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31 julho 2007
Festival de Sines, sábado dia 28 - O Bailarico Sofisticado e os Gogol Bordello
Se na sexta já se sentia a temperatura a aumentar proporcionalmente à afluência de público o que dizer daquilo que se viu no sábado em Sines? Durante a tarde na praia Vasco da Gama já dava para perceber que os visitantes eram em grande número, mas quando chegou a noite a moldura humana no Castelo era arrepiante!
A organização falava em recorde de assistência da história do evento, e o caso não era para menos. Mais de 6 mil pessoas despediram-se dos concertos no Castelo ao som de Erika Stucky, K`naan e Gogol Bordello. Um número semelhante de resistentes passaram toda a noite na Avenida da Praia a dançar ao som do DJ set do Bailarico Sofisticado até às 8 da manhã.
Não só o recinto do Castelo estava completamente cheio, como as imediações apresentavam semelhante imagem com centenas de pessoas a seguir os concertos nas enormes telas que a organização disponibiliza para quem não chega a entrar.
Contagiada com o excelente que se vivia na última noite do FMM Sines Erika Stucky aproveitou para arrancar um dos concertos mais originais, e interessantes da semana. A senhora Erika é uma figura singela, nasceu em São Francisco nos E.U.A mas vive no país dos seus pais, Suíça.Tão grandes diferenças culturais explicam os devaneios com que interpreta, por exemplo, «These Boots Were Made For Walking». Com diálogos inspirados com o povo pelo meio de propostas musicas que tanto nos levavam às paisagens dos Alpes, como ao deserto com gritos de cowboys. O termo de comparação mais usado entre os assistentes era Laurie Anderson, e não vamos ser nós a desmentir.
Com uma abertura de noite tão interessante o homem da Somália tinha caminho aberto para impor o seu afro hip hop misturado com qualquer coisa próxima do reggae. K`naan não é propriamente um desconhecido de quem segue com interesse as musicalidades que o FMM aborda. Talvez por isso tenha entrado demasiado confiante e não tenha conseguido logo a empatia com o público que veio a conseguir mais tarde com um pouco mais de alma. E ainda foi a tempo de ver os sineenses de mão no ar a gesticular ao melhor estilo de 50 Cent. Acbou a sua actuação em grande estilo e assinou passagem positiva pelo Alentejo.
Para fechar o FMM Sines deste ano na sala principal do evento, o Castelo, chegaram os Gogol Bordello. Foi aí que o espaço terá registado a maior enchente de sempre, e as muitas t-shirts com referências ao punk envergadas entre a assistência prometia agitação. Já se sabia dos discos que os punks ciganos tinham grande pedalada em disco, o que não se sabia é que no palco o bando se transforma numa circo de punk/rock/pop vulcânico incendiando a plateia de uma ponta a outra, dentro e fora das muralhas! Com um ritmo alucinante, e uma energia de cortar o fôlego ao mais activo, os Gogol Bordello partem de uma proposta musical extremamente simples, e directa, para uma demonstração de como contagiar o ouvido e corpo horas seguidas sem querer parar. O líder ucraniano (há elementos de várias nacionalidades) Eugene Hütz entra em palco possuído por uma vontade maior de partir a loiça toda. Pula, grita, olha nos olhos do público, e jornalistas presentes no fosso em frente em palco, salta do palco para a primeira fila da plateia para cantar com os seus fãs e assina um concerto tão vibrante que o último fôlego é um encore com uma versão de um tema de Manu Chao, o que faz todo o sentido! Um concerto para a história do Festival, com a particularidade do aguardado fogo de artifício ter escoado da maneira mais feliz e natural que de há memória em Sines.
Os Gogol Bordello deixavam de rastos os festivaleiros mas não por muito tempo. Rapidamente a mole desceu até à Avenida da Praia e ocupou uns bons quilómetros entre o palco e as última tendas de comércio. Señor Coconut and His Orchestra feat. Argenis Brito deram música ao povo mas não convenceram porque o mote dado pelos Gogol tinha deixado o espírito a pedir mais acção, e menos instrumentalização. Mesmo assim lá pelas 3 e meia da matina mais de 5 mil pessoas dançava ao som de «Smoke on the Water» com que a rapaziada de Señor Coconut, impecavelmente vestida de fato e gravata, se despediu.
Pouco passava das 4 da madrugada quando os 3 DJ`s que formam o Bailarico Sofisticado deram início às hostilidades. A Avenida continuava cheia de gente, e quem chegou a pensar desistir e sair terá desistido logo aos primeiros sons das escolhas de discos do Bailarico. Começaram no alto da noite, com uma luminosidade luar fantástica, a dar som para dançar e foram sempre agitando as massas com propostas musicas bem escolhidas. Destaque para os momentos em que se ouviu, dançou e cantou em uníssono canções de António Variações, ou mesmo das Doce. Entre passagens por sons de África, ska, ou simplesmente rock, o Bailarico Sofisticado não só fez dançar os milhares de resistentes como agradou a todos os que andavam pelo backstage, vendo-se até um dos elementos da banda de Coconut a entrar em palco de cerveja nã mão para dançar. Já ia alto o sol quando se ouviu o hipnotizante, e irresistível, «Born Slippy» dos Underworld que ainda há poucas semanas estiveram por cá. Nessa altura vimos gente a tomar banho no mar!
Foi um fim de Festival apoteótico com o Bailarico Sofisticado a por um ponto final do FMM Sines. Até para o ano!
A organização falava em recorde de assistência da história do evento, e o caso não era para menos. Mais de 6 mil pessoas despediram-se dos concertos no Castelo ao som de Erika Stucky, K`naan e Gogol Bordello. Um número semelhante de resistentes passaram toda a noite na Avenida da Praia a dançar ao som do DJ set do Bailarico Sofisticado até às 8 da manhã.
Não só o recinto do Castelo estava completamente cheio, como as imediações apresentavam semelhante imagem com centenas de pessoas a seguir os concertos nas enormes telas que a organização disponibiliza para quem não chega a entrar.
Contagiada com o excelente que se vivia na última noite do FMM Sines Erika Stucky aproveitou para arrancar um dos concertos mais originais, e interessantes da semana. A senhora Erika é uma figura singela, nasceu em São Francisco nos E.U.A mas vive no país dos seus pais, Suíça.Tão grandes diferenças culturais explicam os devaneios com que interpreta, por exemplo, «These Boots Were Made For Walking». Com diálogos inspirados com o povo pelo meio de propostas musicas que tanto nos levavam às paisagens dos Alpes, como ao deserto com gritos de cowboys. O termo de comparação mais usado entre os assistentes era Laurie Anderson, e não vamos ser nós a desmentir.
Com uma abertura de noite tão interessante o homem da Somália tinha caminho aberto para impor o seu afro hip hop misturado com qualquer coisa próxima do reggae. K`naan não é propriamente um desconhecido de quem segue com interesse as musicalidades que o FMM aborda. Talvez por isso tenha entrado demasiado confiante e não tenha conseguido logo a empatia com o público que veio a conseguir mais tarde com um pouco mais de alma. E ainda foi a tempo de ver os sineenses de mão no ar a gesticular ao melhor estilo de 50 Cent. Acbou a sua actuação em grande estilo e assinou passagem positiva pelo Alentejo.
Para fechar o FMM Sines deste ano na sala principal do evento, o Castelo, chegaram os Gogol Bordello. Foi aí que o espaço terá registado a maior enchente de sempre, e as muitas t-shirts com referências ao punk envergadas entre a assistência prometia agitação. Já se sabia dos discos que os punks ciganos tinham grande pedalada em disco, o que não se sabia é que no palco o bando se transforma numa circo de punk/rock/pop vulcânico incendiando a plateia de uma ponta a outra, dentro e fora das muralhas! Com um ritmo alucinante, e uma energia de cortar o fôlego ao mais activo, os Gogol Bordello partem de uma proposta musical extremamente simples, e directa, para uma demonstração de como contagiar o ouvido e corpo horas seguidas sem querer parar. O líder ucraniano (há elementos de várias nacionalidades) Eugene Hütz entra em palco possuído por uma vontade maior de partir a loiça toda. Pula, grita, olha nos olhos do público, e jornalistas presentes no fosso em frente em palco, salta do palco para a primeira fila da plateia para cantar com os seus fãs e assina um concerto tão vibrante que o último fôlego é um encore com uma versão de um tema de Manu Chao, o que faz todo o sentido! Um concerto para a história do Festival, com a particularidade do aguardado fogo de artifício ter escoado da maneira mais feliz e natural que de há memória em Sines.
Os Gogol Bordello deixavam de rastos os festivaleiros mas não por muito tempo. Rapidamente a mole desceu até à Avenida da Praia e ocupou uns bons quilómetros entre o palco e as última tendas de comércio. Señor Coconut and His Orchestra feat. Argenis Brito deram música ao povo mas não convenceram porque o mote dado pelos Gogol tinha deixado o espírito a pedir mais acção, e menos instrumentalização. Mesmo assim lá pelas 3 e meia da matina mais de 5 mil pessoas dançava ao som de «Smoke on the Water» com que a rapaziada de Señor Coconut, impecavelmente vestida de fato e gravata, se despediu.
Pouco passava das 4 da madrugada quando os 3 DJ`s que formam o Bailarico Sofisticado deram início às hostilidades. A Avenida continuava cheia de gente, e quem chegou a pensar desistir e sair terá desistido logo aos primeiros sons das escolhas de discos do Bailarico. Começaram no alto da noite, com uma luminosidade luar fantástica, a dar som para dançar e foram sempre agitando as massas com propostas musicas bem escolhidas. Destaque para os momentos em que se ouviu, dançou e cantou em uníssono canções de António Variações, ou mesmo das Doce. Entre passagens por sons de África, ska, ou simplesmente rock, o Bailarico Sofisticado não só fez dançar os milhares de resistentes como agradou a todos os que andavam pelo backstage, vendo-se até um dos elementos da banda de Coconut a entrar em palco de cerveja nã mão para dançar. Já ia alto o sol quando se ouviu o hipnotizante, e irresistível, «Born Slippy» dos Underworld que ainda há poucas semanas estiveram por cá. Nessa altura vimos gente a tomar banho no mar!
Foi um fim de Festival apoteótico com o Bailarico Sofisticado a por um ponto final do FMM Sines. Até para o ano!
30 julho 2007
Festival de Sines, sexta 27: A Agitação Veio da Argélia
Sexta feira, dia 27, regresso a Sines para acompanhar a recta final do Festival que já estava bem instalado no centro fazendo do eixo Castelo-Praia Vasco da Gama um corredor giratório onde milhares de entusiastas circulavam do fim da tarde até ao sol nascer. As cordas do Quinteto de Hamilton de Holanda, os sopros do World Saxophone Quartet, e a festa de Rachid Taha animaram o Castelo.
Ainda com os ecos dos festivaleiros residentes durante todo o evento a garantirem que as passagens de Carlos Bica & Trio Azul com DJ Ill Vibe, e Harry Manx, tinham que figurar no topo dos melhores concertos, registámos já uma grande afluência junto ao Castelo à hora de jantar. Casa cheia para receber os brasileiros do Quinteto de Hamilton de Holanda. Interessante demonstração do que é um bandolinista virtuoso, Hamilton domina completamente o instrumento e depois contextualiza o seu som com as demais cordas, harmonica e bateria da banda que o acompanha. Interessante, mas pouco entusiasmante mesmo que ainda tenha arranhado ao de leve um fado para alegria do povo. Saiu feliz, e foi um bom começo de noite.
Seguiu-se o World Saxophone Quartet que prometiam muita critica política, ao poder dos Estados Unidos da America, mas acabaram por se expressar apenas através dos seus saxofones. David Murray a abrir caminho para exercícios jazz, e os companheiros a seguirem-lhe o rasto num caos ordenado. Quando se desviaram por caminhos mais funk o público correspondeu e houve sintonia. Mas não chegou para agitar o Castelo.
