08 junho 2006

Super Rock, 1ª Noite - II Acto: O Regresso dos CULT!

Surpresa das grandes: Os Cult estão vivos e recomendam-se!!
Que grande concerto arrancaram os Cult ao fim da tarde de 7 Junho acompanhando o pôr do sol ao lado do Tejo. Sem que ninguém esperasse, os ingleses entraram em palco e logo Ian Astbury mostrou a forma espectacular em que se encontra a sua voz, muito bem acompanhado pelo guitarrista Billy Duffy. Em poucos minutos viajámos 15 anos atrás e recuperámos do cantinho da memória as excelentes canções que os Cult souberam fazer em fins dos anos 80 e início dos 90's.
É caso para dizer que deram o melhor concerto de todo o Festival, e dúvido que hoje à noite alguém os supere.
Os ingleses Cult fizeram questão de nos lembrar como funcionam bem umas guitarradas bem construídas, acompanhadas por um bom baterista e com a peculiar voz, e o carisma único de Ian Astbury no comando das operações.
Assim de repente estavamos todos a abanar a cabeça e a cantar a uma só voz temas como Fire Woman, Lil'Devil, Revolution, Sweet Soul Sister, ou Rain.
Já nem me lembrava das excelentes canções que a banda tem em discos como "Sonic Temple" ou o mítico "Ceremony"!

Como os rapazes souberam sair de cena de mansinho a meio dos anos 90, e as suas músicas não são repetidas até à exaustão nas rádios de hits recentes dos últimos 20 anos, ouvir as canções dos Cult a meio do cartaz de hoje do Festival foi uma experiência gratificante. Valeu a ida ao Parque Tejo. Ian Astbury está em excelente forma, muito bem disposto, super empolgado com o Mundial, fartou de cantar: "ole ole ole figooo figooo", desejou-nos uma boa caminhada no campeonato do mundo, um resto de um bom festival, dedicou um tema a uma fã que fazia anos, e cantou como só ele sabe o She Sells Sanctuary a fechar!
Fabuloso! Fiquei com vontade de ir passar os discos dos Cult todos para o Ipod.


Os Editors abriram o dia com pouca gente pela frente, mas cumpriram o seu papel muito bem, mostrando como a sua pop tem encantado os britanicos.

Os belgas dEUS, que se sentem em casa tantas são as vezes que passam por cá, aproveitaram o facto do alinhamento ser curto e atacaram pela parte menos soft do seu reportório. Concerto bem conseguido.

Já os Keane levam o prémio Trio Seca da Noite. Não há pachorra para aquela pop tão certinha, tão previsível, e tão chatinha. Encataram os fãs, e fizeram com que os outros sentissem ainda mais vontade de voltar a ouvir... The Cult.

A fechar a grande atracção da noite, os Franz Ferdinand. Já é a 3ª vez que os vejo e acho que já entraram na fase certinha. Sem a excitação que se lhes via nas faces aquando da apresentação no Sudoeste, nem sem a surpresa de ouvirmos os novos temas como aconteceu em Algés, conferimos que os Franz Ferdinand continuam bem e recomendam-se, tocam os êxitos que são quase todas as faixas dos seus dois discos, contiuam simpáticos , e ainda ofereceram um tema novo, como que a criar uma tradição; cada vez que tocam cá, mostram tema novo. Tema que é dentro da sua forma beatleniana uma continuação do que se vai conhecendo deles.
Fecharam com estilo esta primeira noite da segunda volta do Super Rock

No palco dos portugueses, uma só frase:
Legendary Tigerman é o maior!

Última breve nota para a afluência de público; muito abaixo do que se tinha visto no I Acto. Fraca assistência esta noite.