-título do novo disco «Perfect Symmetry» nos fez lembrar o famoso lema da campanha eleitoral do novo presidente americano, que inspirou o título desta crónica, ao contar que era com emoção que ia cantar uma canção baseada na esperança. O público respondeu em histeria colectiva e mostrou como em um mês já assimilou os novos temas que foram visivelmente aprovados.
Foi a quinta vez que os Keane vieram a Portugal, e foi o regresso três anos depois ao Coliseu. Agora com três discos na bagagem o alinhamento do concerto é um autêntico desfilar de êxitos facilmente reconhecidos até para quem não segue com atenção a banda. Canções como «Somewhere Only We Know», «This Is The Last Time», «Bend And Break»,ou «Crystal Ball» levam o coliseu à loucura colectiva. A relação entre banda e fãs é de uma harmonia total que leva Tom Chaplin a agradecer muitas vezes a quente recepção, e o excelente ambiente que tiveram na última noite desta digressão.
Para o público que esgotou a sala a noite foi perfeita, informação útil também para as dezenas de fãs que ficaram à porta sem conseguirem bilhete e que agora andam a ler as diversas reportagens. Para os menos identificados com os Keane dizemos que usam uma fórmula simples, e eficaz. Canções pop de fácil assimilação, e apontadas às playlists das RFM deste mundo, que denunciam tudo o que os elementos da banda consumiram nos anos 80. Ou seja, falamos dos universos mais marcantes dos U2, David Bowie, e até Peter Gabriel, ajudados por uma estética visual reproduzida na gigante tela que fazia de cenário que simulava por vezes os famosos ecrans de tv cheios de riscas às cores dos jogos de spectrum a serem carregados. A seu favor está o facto de a banda dar tudo em palco, da química com os admiradores ser total, e de justificaram toda aquela euforia que os rodeia em palco.
Hoje em dia já não há assim tantas bandas a esgotarem salas com esta pop tão certinha. Os Keane conseguem, e isso já não é pouco. Arrastam um público certinho, muito clean denunciado pelos vendedores à porta do Coliseu que se queixavam no fim de não terem vendido uma única cerveja, e denunciados também pelo espaço do bar quase sempre vazio, coisa estranha no Coliseu. Só que muito deste público clean ainda não está 100% cool porque se esqueceram que não podiam estacionar as suas estimadas viaturas nos passeios da Avenida da Liberdade, e a Polícia Municipal resolveu estragar a noite a muitos fãs que faziam vistosas filas para pagar multas, e desbloquear os seus carros. Nada que um disco dos Keane a seguir não faça esquecer.
Primeira parte de Rita Redshoes com apresentação de 7 temas do seu disco de estreia. Presença confiante, e convincente de uma das revelações do ano da nossa música.
alinhamento keane
The Lovers Are Losing
Better Than This
Everybody's Changing
Nothing In My Way
Again And Again
You Don't See Me
This Is The Last Time
Spiralling
Bend And Break
Try Again
A Bad Dream
We Might As Well Be Strangers
You Haven't Told Me Anything
Bad Dream
Perfect Symmetry
Somewhere Only We Know
Crystal Ball
encore
Is It Any Wonder
Bedshaped
The Lovers Are Losing
Better Than This
Everybody's Changing
Nothing In My Way
Again And Again
You Don't See Me
This Is The Last Time
Spiralling
Bend And Break
Try Again
A Bad Dream
We Might As Well Be Strangers
You Haven't Told Me Anything
Bad Dream
Perfect Symmetry
Somewhere Only We Know
Crystal Ball
encore
Is It Any Wonder
Bedshaped
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