A hora da grande agitação estava guardada para o fim. A coisa prometia tendo em conta que o argelino Rachid Taha tem fama de pôr a malta a dançar, e a sua boa disposição no backstage era um bom sinal.
Foi ao som do que se pode chamar de Rai Chunga que Taha conquistou a plateia ávida de emoções fortes para dar o corpo à dança.
Rachid é uma figura engraçada e tem o carisma do rock n`roll, percebeu o que a malta queria e foi sempre a puxar por Sines enquanto pedia champanhe. Música alterada da Argélia para se dançar até depois das duas da matina com o natural apogeu na versão dos Clash, «Rock the Casbah».
Estava feita a festa no Castelo, a urbe animada desceu à praia para ficar madrugada dentro com a mescla proposta pela La Etruria Criminale Banda que cruzou de tudo um pouco partindo da música tradicional italiana. A Avenida da praia equipada com muitas tascas de comida e bebida, e barracas de venda de discos até artesanato, foi ocupada até de manhã em grande animação. Já nascia o sol, chegava o último dia do FMM Sines.
Ainda com os ecos dos festivaleiros residentes durante todo o evento a garantirem que as passagens de Carlos Bica & Trio Azul com DJ Ill Vibe, e Harry Manx, tinham que figurar no topo dos melhores concertos, registámos já uma grande afluência junto ao Castelo à hora de jantar. Casa cheia para receber os brasileiros do Quinteto de Hamilton de Holanda. Interessante demonstração do que é um bandolinista virtuoso, Hamilton domina completamente o instrumento e depois contextualiza o seu som com as demais cordas, harmonica e bateria da banda que o acompanha. Interessante, mas pouco entusiasmante mesmo que ainda tenha arranhado ao de leve um fado para alegria do povo. Saiu feliz, e foi um bom começo de noite.
Seguiu-se o World Saxophone Quartet que prometiam muita critica política, ao poder dos Estados Unidos da America, mas acabaram por se expressar apenas através dos seus saxofones. David Murray a abrir caminho para exercícios jazz, e os companheiros a seguirem-lhe o rasto num caos ordenado. Quando se desviaram por caminhos mais funk o público correspondeu e houve sintonia. Mas não chegou para agitar o Castelo.
A hora da grande agitação estava guardada para o fim. A coisa prometia tendo em conta que o argelino Rachid Taha tem fama de pôr a malta a dançar, e a sua boa disposição no backstage era um bom sinal.
Foi ao som do que se pode chamar de Rai Chunga que Taha conquistou a plateia ávida de emoções fortes para dar o corpo à dança.
Rachid é uma figura engraçada e tem o carisma do rock n`roll, percebeu o que a malta queria e foi sempre a puxar por Sines enquanto pedia champanhe. Música alterada da Argélia para se dançar até depois das duas da matina com o natural apogeu na versão dos Clash, «Rock the Casbah».
Estava feita a festa no Castelo, a urbe animada desceu à praia para ficar madrugada dentro com a mescla proposta pela La Etruria Criminale Banda que cruzou de tudo um pouco partindo da música tradicional italiana. A Avenida da praia equipada com muitas tascas de comida e bebida, e barracas de venda de discos até artesanato, foi ocupada até de manhã em grande animação. Já nascia o sol, chegava o último dia do FMM Sines.
29 julho 2007
Adeus Sines!
Terminou hoje pelas 8 da manhã mais uma edição do Festival de Sines, e já sentem saudades!
Uma noite grandiosa no Castelo, a que se seguiu uma madrugada a dançar até o sol já ir bem alto sob a praia Vasco da Gama.
Brevemente ficarão aqui as impressões das duas últimas noites do FMM Sines 2007.
Para já fiquem com um vídeo do último concerto do palco da praia antes do apoteótico DJ set do Bailarico Sofisticado:
Señor Coconut and His Orchestra feat. Argenis Brito - Smoke on Water
Uma noite grandiosa no Castelo, a que se seguiu uma madrugada a dançar até o sol já ir bem alto sob a praia Vasco da Gama.
Brevemente ficarão aqui as impressões das duas últimas noites do FMM Sines 2007.
Para já fiquem com um vídeo do último concerto do palco da praia antes do apoteótico DJ set do Bailarico Sofisticado:
Señor Coconut and His Orchestra feat. Argenis Brito - Smoke on Water
28 julho 2007
A última Noite de Sines
O último dia de música tem a Bretanha como ponto de partida. Liderada por Erik Marchand, a orquestra Norkst parte em busca da recuperação da riqueza modal da música bretã, reencontrando parentescos com o Oriente e os Balcãs. Na Av. Praia, às 19h30.
Às 21h30, já no Castelo, uma cantora desconcertante, Erika Stucky. Tradição suíça, rock, pop alternativa e jazz vanguardista desaguam num imaginário muito pessoal. Acompanha-a para a estreia em Portugal o grupo Roots of Communication.
Eleito pela BBC Radio 3 revelação das músicas do mundo de 2006, o rapper somali K’naan volta a Sines para a entrada decisiva do género no coração histórico do festival, o Castelo. “Hip hop” com sabor acústico e africano, num concerto fundamental, a ouvir, às 23h00.
Também premiado pela BBC, neste caso como melhor grupo das Américas, os Gogol Bordello apresentam-se para um espectáculo efervescente. Entre os Estados Unidos e a Ucrânia, o festival encerra no Castelo, às 00h30, com punk cigano e fogo-de-artifício. Mais uma estreia absoluta no nosso país.
Para gastar as últimas energias, às 02h30, uma descida à praia, para ouvir e dançar com um dos grupos mais originais do momento. Partindo de referências da pop alemã e japonesa, Señor Coconut and His Orchestra feat. Argenis Brito constrói com arranjos latinos um espectáculo contagiante.
in fmm.com
Às 21h30, já no Castelo, uma cantora desconcertante, Erika Stucky. Tradição suíça, rock, pop alternativa e jazz vanguardista desaguam num imaginário muito pessoal. Acompanha-a para a estreia em Portugal o grupo Roots of Communication.
Eleito pela BBC Radio 3 revelação das músicas do mundo de 2006, o rapper somali K’naan volta a Sines para a entrada decisiva do género no coração histórico do festival, o Castelo. “Hip hop” com sabor acústico e africano, num concerto fundamental, a ouvir, às 23h00.
Também premiado pela BBC, neste caso como melhor grupo das Américas, os Gogol Bordello apresentam-se para um espectáculo efervescente. Entre os Estados Unidos e a Ucrânia, o festival encerra no Castelo, às 00h30, com punk cigano e fogo-de-artifício. Mais uma estreia absoluta no nosso país.
Para gastar as últimas energias, às 02h30, uma descida à praia, para ouvir e dançar com um dos grupos mais originais do momento. Partindo de referências da pop alemã e japonesa, Señor Coconut and His Orchestra feat. Argenis Brito constrói com arranjos latinos um espectáculo contagiante.
in fmm.com
27 julho 2007
O Dia do Regresso a Sines!!
É hoje, é hoje!!! A poucas horas do regresso a Sines, após uma interminável semana de trabalho, já a cabeça só pensa na música que se vai ouvir logo ainda no palco da praia de Sines, e depois no Castelo. Aqui fica o programa das festas para logo:
A Oceania estreia-se no festival. O pianista neo-zelandês Aron Ottignon está em Sines com o grupo Aronas para um concerto de jazz com um caldeirão de influências, entre elas os ritmos das ilhas da Polinésia. A ouvir na praia, às 19h30.
No Castelo, há Brasil, Estados Unidos e Argélia.
Com pouco mais de 30 anos, Hamilton de Holanda foi considerado pelo mestre Hermeto Pascoal “o maior bandolinista do mundo”. Animal de palco, toca de forma vertiginosa um repertório de música popular, erudita e jazz. Às 21h30, com o seu quinteto.
Às 23h00, o mais famoso quarteto de saxofones do mundo, o World Saxophone Quartet, regressa a Sines com “Political Blues”, jazz condimentado de blues e muito funk, com letras que criticam o clima político dos Estados Unidos contemporâneos.
Às 00h30, Rachid Taha. Porta-voz de uma geração de músicos árabes a viver na Europa, este cantor argelino cruza ritmos do Norte de África, música de dança e atitude punk para criticar as hipocrisias dos dois lados do Mediterrâneo.
Na praia, a partir das 2h30, uma “big band” empenhada em encontrar novos caminhos para a música tradicional italiana. La Etruria Criminale Banda une, sem chocar, estilos tão diferentes quanto a tarantela, música de circo, tango, ska e swing.
Prometo fotos, vídeos, e resumos desta recta final do Festival de Sines.
A Oceania estreia-se no festival. O pianista neo-zelandês Aron Ottignon está em Sines com o grupo Aronas para um concerto de jazz com um caldeirão de influências, entre elas os ritmos das ilhas da Polinésia. A ouvir na praia, às 19h30.
No Castelo, há Brasil, Estados Unidos e Argélia.
Com pouco mais de 30 anos, Hamilton de Holanda foi considerado pelo mestre Hermeto Pascoal “o maior bandolinista do mundo”. Animal de palco, toca de forma vertiginosa um repertório de música popular, erudita e jazz. Às 21h30, com o seu quinteto.
Às 23h00, o mais famoso quarteto de saxofones do mundo, o World Saxophone Quartet, regressa a Sines com “Political Blues”, jazz condimentado de blues e muito funk, com letras que criticam o clima político dos Estados Unidos contemporâneos.
Às 00h30, Rachid Taha. Porta-voz de uma geração de músicos árabes a viver na Europa, este cantor argelino cruza ritmos do Norte de África, música de dança e atitude punk para criticar as hipocrisias dos dois lados do Mediterrâneo.
Na praia, a partir das 2h30, uma “big band” empenhada em encontrar novos caminhos para a música tradicional italiana. La Etruria Criminale Banda une, sem chocar, estilos tão diferentes quanto a tarantela, música de circo, tango, ska e swing.
Prometo fotos, vídeos, e resumos desta recta final do Festival de Sines.
26 julho 2007
Festival de Sines Hoje à Noite no Castelo
Amanhã já estou de volta a Sines para as duas últimas noites. Entretanto para os que tiveram a sorte de ter férias nesta semana hoje à noite estão a ver o seguinte programa:
CARLOS BICA & TRIO AZUL com DJ ILL VIBE
Portugal /EUA / Alemanha
Entre a Alemanha, Portugal e o mundo, o contrabaixista Carlos Bica tem vindo a afirmar-se como um dos melhores músicos de jazz da Europa. Acompanhado dos americanos Frank Möbius (guitarra) e Jim Black (bateria e percussões) e do DJ alemão Ill Vibe apresenta-se no FMM com o seu projecto mais emblemático, “Azul”.
TARTIT
Mali
Originários de um raro matriarcado da África de influência árabe, os malianos Tartit são um dos mais comoventes grupos em actividade no circuito das músicas do mundo. As mulheres cantam, dançam e tocam percussão, os homens tocam instrumentos de cordas eléctricos e tradicionais. Hipnótica música de dança de uma cultura a conhecer.
MAHMOUD AHMED
Etiópia
Eleito pelos prémios de world music da BBC Radio 3 o melhor artista africano de 2006, Mahmoud Ahmed é um dos mais extraordinários cantores do mundo. Representante máximo da fusão dos ritmos circulares de sabor oriental da tradição etíope com o pop e o jazz, terá a seu cargo um dos concertos mais esperados do FMM.
CARLOS BICA & TRIO AZUL com DJ ILL VIBE
Portugal /EUA / Alemanha
Entre a Alemanha, Portugal e o mundo, o contrabaixista Carlos Bica tem vindo a afirmar-se como um dos melhores músicos de jazz da Europa. Acompanhado dos americanos Frank Möbius (guitarra) e Jim Black (bateria e percussões) e do DJ alemão Ill Vibe apresenta-se no FMM com o seu projecto mais emblemático, “Azul”.
