Foram dias de nervosismo e ansiedade. Há coisas que nunca mudam, e o facto de nos estarmos a preparar para estrear um programa, ainda por cima em directo, na rádio deve ser sensações mais fascinantes. Isto para quem gosta da rádio não formatada, daquela rádio que nos faz companhia, que nos faz pensar, que nos mostra novas músicas, que nos faz recordar sons perdidos, e que também transmite canções que não gostamos. Uma rádio com gente dentro, é isso que a Química pretende pôr no ar. É um privilégio para mim fazer parte da família Química que está a trabalhar para construir uma modesta estação que albergue todos os que estão orfãos de rádios humanas, e não aguentam mais as playlist formatadas, e a pensar no gosto do senso comum revelado por inquériros "infalíveis".
Isto para dizer que foi para o ar a primeira emissão do projecto da minha autoria, e do Vítor Junqueira, há algumas horas atrás. O Triângulo Escaleno fechou o primeiro fim de semana de vida da Química FM, e foram duas horas que me souberam pela vida. Todo o stress até 1 minuto antes de ir para o ar, transforma-se num imenso prazer em forma de comunicação, e divulgação. Apresentar as nossas músicas escolhidas criteriosamente nos últimos dias, dar as opiniões que acho que devo dar, sem pressões, e a adrelina de sebaer que o estou ali a fazer naquele momento é o que o ouvinte vai avaliar sem mais filtros.
Uma noite de estreia para mais tarde recordar, e o arranque de um projecto que me dará muito gozo semanalmente.
Vida longa ao Triângulo Escaleno.
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