O novo álbum de Carlos do Carmo, «À noite», um trabalho em que o fadista junta «às melodias de sempre (...)palavras e ideias de hoje», será apresentado dia 7 de Novembro no Museu do Fado, em Lisboa.
«À noite» é uma opção pelo figurino tradicional, sendo todas as músicas escolhidas «fados clássicos» com assinaturas de «grandes mestres»: Armandinho, Alfredo Marceneiro e Joaquim Campos.
Para este álbum, Carlos do Carmo «desafiou» poetas contemporâneos a escreverem propositadamente para melodias como «Fado Cravo», «Mayer», «Vitória», «Laranjeira», «Puxavante», «Bailado», «Marcha do Marceneiro», «Castanheira» ou «Ciganita».
Os poetas escolhidos foram Maria do Rosário Pedreira, José Manuel Mendes, Nuno Júdice, Fernando Pinto do Amaral, Luís Tinoco e Júlio Pomar.
«Às melodias de sempre juntam-se palavras e ideias de hoje», disse à Lusa o fadista.
Além da temática do amor e desamor, surge também Lisboa e até um fado de sátira social assinado por Pomar.
Comum a todos os poemas é a palavra «noite», daí o titulo do álbum, que estará disponível dia 15 através do jornal Público e da revista Visão.
Acompanham o fadista José Manuel Neto, na guitarra portuguesa, Carlos Manuel Proença na viola e Marino de Freitas na viola-baixo.
Dia 07, no Museu, «a apresentação será um convívio informal, para conversarmos, e estarmos uns com os outros», assinalou Carlos do Carmo.
Quanto ao título do álbum, «À noite», o fadista observou ser «uma coerência» consigo mesmo, pois faz da noite a sua vida desde os 21 anos, quando o seu pai morreu.
Carlos do Carmo é filho da fadista Lucília do Carmo, que, juntamente com o seu marido, Alfredo, geria o restaurante típico «O Faia», no Bairro Alto.
Carlos do Carmo tomou o lugar do pai após a morte deste e foi ali que se estreou.
O álbum, no qual Carlos do Carmo se estreia como produtor de um trabalho próprio, foi gravado nos estúdios Pé de Vento e será editado pela Universal Music.
Diário Digital
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