TARTIT
Mali
Originários de um raro matriarcado da África de influência árabe, os malianos Tartit são um dos mais comoventes grupos em actividade no circuito das músicas do mundo. As mulheres cantam, dançam e tocam percussão, os homens tocam instrumentos de cordas eléctricos e tradicionais. Hipnótica música de dança de uma cultura a conhecer.
MAHMOUD AHMED
Etiópia
Eleito pelos prémios de world music da BBC Radio 3 o melhor artista africano de 2006, Mahmoud Ahmed é um dos mais extraordinários cantores do mundo. Representante máximo da fusão dos ritmos circulares de sabor oriental da tradição etíope com o pop e o jazz, terá a seu cargo um dos concertos mais esperados do FMM.
Aimee Mann @ Coliseu Lisboa: Magnolia
Só faltaram umas imagens do soberbo filme Magnolia para ilustrar as doces melodias saídas da voz, e viola de Aimee Mann. O Coliseu não encheu para receber a estreia de Aimee em terras lusas, mas a plateia esteve bem composta e saiu satisfeita apesar da duração do concerto me ter parecido um pouco curta. Simpática, comunicativa, e distraída no arranque de um tema que teve de repetir.
Uma noite de bonitas canções numa noite de verão na baixa lisboeta.
Uma noite de bonitas canções numa noite de verão na baixa lisboeta.
in: Blitz
25 julho 2007
Aimee Mann Estreia-se Hoje em Portugal
Aimee Mann vai estrear-se hoje em Portugal com um concerto no Coliseu dos Recreios. Na primeira parte, toca Sean Riley acompanhado dos Slowriders.
Aimee Mann irá apresentar temas de todos os álbuns assim como alguns inéditos. Parte do alinhamento deverá ser baseado nas canções do filme «Magnolia».
As portas abrem às 21 horas. O preço dos bilhetes varia entre os 20 e os 50 euros.
Aimee Mann irá apresentar temas de todos os álbuns assim como alguns inéditos. Parte do alinhamento deverá ser baseado nas canções do filme «Magnolia».
As portas abrem às 21 horas. O preço dos bilhetes varia entre os 20 e os 50 euros.
Festival de Sines: A Música Chega ao Castelo
O FMM chega ao Castelo de Sines. O espaço mais emblemático do evento recebe a partir desta noite concertos até ao próximo sábado.
Programa para logo a partir das 21h:
TRILOK GURTU BAND
Índia
Depois de ter dado aquele que muitos consideraram o melhor concerto do FMM2006, o percussionista indiano Trilok Gurtu regressa a Sines para abrir música no Castelo com uma super-banda e a nata dos seus melhores discos do séc. XXI: “Remembrance” (2002), “Broken Rhythms” (2004), “Farakala” (2006) e “Arkeology” (2006).
BELLOWHEAD
Reino Unido
Eleitos melhor grupo e espectáculo de 2007 nos Folk Awards da BBC Radio 2, os Bellowhead são a maior revelação da folk britânica no século XXI. Com uma riqueza tímbrica e harmónica nunca antes ouvida na música tradicional inglesa, o seu disco “Burlesque” (2006) é já considerado um dos mais importantes de sempre no género.
OUMOU SANGARÉ
Mali
Uma das mais celebradas e internacionais cantoras africanas de sempre, a maliana Oumou Sangaré vem ao festival para mostrar o seu cruzamento de ritmos “Wassoulou” com funk, rhythm n’ blues e afrobeat. A sua voz de timbre excepcional oferece-nos canções onde o tema da emancipação feminina é uma dominante.
Programa para logo a partir das 21h:
TRILOK GURTU BAND
Índia
Depois de ter dado aquele que muitos consideraram o melhor concerto do FMM2006, o percussionista indiano Trilok Gurtu regressa a Sines para abrir música no Castelo com uma super-banda e a nata dos seus melhores discos do séc. XXI: “Remembrance” (2002), “Broken Rhythms” (2004), “Farakala” (2006) e “Arkeology” (2006).
BELLOWHEAD
Reino Unido
Eleitos melhor grupo e espectáculo de 2007 nos Folk Awards da BBC Radio 2, os Bellowhead são a maior revelação da folk britânica no século XXI. Com uma riqueza tímbrica e harmónica nunca antes ouvida na música tradicional inglesa, o seu disco “Burlesque” (2006) é já considerado um dos mais importantes de sempre no género.
OUMOU SANGARÉ
Mali
Uma das mais celebradas e internacionais cantoras africanas de sempre, a maliana Oumou Sangaré vem ao festival para mostrar o seu cruzamento de ritmos “Wassoulou” com funk, rhythm n’ blues e afrobeat. A sua voz de timbre excepcional oferece-nos canções onde o tema da emancipação feminina é uma dominante.
24 julho 2007
Museu do Fado apadrinha Fábia Rebordão
Lisboa tem fado, todos sabemos disso. Nem sempre nos lembramos é que a capital tem uma belíssima casa que é o Museu do Fado e que fica ali às portas do histórico bairro de Alfama. Ontem à noite o Pequeno Auditório do Museu encheu para acolher a apresentação de uma jovem, e promissora fadista que dá mostras de querer dar continuidade à interpretação do fado tal como ele sempre foi.
Fábia Rebordão tem 22 anos e não é uma desconhecida do público, a sua passagem pelo programa da RTP1 Operação Triunfo ficou na memória dos muitos que agora a encontram totalmente concentrada no fado. Isto depois de ter passado pelo elenco de «My Fair Lady», musical de Filipe La Feria em 2003, e de ter experimentado as áreas da soul, do jazz, blues, e até opera.
A aposta agora vai para o fado, e com acerto, pois Fábia Rebordão, impecavelmente vestida pela estilista bracarense Elsa Barreto, é senhora de uma poderosa voz já bem trabalhada que canta com convicção, e emoção os clássicos «Cuidei que tinha morrido», de Pedro Homem de Mello/Alain Oulman, «Fado Tamanquinhas», de Linhares Barbosa/Carlos Barbosa, «Madrugada de Alfama», de Amália Rodrigues/David Mourão Ferreira, ou mesmo «O Homem na Cidade» de Ary dos Santos.
Um serão muito agradável passado no Museu do Fado a lembrar que Lisboa é fado, e continua a ter jovens talentosas fadistas.
Fábia Rebordão tem 22 anos e não é uma desconhecida do público, a sua passagem pelo programa da RTP1 Operação Triunfo ficou na memória dos muitos que agora a encontram totalmente concentrada no fado. Isto depois de ter passado pelo elenco de «My Fair Lady», musical de Filipe La Feria em 2003, e de ter experimentado as áreas da soul, do jazz, blues, e até opera.
A aposta agora vai para o fado, e com acerto, pois Fábia Rebordão, impecavelmente vestida pela estilista bracarense Elsa Barreto, é senhora de uma poderosa voz já bem trabalhada que canta com convicção, e emoção os clássicos «Cuidei que tinha morrido», de Pedro Homem de Mello/Alain Oulman, «Fado Tamanquinhas», de Linhares Barbosa/Carlos Barbosa, «Madrugada de Alfama», de Amália Rodrigues/David Mourão Ferreira, ou mesmo «O Homem na Cidade» de Ary dos Santos.
Um serão muito agradável passado no Museu do Fado a lembrar que Lisboa é fado, e continua a ter jovens talentosas fadistas.
O Regresso à Rádio
Ainda que por uma noite hoje acontece o meu regresso à rádio. Meio ano depois do fim do projecto Química não pude recusar o generoso convite que a dupla fascinante do Boa Noite e 1 Queijo me fez. É um prazer voltar à conversa com a amiga Lia, e tentar fazer o lugar de Ana Martins (ausente em Chicago) e passar alguma música a partir das 22h na Rádio Zero.
Depois ficará disponível em podcast.
Depois ficará disponível em podcast.
23 julho 2007
FMM Sines Dia 4: A Vez do Centro de Artes de Sines
A partir de hoje o Festival transita de Porto Covo para o Centro de Artes de Sines.
- às 21h30, actua Marcel Kanche. Letrista, compositor, guitarrista e dono de uma magnífica voz de barítono, é uma figura muito especial da música de França. Entre a chanson française, o jazz e o rock experimental, a poesia nocturna do disco “Vertigue des Lenteurs”, de 2006, recebeu elogios entusiásticos da imprensa do seu país e internacional.
- pelas 23h00, espaço para as bascas Ttukunak. Usado há 2000 anos como meio de comunicação no País Basco, a “txalaparta” tornou-se com o tempo num complexo instrumento de percussão. No Centro de Artes de Sines será tocado por duas irmãs gémeas, Maika e Sara Gómez, as Ttukunak, que aliam à tradição basca ritmos de todo o mundo e muita improvisação.
- às 21h30, actua Marcel Kanche. Letrista, compositor, guitarrista e dono de uma magnífica voz de barítono, é uma figura muito especial da música de França. Entre a chanson française, o jazz e o rock experimental, a poesia nocturna do disco “Vertigue des Lenteurs”, de 2006, recebeu elogios entusiásticos da imprensa do seu país e internacional.
- pelas 23h00, espaço para as bascas Ttukunak. Usado há 2000 anos como meio de comunicação no País Basco, a “txalaparta” tornou-se com o tempo num complexo instrumento de percussão. No Centro de Artes de Sines será tocado por duas irmãs gémeas, Maika e Sara Gómez, as Ttukunak, que aliam à tradição basca ritmos de todo o mundo e muita improvisação.
FMM Sines Dia 3: A noite dos sopros
A fechar o primeiro fim de semana do Festival, nesta primeira fase a decorrer em Porto Covo, novamente muito público no recinto para festejar mais músicas do mundo. O bom tempo da véspera manteve-se nesta noite de domingo e foi com agrado que os Djabe foram acolhidos na abertura da 3ª noite do FMM Sines 2007.
Vindo da Hungria, os Djabe desfilaram uma fusão de jazz, com ritmos das raízes magiares envolvendo tudo numa tendência rock. Funcionam bem em palco porque são grandes músicos com particular destaque para Tamás Barabás no baixo sempre bem acompanhado por trompetista, e guitarrista na frente do palco. Podemos falar de jazz do centro da Europa bem acolhido em Porto Covo.
A segunda proposta da noite era especialmente aguardada. Um músico português voltava ao palco, depois da abertura dos Galandum Galundaina, e criava expectativas. Falamos de Rão Kyao que se juntou a Karl Seglem, conceituado saxofonista noruguês, para um projecto entre músicos de diferentes nacionalidades mas unidos na genialidade da arte dos instrumentos de sopro. Foi uma estreia interessante, está prometida a passagem para disco do resultado desta parceria, e que além de entusiasmar a plateia em alguns momentos, deliciou os músicos que não escondiam o gozo, e o prazer que estavam a ter nesta sua passagem por Porto Covo. A recta final da actuação foi especialmente entusiasmante, em constraste com alguma excessiva calmaria que marcaram grande parte do concerto. Missão cumprida com aplausos para a dupla e a banda que os acompanhou.
A fechar o domingo a primeira explosão rítmica a sério da edição deste ano. Estava a ser uma noite relativamente calma em termos sonoros até que os Haydamaky tomam conta das operações. Entrada a matar com fusão ska - punk tocada por um grupo de personagens castiças onde pontifica Olexandr Yarmola, líder, vocalista, e flautista destes agitadores ucranianos. Instalaram a festa em Porto Covo e a plateia não demorou a aderir à dança que o «Ska dos Cárpatos» exigia. Foi a gastar a energia que ainda nos restava deste primeiro fim de semana que encerrou a 3ª noite do Músicas do Mundo de Sines 2007. A festa continua até sábado.
in Disco Digital
Vindo da Hungria, os Djabe desfilaram uma fusão de jazz, com ritmos das raízes magiares envolvendo tudo numa tendência rock. Funcionam bem em palco porque são grandes músicos com particular destaque para Tamás Barabás no baixo sempre bem acompanhado por trompetista, e guitarrista na frente do palco. Podemos falar de jazz do centro da Europa bem acolhido em Porto Covo.
A segunda proposta da noite era especialmente aguardada. Um músico português voltava ao palco, depois da abertura dos Galandum Galundaina, e criava expectativas. Falamos de Rão Kyao que se juntou a Karl Seglem, conceituado saxofonista noruguês, para um projecto entre músicos de diferentes nacionalidades mas unidos na genialidade da arte dos instrumentos de sopro. Foi uma estreia interessante, está prometida a passagem para disco do resultado desta parceria, e que além de entusiasmar a plateia em alguns momentos, deliciou os músicos que não escondiam o gozo, e o prazer que estavam a ter nesta sua passagem por Porto Covo. A recta final da actuação foi especialmente entusiasmante, em constraste com alguma excessiva calmaria que marcaram grande parte do concerto. Missão cumprida com aplausos para a dupla e a banda que os acompanhou.
A fechar o domingo a primeira explosão rítmica a sério da edição deste ano. Estava a ser uma noite relativamente calma em termos sonoros até que os Haydamaky tomam conta das operações. Entrada a matar com fusão ska - punk tocada por um grupo de personagens castiças onde pontifica Olexandr Yarmola, líder, vocalista, e flautista destes agitadores ucranianos. Instalaram a festa em Porto Covo e a plateia não demorou a aderir à dança que o «Ska dos Cárpatos» exigia. Foi a gastar a energia que ainda nos restava deste primeiro fim de semana que encerrou a 3ª noite do Músicas do Mundo de Sines 2007. A festa continua até sábado.
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Festival de Sines, Dia 2: A noite de Mamani Keita
A segunda noite de festa no recinto de Porto Covo do Festival de Músicas do Mundo de Sines trouxe agradáveis melhorias climáticas. O vento frio da véspera desapareceu, e o povo compareceu ainda em maior número para conhecer mais três propostas de sons do mundo.
Foram mais de 2 mil espectadores que vibraram com a actuação da cantora maliana Mamani Keita. Hora e meia de pura magia africana servida por uma voz capaz de fazer sorrir o mais sisudo, e que dá alma no cruzamento do som hipnótico vindo do n'goni de Moriba Koita, e a guitarra eléctrica do francês Nicolas Repac.
Um concerto que deve figurar entre os favoritos dos que acompanham o Festival, e que chama a atenção para o disco de 2006 «Yelema».
Antes de Mamani Keita a noite abriu com uma proposta entre o jazz, a funk e o soul, com Don Byron, clarinetista mundialmente conhecido, a comandar uma trupe de excelentes músicos; Dean Bowman, David Gilmore, George Colligan, Brad Jones, Rodney Holmes. Juntos contagiaram o público com o seu som funk que chegou a passar pelo legado de James Brown. A âncora da actuação foi naturalmente o disco «Do the Boomerang» do ano passado, e esta passagem por Sines foi bem conseguida, e aproveitada por todos.
A fechar a noite estiveram os os Deti Picasso, uma banda arménio-russa que não conseguiu convencer, e em comparação com a qualidade do que já se tinha ouvido até ali fica a perder de caras. Por falar em caras, diga-se que a figura da vocalista Gaya Arutyunyan até ajuda a concentrar a atenção com os seus movimentos exóticos, e uma bela voz, mas a nível musical os Deti Picasso descambam para algo que poderia ser proposta musical da Rússia ao Festival da Canção. Foram os menos interessantes de uma noite que vai ficar na memória como a noite de Mamani Keita.
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Foram mais de 2 mil espectadores que vibraram com a actuação da cantora maliana Mamani Keita. Hora e meia de pura magia africana servida por uma voz capaz de fazer sorrir o mais sisudo, e que dá alma no cruzamento do som hipnótico vindo do n'goni de Moriba Koita, e a guitarra eléctrica do francês Nicolas Repac.
Um concerto que deve figurar entre os favoritos dos que acompanham o Festival, e que chama a atenção para o disco de 2006 «Yelema».
Antes de Mamani Keita a noite abriu com uma proposta entre o jazz, a funk e o soul, com Don Byron, clarinetista mundialmente conhecido, a comandar uma trupe de excelentes músicos; Dean Bowman, David Gilmore, George Colligan, Brad Jones, Rodney Holmes. Juntos contagiaram o público com o seu som funk que chegou a passar pelo legado de James Brown. A âncora da actuação foi naturalmente o disco «Do the Boomerang» do ano passado, e esta passagem por Sines foi bem conseguida, e aproveitada por todos.
A fechar a noite estiveram os os Deti Picasso, uma banda arménio-russa que não conseguiu convencer, e em comparação com a qualidade do que já se tinha ouvido até ali fica a perder de caras. Por falar em caras, diga-se que a figura da vocalista Gaya Arutyunyan até ajuda a concentrar a atenção com os seus movimentos exóticos, e uma bela voz, mas a nível musical os Deti Picasso descambam para algo que poderia ser proposta musical da Rússia ao Festival da Canção. Foram os menos interessantes de uma noite que vai ficar na memória como a noite de Mamani Keita.
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Festival de Sines: Dia 1
Sexta-feira à noite arrancou em Porto Covo a 9ª edição do Festival de Músicas do Mundo de Sines. Esteve muito público presente no recinto para receber as primeiras três propostas deste ano.
A honra de abertura coube aos portugueses Galandum Galundaina que não demoraram a instalar o clima de festa que caracteriza estas noites alentejanas todos os anos por esta altura.
A tarefa não era fácil já que se sentia um vento frio pouco próprio do verão, mas os sons dos Galandum conquistou a primeira plateia do FMM. A juntar à música, dança, e linguagem das Terras de Miranda, tivemos direito a uma fabulosa actuação de pauliteiros ao som de modas, rimances, e danças de roda.
Não podia ter sido melhor a estreia no palco de Porto de Corvo.
Funcionou muito bem a actuação de Darko Rundek, carismático vocalista, e compositor croata que comandou com classe os músicos da Cargo Orkestar oriundos de vários países onde se destacou um luso descendente que chegou a cantar em português. Destaque total para a figura misteriosa da violinista que com os seus longos cabelos brancos e movimentos enigmáticos concentrou a maior parte da atenção.
Começaram a meio gás, mas numa actuação em crescendo acabaram em alta rodagem, deixando boas recordações.
A fechar a primeira noite os ritmos da savana. Os Etran Finatawa (estrelas de tradição) são um grupo de músicos de dois povos nómadas do Níger, wodaabe e tuaregues.
Foi um fim de noite muito bom entregues às guitarras eléctricas, as percussões e vocalizações harmoniosas dos Etran Finatawa que ficaram no ouvido de todos os que testemunharam a estreia das Músicas do Mundo de Sines 2007.
in Disco Digital
A honra de abertura coube aos portugueses Galandum Galundaina que não demoraram a instalar o clima de festa que caracteriza estas noites alentejanas todos os anos por esta altura.
A tarefa não era fácil já que se sentia um vento frio pouco próprio do verão, mas os sons dos Galandum conquistou a primeira plateia do FMM. A juntar à música, dança, e linguagem das Terras de Miranda, tivemos direito a uma fabulosa actuação de pauliteiros ao som de modas, rimances, e danças de roda.
Não podia ter sido melhor a estreia no palco de Porto de Corvo.
Funcionou muito bem a actuação de Darko Rundek, carismático vocalista, e compositor croata que comandou com classe os músicos da Cargo Orkestar oriundos de vários países onde se destacou um luso descendente que chegou a cantar em português. Destaque total para a figura misteriosa da violinista que com os seus longos cabelos brancos e movimentos enigmáticos concentrou a maior parte da atenção.
Começaram a meio gás, mas numa actuação em crescendo acabaram em alta rodagem, deixando boas recordações.
A fechar a primeira noite os ritmos da savana. Os Etran Finatawa (estrelas de tradição) são um grupo de músicos de dois povos nómadas do Níger, wodaabe e tuaregues.
Foi um fim de noite muito bom entregues às guitarras eléctricas, as percussões e vocalizações harmoniosas dos Etran Finatawa que ficaram no ouvido de todos os que testemunharam a estreia das Músicas do Mundo de Sines 2007.
in Disco Digital
20 julho 2007
RUMO A SINES!!
Começa hoje o Festival de Músicas do Mundo de Sines.
Já de mala feita deixo aqui o guia musical para hoje, com a ajuda do At-Tambur. Vou estar por Sines até domingo à noite e regresso na próxima sexta. Conto ir deixando por aqui textos, fotos, e videos.
Se puderem passem por lá, não se arrependerão!
Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 21h30
GALANDUM GALUNDAINA
Portugal
O FMM2007 abre, em Porto Covo, com um dos mais interessantes projectos do folclore português actual. Partindo da música, dança e língua das Terras de Miranda, os Galandum Galundaina, acompanhados de um grupo de pauliteiros, tocam modas, rimances, danças de roda e muito mais, num espectáculo fiel à tradição e divertido.
Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 23h00
DARKO RUNDEK & CARGO ORKESTAR
Croácia / França
Dotado de uma voz rouca carismática, Darko Rundek é o grande cantor e compositor da Croácia. Neste concerto, apresenta-se com uma orquestra de oito instrumentistas de várias origens, a Cargo Orkestar, com quem produz uma música doce e miscigenada, em canções que tratam as viagens e a solidão como dominantes no mundo globalizado.
Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 00h30
ETRAN FINATAWA
Níger
Uma das revelações do circuito das músicas do mundo em 2006, os Etran Finatawa (“estrelas da tradição”) reúnem músicos de dois povos nómadas do Níger, os tuaregues e os “wodaabe”. Entre as guitarras eléctricas e as percussões dos primeiros e a força hipnótica da polifonia vocal dos segundos, canta-se a vida na imensidão da savana.
Já de mala feita deixo aqui o guia musical para hoje, com a ajuda do At-Tambur. Vou estar por Sines até domingo à noite e regresso na próxima sexta. Conto ir deixando por aqui textos, fotos, e videos.
Se puderem passem por lá, não se arrependerão!
Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 21h30
GALANDUM GALUNDAINA
Portugal
O FMM2007 abre, em Porto Covo, com um dos mais interessantes projectos do folclore português actual. Partindo da música, dança e língua das Terras de Miranda, os Galandum Galundaina, acompanhados de um grupo de pauliteiros, tocam modas, rimances, danças de roda e muito mais, num espectáculo fiel à tradição e divertido.
Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 23h00
DARKO RUNDEK & CARGO ORKESTAR
Croácia / França
Dotado de uma voz rouca carismática, Darko Rundek é o grande cantor e compositor da Croácia. Neste concerto, apresenta-se com uma orquestra de oito instrumentistas de várias origens, a Cargo Orkestar, com quem produz uma música doce e miscigenada, em canções que tratam as viagens e a solidão como dominantes no mundo globalizado.
Sexta, 20 Julho
Porto Covo, 00h30
ETRAN FINATAWA
Níger
Uma das revelações do circuito das músicas do mundo em 2006, os Etran Finatawa (“estrelas da tradição”) reúnem músicos de dois povos nómadas do Níger, os tuaregues e os “wodaabe”. Entre as guitarras eléctricas e as percussões dos primeiros e a força hipnótica da polifonia vocal dos segundos, canta-se a vida na imensidão da savana.
Horace Andy @ Jardins do Casino do Estoril
Horace Andy nos Jardins do Casino do Estoril
Noite Morna
Não foi a grande festa de reggae que podia ter sido nos Jardins do Casino do Estoril. A noite fria parecia não pertencer ao calendário de verão, o público que gosta realmente das raízes do reggae não respondeu à chamada, o preço do bilhete não era convidativo, e o "Rouxinol" ressentiu-se de um pouco disto tudo e limitou-se a cumprir os serviços mínimos.
