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05 setembro 2006
Pearl Jam@Pavilhão Atlântico
Há um episódio do Seinfeld em que Jerry passa o tempo a explicar a sua teoria das compensações. Por alguma coisa que alguém perde, ele ganha algo inesperadamente, se alguém está em baixo, um amigo está com a moral em cima, e aí por diante...
Lembrei-me disto ontem a meio do concerto dos Pearl Jam. Isto porque, pela terceira vez, estava a gostar muito de os ver ao vivo, isto porque estava num Pavilhão Atlântico cheio e entusiasmado.
Onde é que entra a lei de Seinfeld? É simples, há um ponto em comum entre uma perda e um ganho.
Foi no Pavilhão Atlântico que ficou imortalizada a imagem de Andre Agassi na sua passagem por Portugal em Lisboa. O tenista americano acabou de se retirar do circuito, na véspera vi-o a despedir-se emocionado do seu público no US Open. Um dia depois no mesmo Atlântico os Pearl Jam mostram que vivem, cantam a plenos pulmões "I'm Still Alive", e pelo coro gigantesco, está tudo em harmonia. Perdemos o grande campeão Agassi, mas ainda contamos com uns dos grandes embaixadores do rock da geração 90.
Os Pearl Jam aliam as suas canções, realmente boas e pouco datadas, a uma presença forte de Eddie Vedder em palco. Há um respeito enorme pelos fãs, há o cuidado de estudar o alinhamento para cada público, ontem Eddie anunciou que ia tocar 3 temas seguidos que nunca tinha tocado cá. E tocou. Além disso, o vocalista tentou sempre falar em português, trazia cábulas que lhe permitiram dialogar em longas frases.
A entrega da banda é incrível, e a devoção de mais de 16 mil fãs é perfeitamente justificada.
Eddie continua a lembrar-se das primeiras passagens por Cascais e Lisboa, e mantém a química com o público português intacta.
O alinhamento da primeira noite em Lisboa: