17 junho 2009

Évora: Kepa Junkera, Sara Tavares e Rabih Abou Khalil & Ricardo Ribeiro são cabeças-de-cartaz do Tocar de Ouvido

O músico basco Kepa Junkera, a portuguesa Sara Tavares e Rabih Abou Khalil & Ricardo Ribeiro são os principais destaques do Tocar de Ouvido - Festival Internacional de Música de Évora, que começa quinta-feira na cidade alentejana.

Inserido nas festas populares de Évora, o festival, que decorre até sábado, é organizado pela Associação PédeXumbo, em parceria com a Associação Gaita-de-Foles e a d'Orfeu Associação Cultura, contando o apoio da Câmara de Évora.

Em declarações à Lusa, o coordenador do festival, Miguel Gomes da Costa, explicou que a iniciativa pretende "transmitir conhecimento e práticas musicais relacionadas com instrumentos de música tradicional de uma geração para outra". "É um festival que não é bem um festival. A essência do Tocar de Ouvido é o encontro de tocadores", disse o responsável, considerando que se trata de uma iniciativa diferente dos festivais de Verão. "O público não só pode assistir aos concertos como também tem a oportunidade de conhecer os músicos e aprender com eles", explicou.

De acordo com Miguel Gomes da Costa, o Tocar de Ouvido permite que "tocadores mais velhos, que conhecem bem os instrumentos, se encontrem com uma geração mais nova, que se dedica a recuperar esse património".

O conceito do evento é "aprender em clima de festa", afirmou o coordenador do festival, referindo-se à oferta lúdica e pedagógica do evento.

O Tocar de Ouvido, que se realiza desde 2002, regressa este ano "de cara lavada", juntando as habituais oficinas de música aos concertos na Arena d'Évora. No primeiro dia, quinta-feira, o palco será partilhado entre os Dazkarieh e Sara Tavares.

Na sexta-feira é a vez dos brasileiros A Barca, que actuam pela primeira vez em Portugal, seguindo-se a música do libanês Rabih Abou-khalil, à qual se junta a voz do português Ricardo Ribeiro.

O Tocar de Ouvido termina sábado com as actuações do músico basco Kepa Junkera e do grupo feminino galego Leilía.

Além dos concertos, o festival oferece ao público oficinas, colóquios, exposições e documentários.