A parte boa do serão, para quem lá esteve, é que no caso de Horace Andy cumprir o mínimo aceitável corresponde a oferecer um bom concerto de reggae, com entrega, simpatia, e acompanhado de excelentes músicos. A pouco numerosa plateia à sua frente não inspirava a muito mais, e um olhar mais atento denunciava a presença de muitos mais apreciadores por via Massive Attack, do que fãs dos tempos do cantor no Studio One.
Poucos "rastas" no recinto para apreciarem alguns excelentes momentos como "Skylarking", ou a apresentação do tema favorito de Horace Andy que por várias vezes mostrou com gestos o frio que estava a sentir.
Como já o vimos a actuar com muito mais fogosidade no Parque de Estacionamento da Casa da Música no Porto já dois anos, por exemplo, podemos dizer que ontem à noite o Estoril só teve direito a uma pequena amostra do que este embaixador de Kingston pode fazer durante horas em cima de um palco. Longe da sua pose discreta que caracteriza a sua presença nos concertos com o Massive Attack, como já pudemos testemunhar várias vezes, Horace Andy a solo vai para a frente do palco, sorri, dança, e canta de maneira exemplar. Só por isso a noite fica ganha.
A maneira como abandonou o palco sem direito a encore reforçou o sabor a pouco de uma noite fria.
19 julho 2007
O Rouxinol no Estoril
Noite em grande para os apreciadores de reggae. É o regresso em nome próprio a Portugal de Horace Andy, conhecido em Kigston, onde nasceu em 1951, como o rouxinol devido ao seu timbre único.
Depois do inesquecível concerto no parque de estacionamento da Casa da Música há 2 anos espera-se nova grande festa hoje à noite nos Jardins do Casino do Estoril em concerto englobado no Cool Jazz Fest.
Horace Andy e Dub Asante Band a não perder:
Depois do inesquecível concerto no parque de estacionamento da Casa da Música há 2 anos espera-se nova grande festa hoje à noite nos Jardins do Casino do Estoril em concerto englobado no Cool Jazz Fest.
Horace Andy e Dub Asante Band a não perder:
18 julho 2007
Prince dá Planet Earth
Prince anda a irritar o pessoal da indústria discográfica. Não é de hoje que Prince causa polémica, mas desta vez a sua acção é bem interessante. Resolveu distribuir o seu novo disco de borla. Oferece-o a quem compra bilhetes para os seus concertos, e um jornal inglês distribuíu nas vendas a milhões de leitores.
Já ouvi o disco e até me parece que a qualidade de Plante Earth é muito interessante.
Ajudo o Prince a divulgar o seu disco e proponho aos leitores que o oiçam:Prince
New Young Pony Club em Coura
Uma das propostas mais refrescantes da pop deste ano, os New Young Pony Club, já foram por aqui divulgados por mais do que uma vez. A boa notícia é que os vamos poder ver ao vivo no Festival Paredes de Coura a 13 de Agosto.
17 julho 2007
The Sea and Cake, Antes do Porto Tocam em Lisboa
A Blitz informa que os americanos Sea and Cake actuam em Lisboa a 27 de Outubro. Dois dias depois vão ao Porto.
A julgar pela passagem deles pelo Garage há uns anos este é mais um concerto a não perder. Aliás, dois concertos a não perder.
A julgar pela passagem deles pelo Garage há uns anos este é mais um concerto a não perder. Aliás, dois concertos a não perder.
Os Massive Attack Vão Picar o Ponto. E o Mike Patton Também. Óptimo!
Já faltavam umas datas dos Massive Attack em 2007 por cá. Ora, cá estão elas então: no Coliseu de Lisboa, a 17 de Setembro, e no Coliseu do Porto, no dia seguinte.
Como já escrevi aqui no ano passado, os Massive Attack não sabem dar maus concertos, por isso é sempre de levar em conta esta proposta. Devemos poder ouvir temas do novo Weather Underground disco que sairá até ao fim do ano.
Como bónus temos na 1ª parte um projecto do grande Mike Patton, Peeping Tom.
Se não for pedir muito tragam cá também os Tomahawk!
Como já escrevi aqui no ano passado, os Massive Attack não sabem dar maus concertos, por isso é sempre de levar em conta esta proposta. Devemos poder ouvir temas do novo Weather Underground disco que sairá até ao fim do ano.
Como bónus temos na 1ª parte um projecto do grande Mike Patton, Peeping Tom.
Se não for pedir muito tragam cá também os Tomahawk!
Arctic Monkeys Esgotado
Casa cheia para receber amanhã à noite o regresso dos Arctic Monkeys a Lisboa!
O concerto é de apresentação do novo disco "Favourite Worst Nightmare"
e está a levantar muitas expectativas como se pode perceber pelo facto dos bilhetes terem sido todos vendidos.
Amanhão à noite no Coliseu.
O concerto é de apresentação do novo disco "Favourite Worst Nightmare"
e está a levantar muitas expectativas como se pode perceber pelo facto dos bilhetes terem sido todos vendidos.
Amanhão à noite no Coliseu.
16 julho 2007
Shivaree - Tainted Love: O Regresso de Ambrosia Parsley em Formato de Versões
Sempre gostei muito dos Shivaree. Acho os discos deles bons, muito além do hit Goodnight Moon, e a vocalista em palco transpira sensualidade e encanto, como já tive oportunidade de ver algumas vezes em Lisboa.
Por tudo isto fico muito contente com novidades vindas dos Shivaree.
No fim do mês é editado "Tainted Love: Mating Calls and Fight Songs", disco composto por 11 versões de gente respeitável como R Kelly, Mötley Crüe, Phil Spector, Michael Jackson e outros.
No site oficial da banda podemos encontrar uma prosa assinada por Ambrosia sobre este novo disco:
"Fact is, I got knocked up, and there's something about having regular occasions to slip into a paper gown that makes a girl feel extra naughty...and who better to play doctor with than Ike Turner, Gary Glitter & David Allen Coe?? "
Por tudo isto fico muito contente com novidades vindas dos Shivaree.
No fim do mês é editado "Tainted Love: Mating Calls and Fight Songs", disco composto por 11 versões de gente respeitável como R Kelly, Mötley Crüe, Phil Spector, Michael Jackson e outros.
No site oficial da banda podemos encontrar uma prosa assinada por Ambrosia sobre este novo disco:
"Fact is, I got knocked up, and there's something about having regular occasions to slip into a paper gown that makes a girl feel extra naughty...and who better to play doctor with than Ike Turner, Gary Glitter & David Allen Coe?? "
Guillemots a Sudoeste
Mais um reforço para a grande festa que vai ser o Festival Sudoeste no próximo mês. Os Guillemots anunciam a sua presença no MySpace.
15 julho 2007
O Interessante Discurso de Zé Pedro
O guitarrista dos Xutos & Pontapés é uma das poucas figuras Rock n'Roll que temos por cá. Felizmente há pessoal que anda atento à música e vai puxando por Zé Pedro. Digo felizmente porque ele não é apenas uma figura de uma banda histórica. Não. Zé Pedro sabe o seu lugar na banda, mas é também um poço de informação sobre a história do rock, e é por estes dias um interessado, e informado apreciador de música. Está atento a tudo o que se passa à sua volta e lá por fora. Tem uma figura simpática, e pode explicar aos mais novos porque é que não se pode viver a vida toda em excesso. Sem dramatismos, nem demagogias falsas.
Vem isto a propósito do lançamento da biografia escrita pela sua irmã Helena Reis "Não Sou o Único". Há uma bela entrevista que pode ser lida aqui:
Zé Pedro na Visão
Vem isto a propósito do lançamento da biografia escrita pela sua irmã Helena Reis "Não Sou o Único". Há uma bela entrevista que pode ser lida aqui:
Zé Pedro na Visão
Chris Cornell às Voltas com Billie Jean
O vocalista que fez história nos Soundgarden andou nos últimos anos pelos Audioslave,e este ano regressa a solo. Chris Cornell edita "Carry On" onde mora uma curiosa versão de um sucesso de Michael Jackson: Billie Jean.
Vale a pena ver o resultado final aqui: Billie Jean por Chris Cornell
Vale a pena ver o resultado final aqui: Billie Jean por Chris Cornell
14 julho 2007
13 julho 2007
Maratona de concertos na Avenida da Liberdade Hoje
A Avenida da Liberdade, em Lisboa, vão ser palco de uma verdadeira maratona de concertos esta sexta. CAVEIRA, Tropa Macaca, One Might Add ou Frango são alguns dos nomes presentes.
Os concertos decorrerão no primeiro andar do número 211 da Avenida da Liberdade. O conceito dos 13 concertos assenta em sessões de improviso e jam sessions.
Haverá, ainda, espaço para tendas de discos e afins. Começa às 21:30 e a entrada custa €5.
Os concertos decorrerão no primeiro andar do número 211 da Avenida da Liberdade. O conceito dos 13 concertos assenta em sessões de improviso e jam sessions.
Haverá, ainda, espaço para tendas de discos e afins. Começa às 21:30 e a entrada custa €5.
Dance Station @ Rossio & Coliseu: Chemical Brothers e !!! Arrasadores
O Dance Station foi a prova de que ainda é possível surpreender Lisboa com um evento musical bem organizado.
Quase sem se dar por ele o Festival (chamemos-lhe assim) que ocupou parte da baixa lisboeta atraiu muitos entusiastas dos sons mais dançáveis. E esta noite ficou mostrado que o rótulo de dance music é muito abrangente e que tanto define a excelência de DJ's dos Chemical Brothers, como a calmaria luxuosa dos franceses AIR.
No entanto o concerto que vai perdurar na memória colectiva de quem chegou à hora de jantar à sala do Coliseu foi assinado pelos !!!, muito graças à fabulosa performance do seu carismático vocalista Nic Offer. Apresentaram temas de "Myth Takes" e "Louden Up Now" com um ritmo alucinante, entre danças alucinadas, discurso bem humorado, e saltos para o meio da plateia para cantar no meio dos fãs.
Um verdadeiro vulcão em formato de três pontos de exclamação que conquistaram o Coliseu música a música, acabando em loucura total. Razão tenha Nic Offer quando perguntou quem é que se tinha lembrado de os pôr a tocar aquela hora? Um dos concertos do ano, a confirmar que o mito à volta da passagem deles por Coura tem fundamento.
Destacado o melhor concerto da noite no Coliseu falemos da brilhante ideia da transformação da bela estação do Rossio em pista de dança. Muito bem conseguida a envolvência do ambiente de estação de comboios com o palco, luz e som. Parecia uma espaço feito para grandes concertos. E quem tirou o expoente máximo do local foi o duo Chemical Brothers com uma actuação poderosa e inesquecível. Com um casamento perfeito entre imagens decorativas no cenário do palco, mais um jogo de luzes espectacular, e uma qualidade de som acima da média, os muitos resistentes da maratona Dance Station reagiram em euforia aos sons dos muitos singles conhecidos. A partir de Galvanize foi sempre a subir. Grande festa na estação!
Pelo meio no Coliseu ficam para a história dois concertos diferentes. Os Air regressaram a um palco que já tinham pisado no início da década, e voltaram a lembrar que são muito bons para se ouvir em disco. Ao vivo a coisa arrefece, e adormece. Ainda para mais depois da passagem estrondoso dos !!! a diferença notou-se. De qualquer maneira tiveram a sala quase cheia para os aclamar.
Já a passagem de Fisherspooner foi bem engraçada. Algures entre o glam disco, e o elctro manhoso, o rapaz arrancou uma boa actuação ajudado por duas versáteis dançarinas, e conseguiu entusiasmar ao máximo a plateia do Coliseu.
Uma noite diferente no eixo Portas de St. Antão - estação do Rossio, com a ponte terrestre a ser feita de cerveja na mão, a combater a noite quente, e com muitos encontros entre amigos e conhecidos no meio da rua.
