Fui na sexta ao fim da tarde e lá encontrei os amigos do costume nestas andanças. Por um lado é engraçado ir assistindo ao crescimento do interesse e da afluência de público de ano para ano, por outro chega a ser desesperante perceber quando uma pequena cidade da Costa Alentejana não tem capacidade de resposta para tamanha invasão.
Se na sexta à noite tudo correu bem, a mesa do jantar já estava composto à nossa espera, a fila de entrada do Castelo até andava bem, já nas primeiras horas da tarde de sábado o caos apoderou-se de todos aqueles que queriam levantar dinheiro, ou fazer chamdas. Ficar sem nenhum multibanco funcional num raio de alguns km's, e estar sem cobertura de rede em qualquer uma das operadoras de telemovel é impensável nos dias de hoje.
Mas tudo se resolveu nas calmas, uma descida à esplanada da praia, umas cervejas, uns banhos para alguns, e umas horinhas de sol depois já tudo voltava à normalidade. Telemóvel e multibanco em cima.
Está-se muito bem em Sines nestes dias. O convite irrecusável de umas horas na praia, uma volta pelas tendas montadas ao longo da avenida a venderem calçado, roupa e acessórios, umas compras na barraca de venda de cd's ao lado do Castelo, uma salada de ovas, umas imperiais, enfim boa vida.
No entanto outro sinal claro da falta de resposta dos locais à grande enchente é sentido à hora de jantar. Restaurantes cheios, serviços lentos, e nós com muito azar fomos parar a um onde ao fim de uma hora nem talheres tinhamos na mesa. Pagámos o vinho, a refeição de um amigo que garantiu ser fraquita, e a sopa de outro que desesperava de fome. Tudo corrido a sandes perto do castelo, questão resolvida, e início de uma noite memorável que começou ao som das Vartinna e acabou já hoje de manhã com uma enorme festança no palco da praia com o Bailarico Sofisticado a comandar as operações.
Comentários aos vários concertos ficam para depois.
Viva Sines.