E perguntei-me o concerto quase todo: estes é que são os gajos da anarquia, do punk?! É estranho ver os Pistols em palco com muitos quilos a mais e com ar de pais de família. E se dúvidas houvessem quanto à atitude o mito cai quando 3 fãs conseguem , e bem, enganar a segurança e invadir o palco. Pensei: é agora!
Puro engano. Johnny Rotten não achou piada e veio dar um belo raspanete. "Não façam isto! Este é o meu espaço, esse aí é o vosso. Não façam isto que ainda se magoam."
E a seguir tocam "God Save The Queen". Não fez sentido!
Acho que há bandas que fazem muito bem em continuar a tocar ao vivo. É o ambiente deles, estou a pensar nos Rolling Stones, num Rod Stwert, nuns The Who, só para mencionar alguns nomes vistos recentemente por cá.
Mas esta noite ver os Sex Pistols trouxe algum embaraço à plateia. A eles não porque assumiram que queriam ganhar dinheiro com o seu passado. É legitimo, claro, e até há momentos em que esboçamos um sorriso ao ver a cara de mau de Rotten, e o ar alucinado com que diz piadas.
Foi uma noite para o curriculum, já vi os Sex Pistols. Pronto.
Mas que chegou a ser embaraçoso, lá isso chegou.
Boas surpresas foram os dois concertos anteriores.
Muito bons os Bellrays com o seu blues rock musculado, guiados pela voz soul da poderosa Lisa Kekaula. Com uma qualidade de som no recinto acima da média, os californianos convenceram Coura.
Também os suecos Mando Diao saem do Minho com nota muito positiva. Grande química com o anfiteatro natural de Paredes de Coura que os recebem de braços abertos. Bom rock e a melhor camisola de alças vistas em palcos dos últimos tempos com a imagem dos Beatles.
Hoje continua a festa em Coura.
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