Resultou em cheio o Dance Station.
Quase sem se dar por ele o Festival (chamemos-lhe assim) que ocupou parte da baixa lisboeta atraiu muitos entusiastas dos sons mais dançáveis. E esta noite ficou mostrado que o rótulo de dance music é muito abrangente e que tanto define a excelência de DJ's dos Chemical Brothers, como a calmaria luxuosa dos franceses AIR.
No entanto o concerto que vai perdurar na memória colectiva de quem chegou à hora de jantar à sala do Coliseu foi assinado pelos !!!, muito graças à fabulosa performance do seu carismático vocalista Nic Offer. Apresentaram temas de "Myth Takes" e "Louden Up Now" com um ritmo alucinante, entre danças alucinadas, discurso bem humorado, e saltos para o meio da plateia para cantar no meio dos fãs.
Um verdadeiro vulcão em formato de três pontos de exclamação que conquistaram o Coliseu música a música, acabando em loucura total. Razão tenha Nic Offer quando perguntou quem é que se tinha lembrado de os pôr a tocar aquela hora? Um dos concertos do ano, a confirmar que o mito à volta da passagem deles por Coura tem fundamento.
Destacado o melhor concerto da noite no Coliseu falemos da brilhante ideia da transformação da bela estação do Rossio em pista de dança. Muito bem conseguida a envolvência do ambiente de estação de comboios com o palco, luz e som. Parecia uma espaço feito para grandes concertos. E quem tirou o expoente máximo do local foi o duo Chemical Brothers com uma actuação poderosa e inesquecível. Com um casamento perfeito entre imagens decorativas no cenário do palco, mais um jogo de luzes espectacular, e uma qualidade de som acima da média, os muitos resistentes da maratona Dance Station reagiram em euforia aos sons dos muitos singles conhecidos. A partir de Galvanize foi sempre a subir. Grande festa na estação!
Pelo meio no Coliseu ficam para a história dois concertos diferentes. Os Air regressaram a um palco que já tinham pisado no início da década, e voltaram a lembrar que são muito bons para se ouvir em disco. Ao vivo a coisa arrefece, e adormece. Ainda para mais depois da passagem estrondoso dos !!! a diferença notou-se. De qualquer maneira tiveram a sala quase cheia para os aclamar.
Já a passagem de Fisherspooner foi bem engraçada. Algures entre o glam disco, e o elctro manhoso, o rapaz arrancou uma boa actuação ajudado por duas versáteis dançarinas, e conseguiu entusiasmar ao máximo a plateia do Coliseu.
Uma noite diferente no eixo Portas de St. Antão - estação do Rossio, com a ponte terrestre a ser feita de cerveja na mão, a combater a noite quente, e com muitos encontros entre amigos e conhecidos no meio da rua.
Resultou em cheio o Dance Station.
12 julho 2007
11 julho 2007
Música de Dança na Baixa Lisboeta Amanhã
Amanhã há música de dança para os lados do Rossio. Nomes como Chemical Brothers, AIR, Digitalism, Tiga, !!!, e Space Boys vão animar o Coliseu de Lisboa e a estação do Rossio.
Os horários das actuações do Dance Station são os seguintes:
Estação do Rossio (portas abrem às 18h00)
01h30 – 03h00 The Chemical Brothers
00h30 – 01h20 Justin Robertson (DJ set)
22h30 – 00h30 Tiga (DJ set)
20h30 – 22h30 Erol Alkan (DJ set)
19h00 – 20h30 Jori Hulkonnen (DJ set)
Coliseu dos Recreios (portas abrem às 19h00)
03h20 – 04h20 Digitalism
01h30 – 03h00 Space Boys
23h40 – 01h10 Fischerspooner
21h50 – 23h20 Air
20h00 - 21h30 !!! (Chk Chk Chk)
Os preços dos bilhetes variam entre os €30 (Coliseu), €35 (Estação) e os €39 (Coliseu + Estação, edição limitada a 2000 exemplares).
Os horários das actuações do Dance Station são os seguintes:
Estação do Rossio (portas abrem às 18h00)
01h30 – 03h00 The Chemical Brothers
00h30 – 01h20 Justin Robertson (DJ set)
22h30 – 00h30 Tiga (DJ set)
20h30 – 22h30 Erol Alkan (DJ set)
19h00 – 20h30 Jori Hulkonnen (DJ set)
Coliseu dos Recreios (portas abrem às 19h00)
03h20 – 04h20 Digitalism
01h30 – 03h00 Space Boys
23h40 – 01h10 Fischerspooner
21h50 – 23h20 Air
20h00 - 21h30 !!! (Chk Chk Chk)
Os preços dos bilhetes variam entre os €30 (Coliseu), €35 (Estação) e os €39 (Coliseu + Estação, edição limitada a 2000 exemplares).
Rádio Reggae Online
Nada melhor do que poder trabalhar e ouvir nos "phones" uma bela selecção de reggae, dub, roots, e afins da Jamaica.
O segredo está em sintonizar a excelente RightOnScales Reggae Radio. Escolhas de primeira água para sonorizar dias difíceis de trabalho enquanto as férias não chegam. Sintonizem http://radio.rightonscales.com/index.html.
O segredo está em sintonizar a excelente RightOnScales Reggae Radio. Escolhas de primeira água para sonorizar dias difíceis de trabalho enquanto as férias não chegam. Sintonizem http://radio.rightonscales.com/index.html.
10 julho 2007
Hoje Cuba em Mafra
Aqui fica um aperitivo para o concerto de logo. Neste caso é uma gravação de Fevereiro captada no Sava Centar em Belgrado,Sérvia.
09 julho 2007
Buena Vista Social Club em Mafra
Amanhã à noite em Mafra continua o Cool Jazz Fest com um concerto do que sobre do colectivo cubano BUENA VISTA SOCIAL CLUB. Neste renovado colectivo de 11 elementos cubanos pontificam agora os nomes de Guajiro Mirabal (trompete), Manuel Galbán (guitarra), Cachaito López (contrabaixo) e Aguaje Ramos (trombone).
A partir das 22h no Jardim do Cerco em Mafra.
A partir das 22h no Jardim do Cerco em Mafra.
08 julho 2007
Israel Vibration @ Carcavelos: Festival MUSA
A noite era de 7 maravilhas, e Live Earth, mas ao fim de mais de uma semana pelos caminhos do rock o apelo de uma sessão reggae falou mais alto e Carcavelos foi o destino.
Na segunda, e última, noite do MUSA a atracção principal era Israel Vibration, nome maior da história da Jamaica, e um caso simbólica de vontade de viver.
Compostos por membros afectados pela doença Poliomelite, são uma das referências do reggae roots com uma carreira que iniciou-se nos anos 70 com o álbum “Unconquered People” gravado nos míticos estúdios Tuff Gong de Bob Marley.
Ontem aqueceram a noite no recinto ao lado da praia de Carcavelos e o som quente do reggae fez esquecer o muito vento, e pó levantado do chão.
Muitos apreciadores de reggae responderam ao apelo a mostrar que a devoção às raízes do reggae é um facto consumado por cá.
Acompanhados pelos fantásticos Roots Radics, uma das melhores e mais conhecida backing band da história do reggae, tocaram temas como “Ball Of Fire” “Rudebwoy Shuffling”, “Why Worry”, “The Same Song”, “Licks and Kicks”, ou “Livity in The Hood”.
Mais umas personagens da rica história jamaicana a assinarem por cá um bom concerto.
Hoje vão estar no Porto, no Sá da Bandeira, por isso não os percam, malta do norte.
Destaque também para a última aparição em palco dos veteranos espanhóis Skaparapid. Com um punk reggae bem puxado fizeram aquele que eles dizem ser o último concerto, embora já o venham dizendo há uns tempos e depois nunca se confirma.
Na segunda, e última, noite do MUSA a atracção principal era Israel Vibration, nome maior da história da Jamaica, e um caso simbólica de vontade de viver.
Compostos por membros afectados pela doença Poliomelite, são uma das referências do reggae roots com uma carreira que iniciou-se nos anos 70 com o álbum “Unconquered People” gravado nos míticos estúdios Tuff Gong de Bob Marley.
Ontem aqueceram a noite no recinto ao lado da praia de Carcavelos e o som quente do reggae fez esquecer o muito vento, e pó levantado do chão.
Muitos apreciadores de reggae responderam ao apelo a mostrar que a devoção às raízes do reggae é um facto consumado por cá.
Acompanhados pelos fantásticos Roots Radics, uma das melhores e mais conhecida backing band da história do reggae, tocaram temas como “Ball Of Fire” “Rudebwoy Shuffling”, “Why Worry”, “The Same Song”, “Licks and Kicks”, ou “Livity in The Hood”.
Mais umas personagens da rica história jamaicana a assinarem por cá um bom concerto.
Hoje vão estar no Porto, no Sá da Bandeira, por isso não os percam, malta do norte.
Destaque também para a última aparição em palco dos veteranos espanhóis Skaparapid. Com um punk reggae bem puxado fizeram aquele que eles dizem ser o último concerto, embora já o venham dizendo há uns tempos e depois nunca se confirma.
07 julho 2007
Liver Earth na RTP: Muita Conversa, Pouca Música
Que o planeta está mal ambientalmente já todos sabemos. Aliás, é por isso mesmo que hoje temos uma enorme evento à escala mundial centrado na música. A nossa RTP não percebeu bem isso e em vez de nos dar os melhores concertos que acontecem pelo mundo fora está a fazer um desfile de vaidades orais a ver quem diz a frase mais acertada e bonita.
Porra, queremos música!! Será muito complicado de perceber?!
Desisto da RTP e dedico.me à excelente cobertura da internet via Live Earth on MSN. Fabulosa qualidade de video e som, escolhemos o palco que queremos, e podemos ver resumos, e fotos.
Desliguemos a TV no dia em que a internet venceu definitivamente a televisão.
Porra, queremos música!! Será muito complicado de perceber?!
Desisto da RTP e dedico.me à excelente cobertura da internet via Live Earth on MSN. Fabulosa qualidade de video e som, escolhemos o palco que queremos, e podemos ver resumos, e fotos.
Desliguemos a TV no dia em que a internet venceu definitivamente a televisão.
Live Earth
Dentro de poucas horas começa o Live Earth que vai dominar o sábado, dia 7 de Julho de 2007, com música repartida por oito palcos: EUA, Reino Unido, Austrália, Japão, China, África do Sul, Brasil e Alemanha. É um acontecimento que pode dividir as opiniões quanto ao seu oportunismo, mas tem na música o grande motor por isso é de acompanhar os concertos por esse mundo fora. A ver se descobrimos alguma actuação memorável. No entanto a overdose de aparições é tanta que vai ser difícil escolhermos o que acompanhar, e como acompanhar.
Há um horário dos vários concertos (Londres arranca às 13h30) e a respectiva lista de artistas. No site oficial, há uma lista geral de participantes que vale a pena consultar — e há também um blog oficial. Por cá, a estação oficial do Live Earth é a RTP, e na rádio a Antena 3.
06 julho 2007
Festival Super Bock Super Rock, Dia 4: Lusofonia e técnica
Foi preciso esperar pelo último dia da 13ª edição do Super Rock para se viver uma autêntica tarde quente de um verão que teima em não aparecer. Desta vez o calor, e o sol iluminaram as prestações de três projectos lusófonos, com destaque para os Micro Audio Waves, e inspirou os Gossip e os Tv on The Radio a arrancarem belos concertos.
A técnica da força é o estilo do trio Gossip onde Beth Ditto é a figura maior. O trocadilho é tão óbvio quanto irresistivel: foi uma actuação de peso! Miss Beth exibiu vestido azulado, e passeou-se descalça enquanto projectava a sua poderosa voz para um recinto já com alguns milhares admiradores.
Não, não se despiu. Foi expansiva na comunicação com a plateia, disse que queria muito ver os TV on The Radio, desculpou-se pelo cansaço, e por uma arreliadora tosse, e interpretou com alma todos os temas já bem conhecidos dos mais atentos, com destaque para uma bela versão de «Careless Whispers» dos Wham!, e para «Standing In The Way of Control». Esta foi a última canção, altura em Beth pulou do palco para perto da primeira fila onde terminou o concerto. Já os companheiros recolhiam quando pudemos assistir aos seus dotes de alpinista a escalar a plataforma do palco. Isto perante o aplauso em sinal de aprovação geral. Carismática passagem pelo SBSR.
Não era só Ditto que esperava com ansiadade pelos Tv On The Radio, uma plateia bem composta mostrava interesse em ver como os autores de «Return to Cookie Mountain», para muitos o melhor disco do ano passado, defendiam as suas canções ao vivo. Aqui destacou-se a força da técnica da banda de Brooklyn, em especial a genica do vocalista Tunde Adebimpe que manteve o interesse sempre alto na sua actuação até ao auge deste fim de tarde que foi a interpretação do soberbo «Wolf Like Me». Esta passagem só foi mais marcante devido a problemas de som que os prejudicaram, coisa que até aqui tinha sido rara neste palco. De qualquer forma um concerto de saldo positivo.
A honra de abertura deste último dia teria cabido à revelação angolana de hip hop, ala mais r&b, Anselmo Ralph. E só não foi assim porque surpreendemente apareceram em palco por volta das 16h30 os portugueses Gentlemen Strip Club a dar pop condizente com a tarde quente a quem já circulava no recinto.
Por sua vez Anselmo Ralph apresentou-se como revelação do Super Rock realizado em Angola há uns meses e tentou angariar admiradores para a sua causa recorrendo à temática amorosa.
Bem mais interessante foi a curta actuação dos Micro Audio Wave que mostraram a grande qualidade do seu novo trabalho, «Odd Size Baggage». Cláudia Efe, Flak e Carlos Morgado estão no caminho certo para o reconhecimento geral, basta ver a maneira como interpretaram o prometedor single «Down by Flow». Estão em claro crescendo.
Os X-Wife apostaram na apresentação de novos temas a incluir no próximo álbum. Naturalmente a reacção dos poucos festivaleiros no recinto não foi tão entusiástica como nos momentos em que João Vieira e companheiros se atiraram às canções já conhecidas. Uma actuação segura a demonstrar a experiência que os X-Wife já têm deste tipo de eventos.
in Disco Digital
A técnica da força é o estilo do trio Gossip onde Beth Ditto é a figura maior. O trocadilho é tão óbvio quanto irresistivel: foi uma actuação de peso! Miss Beth exibiu vestido azulado, e passeou-se descalça enquanto projectava a sua poderosa voz para um recinto já com alguns milhares admiradores.
Não, não se despiu. Foi expansiva na comunicação com a plateia, disse que queria muito ver os TV on The Radio, desculpou-se pelo cansaço, e por uma arreliadora tosse, e interpretou com alma todos os temas já bem conhecidos dos mais atentos, com destaque para uma bela versão de «Careless Whispers» dos Wham!, e para «Standing In The Way of Control». Esta foi a última canção, altura em Beth pulou do palco para perto da primeira fila onde terminou o concerto. Já os companheiros recolhiam quando pudemos assistir aos seus dotes de alpinista a escalar a plataforma do palco. Isto perante o aplauso em sinal de aprovação geral. Carismática passagem pelo SBSR.
Não era só Ditto que esperava com ansiadade pelos Tv On The Radio, uma plateia bem composta mostrava interesse em ver como os autores de «Return to Cookie Mountain», para muitos o melhor disco do ano passado, defendiam as suas canções ao vivo. Aqui destacou-se a força da técnica da banda de Brooklyn, em especial a genica do vocalista Tunde Adebimpe que manteve o interesse sempre alto na sua actuação até ao auge deste fim de tarde que foi a interpretação do soberbo «Wolf Like Me». Esta passagem só foi mais marcante devido a problemas de som que os prejudicaram, coisa que até aqui tinha sido rara neste palco. De qualquer forma um concerto de saldo positivo.
A honra de abertura deste último dia teria cabido à revelação angolana de hip hop, ala mais r&b, Anselmo Ralph. E só não foi assim porque surpreendemente apareceram em palco por volta das 16h30 os portugueses Gentlemen Strip Club a dar pop condizente com a tarde quente a quem já circulava no recinto.
Por sua vez Anselmo Ralph apresentou-se como revelação do Super Rock realizado em Angola há uns meses e tentou angariar admiradores para a sua causa recorrendo à temática amorosa.
Bem mais interessante foi a curta actuação dos Micro Audio Wave que mostraram a grande qualidade do seu novo trabalho, «Odd Size Baggage». Cláudia Efe, Flak e Carlos Morgado estão no caminho certo para o reconhecimento geral, basta ver a maneira como interpretaram o prometedor single «Down by Flow». Estão em claro crescendo.
Os X-Wife apostaram na apresentação de novos temas a incluir no próximo álbum. Naturalmente a reacção dos poucos festivaleiros no recinto não foi tão entusiástica como nos momentos em que João Vieira e companheiros se atiraram às canções já conhecidas. Uma actuação segura a demonstrar a experiência que os X-Wife já têm deste tipo de eventos.
in Disco Digital
Festival Super Bock Super Rock, dia 4: Negros como a noite
Enérgicos como sempre, os Scissor Sisters foram saudável aquecimento para o grande concerto da quarta – e última - noite do Super Bock Super Rock, da responsabilidade dos Interpol. O término do 13º SBSR deu-se com os Underworld, num tempo extra que teve na electrónica papel principal.
Coube aos Scissor Sisters a sempre excitante missão de fazer a ponte entra a luz do dia e a soturnidade da noite. Quem os viu recentemente, no Coliseu dos Recreios, presenciou no Parque Tejo o mesmo conceito de espectáculo, com menos tempo dedicado às canções mais lentas mas a mesma entrega e dinamismo de sempre. Óptima banda para festival, indiferença é algo que não se passa por aqui: quer em palco quer na reacção do público, ora em comunhão total com a banda ora a tentar imitar as danças de Jake Shears em modo trocista. Não foram tão marcantes como na data recente no Coliseu de Lisboa, mas deixaram claramente a sua marca, e merecem pontos extra por isso.
Grande concerto depois para os também nova-iorquinos Interpol, em modo de antevisão para «Our Love to Admire», terceiro de originais a editar na próxima segunda-feira. Envolvente será, provavelmente, o mais ajustado adjectivo para um espectáculo dos Interpol, tamanho é o grau de ligação entre o repertório da banda e o espírito global do público, do primeiro ao último instantes colado ao palco, às canções e à pose dos quatro norte-americanos.
A tocar presentemente com um teclista convidado, parece evidente que esta nova componente electrónica alargou fortemente os horizontes da banda, muito mais amplos musicalmente nos dias de hoje, mesmo que as novas canções pareçam, em primeira instância, mais difíceis de assimilar. Raramente trocam olhares entre si, mas tocam coesos como pouco. Vestem de negro, quase todos de fato (excepção para o look mais desportivo do vocalista Paulo Banks) e têm um baixista – Carlos D. – com o melhor bigode de todo o festival. Foram enormes no SBSR porque pegaram no melhor do trabalho conhecido em disco, moldaram-no e, sem tempo para pausas, despejaram suor e amor. Coube-nos a nós admirá-los. Grande concerto, nunca é demais repetir.
A noite – e Festival – findou ao som dos Underworld, num raro destaque no cartaz a sonoridades mais electrónicas. Houve, durante este 13º SBSR, pouca margem de manobra para bandas de cariz mais electrónica mas, e no que concerne aos Underworld, esse destaque ficou muitíssimo bem entregue. Mesmo para os que só conheciam o clássico «Born Slippy», o espectáculo dos britânicos assentou que nem uma luva na conclusão de um evento que foi, parece evidente, sucesso total e quase absoluto em matéria de concertos. A última noite acabou por ser a mais nivelada por cima no geral, mesmo que nenhum concerto se tenha equiparado às epifanias protagonizadas por Arcade Fire e LCD Soundsystem. Até para o ano, Super Bock Super Rock.
in Disco Digital por Pedro Figueiredo
Coube aos Scissor Sisters a sempre excitante missão de fazer a ponte entra a luz do dia e a soturnidade da noite. Quem os viu recentemente, no Coliseu dos Recreios, presenciou no Parque Tejo o mesmo conceito de espectáculo, com menos tempo dedicado às canções mais lentas mas a mesma entrega e dinamismo de sempre. Óptima banda para festival, indiferença é algo que não se passa por aqui: quer em palco quer na reacção do público, ora em comunhão total com a banda ora a tentar imitar as danças de Jake Shears em modo trocista. Não foram tão marcantes como na data recente no Coliseu de Lisboa, mas deixaram claramente a sua marca, e merecem pontos extra por isso.
Grande concerto depois para os também nova-iorquinos Interpol, em modo de antevisão para «Our Love to Admire», terceiro de originais a editar na próxima segunda-feira. Envolvente será, provavelmente, o mais ajustado adjectivo para um espectáculo dos Interpol, tamanho é o grau de ligação entre o repertório da banda e o espírito global do público, do primeiro ao último instantes colado ao palco, às canções e à pose dos quatro norte-americanos.
A tocar presentemente com um teclista convidado, parece evidente que esta nova componente electrónica alargou fortemente os horizontes da banda, muito mais amplos musicalmente nos dias de hoje, mesmo que as novas canções pareçam, em primeira instância, mais difíceis de assimilar. Raramente trocam olhares entre si, mas tocam coesos como pouco. Vestem de negro, quase todos de fato (excepção para o look mais desportivo do vocalista Paulo Banks) e têm um baixista – Carlos D. – com o melhor bigode de todo o festival. Foram enormes no SBSR porque pegaram no melhor do trabalho conhecido em disco, moldaram-no e, sem tempo para pausas, despejaram suor e amor. Coube-nos a nós admirá-los. Grande concerto, nunca é demais repetir.
A noite – e Festival – findou ao som dos Underworld, num raro destaque no cartaz a sonoridades mais electrónicas. Houve, durante este 13º SBSR, pouca margem de manobra para bandas de cariz mais electrónica mas, e no que concerne aos Underworld, esse destaque ficou muitíssimo bem entregue. Mesmo para os que só conheciam o clássico «Born Slippy», o espectáculo dos britânicos assentou que nem uma luva na conclusão de um evento que foi, parece evidente, sucesso total e quase absoluto em matéria de concertos. A última noite acabou por ser a mais nivelada por cima no geral, mesmo que nenhum concerto se tenha equiparado às epifanias protagonizadas por Arcade Fire e LCD Soundsystem. Até para o ano, Super Bock Super Rock.
in Disco Digital por Pedro Figueiredo
05 julho 2007
SBSR DIA 4: Horários
Underworld (00h45 - 02h00)
Interpol (23h05 - 00h25)
Scissor Sisters (21h20 - 22h35)
TV On The Radio (20h10 - 21h00)
The Gossip (19h05 - 19h50)
X-Wife (18h10 - 18h50)
Micro Audio Waves (17h35 - 17h55)
Anselmo Ralph (17h00 - 17h20)
Interpol (23h05 - 00h25)
Scissor Sisters (21h20 - 22h35)
TV On The Radio (20h10 - 21h00)
The Gossip (19h05 - 19h50)
X-Wife (18h10 - 18h50)
Micro Audio Waves (17h35 - 17h55)
Anselmo Ralph (17h00 - 17h20)
SBSR DIA3: LCD Vence Jesus
Na segunda noite do Acto 2 do Super Rock assistiu-se ao triunfo das batidas dos LCD Soundsystem sobre a caricatura depressiva anos 80 dos Jesus & Mary Chain. O confronto não foi suficientemente apelativo para atrair novas, e velhas gerações de fãs de música. Nem a interessante presença dos Maximo Park evitou que esta fosse a noite mais fraca em termos de festivaleiros no recinto. Ficam a perder todos os que não viram a grandiosa actuação da banda de James Murphy.
É já uma tradição no 13º Super Rock, o último concerto da noite é sempre arrebatador. Aos Metallica, e aos Arcade Fire, juntam-se os LCD Soundsystem com um concerto digno de figurar nos primeiros lugares do ranking desta edição. Pairava a incerteza perante o sucesso na transição do excelente «Sound of Silver» para palco. Se dúvidas ainda existiam com o avançar do concerto foram liquidadas logo na fabulosa interpretação de «All My Friends». Os LCD funcionam na perfeição ao vivo, os sons saem-lhes fortes, incisivos e contagiantes. O ritmo leva qualquer corpo a esboçar uma dança, e a voz de James Murphy está à altura do compromisso de apresentar canções como «North American Scum». Um grande concerto algures entre o rock e a música de dança, em que os LCD se confirmam como uma banda sólida de palco.
Foi um encerrar de noite entre pulos, e muita dança, que sucedeu a um dos momentos mais misteriosos deste Super Rock. Antes do triunfo de Murphy, tinham actuado os Jesus & Mary Chain. O objectivo dos irmão Reid e companhia foi cumprido, ou seja ninguém ficou indiferente a esta ressureição. Houve quem detestasse, houve quem adorasse. A verdade é que há motivos para ambos os lados. Para quem cresceu ao som de «Psychocandy», editado há mais de 20 anos, não consegue evitar um sentimento de emoção ao ouvir aquelas músicas. Aliásm o alinhamento escolhido foi feliz e juntou clássicos dos diferentes discos com temas novos que farão parte de um novo disco. Em contraste com a emoção própria de quem os recorda está o duro facto de olharmos para os Jesus & Mary Chain ali à nossa frente e sentirmos que estão feitos uns meninos. Os cortes de cabelo, o som limpo, a atitude passiva, tudo contraste com as nossas memórias de passagens anteriores pelo Pavilhão Carlos Lopes, ou pelo Super Rock de 1995. De qualquer maneira acabaram por dar uma concerto digno já que deram bem a volta a uma entrada em cena desastrada, e depois de um engano com direito a recomeço no clássico «Some Candy Talking». A partir daí melhoraram mas não o suficiente para sairem de Lisboa triunfadores.
Bem energético, e motivado estava o líder dos Maxïmo Park Paul Smith. De regresso ao nosso país, depois de uma passagem pelo Sudoeste, e com álbum novo («A Certain Trigger») na bagagem, defenderam bem o prestígio de serem editados pela selecta Warp, editora mais dada a electrónicas, e exposeram o seu rock pop com grande entrega, e muita comunicação com um público em número reduzido, mas conhecedor e apreciador da sua música. Prometem voltar.
in Disco Digital
É já uma tradição no 13º Super Rock, o último concerto da noite é sempre arrebatador. Aos Metallica, e aos Arcade Fire, juntam-se os LCD Soundsystem com um concerto digno de figurar nos primeiros lugares do ranking desta edição. Pairava a incerteza perante o sucesso na transição do excelente «Sound of Silver» para palco. Se dúvidas ainda existiam com o avançar do concerto foram liquidadas logo na fabulosa interpretação de «All My Friends». Os LCD funcionam na perfeição ao vivo, os sons saem-lhes fortes, incisivos e contagiantes. O ritmo leva qualquer corpo a esboçar uma dança, e a voz de James Murphy está à altura do compromisso de apresentar canções como «North American Scum». Um grande concerto algures entre o rock e a música de dança, em que os LCD se confirmam como uma banda sólida de palco.
Foi um encerrar de noite entre pulos, e muita dança, que sucedeu a um dos momentos mais misteriosos deste Super Rock. Antes do triunfo de Murphy, tinham actuado os Jesus & Mary Chain. O objectivo dos irmão Reid e companhia foi cumprido, ou seja ninguém ficou indiferente a esta ressureição. Houve quem detestasse, houve quem adorasse. A verdade é que há motivos para ambos os lados. Para quem cresceu ao som de «Psychocandy», editado há mais de 20 anos, não consegue evitar um sentimento de emoção ao ouvir aquelas músicas. Aliásm o alinhamento escolhido foi feliz e juntou clássicos dos diferentes discos com temas novos que farão parte de um novo disco. Em contraste com a emoção própria de quem os recorda está o duro facto de olharmos para os Jesus & Mary Chain ali à nossa frente e sentirmos que estão feitos uns meninos. Os cortes de cabelo, o som limpo, a atitude passiva, tudo contraste com as nossas memórias de passagens anteriores pelo Pavilhão Carlos Lopes, ou pelo Super Rock de 1995. De qualquer maneira acabaram por dar uma concerto digno já que deram bem a volta a uma entrada em cena desastrada, e depois de um engano com direito a recomeço no clássico «Some Candy Talking». A partir daí melhoraram mas não o suficiente para sairem de Lisboa triunfadores.
Bem energético, e motivado estava o líder dos Maxïmo Park Paul Smith. De regresso ao nosso país, depois de uma passagem pelo Sudoeste, e com álbum novo («A Certain Trigger») na bagagem, defenderam bem o prestígio de serem editados pela selecta Warp, editora mais dada a electrónicas, e exposeram o seu rock pop com grande entrega, e muita comunicação com um público em número reduzido, mas conhecedor e apreciador da sua música. Prometem voltar.
in Disco Digital
Festival Super Bock Super Rock, dia 3: Mundo Cão e CYHSY
Uns Mundo Cão ainda algo verdes em palco abriram o terceiro dia de actividades do 13º Super Bock Super Rock. Horas mais tarde, coube aos Clap Your Hands Say Yeah um dos mais entusiasmantes concertos do dia.
Boa parte do destaque numa actuação dos Mundo Cão centra-se na figura de Pedro Laginha, vocalista e cara de um projecto que tem em «Morfina» single de destaque no airplay radiofónico nacional. A escola Mão Morta tem aqui descendência visível, faltando aos Mundo Cão solidificar uma série de boas ideias e canções em espectáculos mais amplos e conseguidos. Mesmo assim, a verdade é que há por aqui coisas boas que merecem destaque, secção rítmica à cabeça.
Depois dos Linda Martini, os Clap Your Hands Say Yeah (CYHSY) afastaram receios de um concerto menor, parente directo de um segundo de originais longe qualitativamente da estreia de há alguns anos atrás. Liderados pela presença e voz de Alec Ounsworth, os CYHSY pegam em muito bom pedaço da história da música e ajustam-no ao seu tempo com relativa mestria e inventividade. Centrados numa voz única (ame-se ou odeie-se, não é por isso que deixa de ser ave rara), são os teclados e restantes elementos electrónicos que conferem maior profundidade à sonoridade da banda, que tem aí um filão para explorar ainda mais num futuro próximo.
Houve, da parte dos CYHSY, uma inteligentíssima gestão de alinhamento, que centrou boa parte das atenções na estreia ficando o recente segundo tomo relegado a plano menor, com inclusão apenas das canções globalmente (banda incluída) tidas como mais certeiras. Casos, refira-se em adenda, de «Yankee Go Home» ou a excelente ao vivo «Satan Said Dance». CYHSY, ou como os Talking Heads nunca fizeram tanto sentido – excelentes.
in Disco Digital por Pedro Figueiredo
Boa parte do destaque numa actuação dos Mundo Cão centra-se na figura de Pedro Laginha, vocalista e cara de um projecto que tem em «Morfina» single de destaque no airplay radiofónico nacional. A escola Mão Morta tem aqui descendência visível, faltando aos Mundo Cão solidificar uma série de boas ideias e canções em espectáculos mais amplos e conseguidos. Mesmo assim, a verdade é que há por aqui coisas boas que merecem destaque, secção rítmica à cabeça.
Depois dos Linda Martini, os Clap Your Hands Say Yeah (CYHSY) afastaram receios de um concerto menor, parente directo de um segundo de originais longe qualitativamente da estreia de há alguns anos atrás. Liderados pela presença e voz de Alec Ounsworth, os CYHSY pegam em muito bom pedaço da história da música e ajustam-no ao seu tempo com relativa mestria e inventividade. Centrados numa voz única (ame-se ou odeie-se, não é por isso que deixa de ser ave rara), são os teclados e restantes elementos electrónicos que conferem maior profundidade à sonoridade da banda, que tem aí um filão para explorar ainda mais num futuro próximo.
Houve, da parte dos CYHSY, uma inteligentíssima gestão de alinhamento, que centrou boa parte das atenções na estreia ficando o recente segundo tomo relegado a plano menor, com inclusão apenas das canções globalmente (banda incluída) tidas como mais certeiras. Casos, refira-se em adenda, de «Yankee Go Home» ou a excelente ao vivo «Satan Said Dance». CYHSY, ou como os Talking Heads nunca fizeram tanto sentido – excelentes.
in Disco Digital por Pedro Figueiredo
Manu Chao no Sudoeste
É a grande notícia que faltava ao festival alentejano, Manu Chao vai actuar no Sudoeste! Para quem já pensava em ir a Vigo pode começar a apontar baterias para sul porque o espectáculo vai ser de arromba.
Actualização:
Manu Chao toca logo na primeira noite do Sudoeste a 2 de Agosto.
Alinhamento conhecido até agora:
Dia 2: Manu Chao, Damian Marley, Gilberto Gil, Mayra Andrade, I'm From Barcelona e Cassius (Palco TMN); Rui Vargas, Noisettes, 2 DJs do C******, Camera Obscura e Ojos de Brujo (Tenda Planeta Sudoeste)
Dia 3: Cypress Hill, The Cinematics, Just Jack, Outlandish, Armandinho e Buraka Som Sistema (Palco TMN); Mary Ann Hobbs, Bonde do Rolê, Datarock, Balla, Os Lambas e Nastio; General Levy + Robbo Ranx, Steel Pulse, Soldiers of Jah Army e Manif3stos (Palco Positive Vibes)
Dia 4: Groove Armada, The Streets, Sam the Kid, Sérgio Godinho, Air Traffic, Australian Pink Floyd (after-hours - Palco TMN); Koop, Patrick Wolf, Sondre Lerche, Sonic Junior, Vanessa da Mata, Tiago Bettencourt, Eta Carinae (Planeta Sudoeste); Sounds Portugueses, Saian Supa Crew, Martin Jondo, Stepacide (Palco Positive Vibes)
Dia 5: James, Mika, Phoenix, Razorlight e Babylon Circus (Palco TMN); The National, Of Montreal, Trail of Dead, Tara Perdida, 2008, Rui Vargas e Stereo Addiction (Tenda Planeta Sudoeste); Pow Pow Movement, Tiken Jah Fakoly, Yellowman e Alioune K (Positive Vibes)
04 julho 2007
SBSR DIA 3 - The Rapture Cancelados!
O concerto dos The Rapture foi cancelado.
actualização de horários:
18h00 - Mundo Cão
18h55 - Linda Martini
20h00 - Clap Your Hands Say Yeah
21h25 - Maxïmo Park
22h45 - Jesus & Mary Chain
00h20 - LCD Soundsystem
actualização de horários:
18h00 - Mundo Cão
18h55 - Linda Martini
20h00 - Clap Your Hands Say Yeah
21h25 - Maxïmo Park
22h45 - Jesus & Mary Chain
00h20 - LCD Soundsystem
Festival Super Bock Super Rock, dia 2 (parte 2): O acto divino
Primeira noite do segundo acto do Super Rock a registar apenas metade da afluência de festivaleiros em relação ao que se tinha visto na última quinta feira. A tribo metaleira ainda é o que era, fiéis seguidores dos seus ídolos. Já a comunidade menos heterogena composta de fãs dos Bloc Party e Arcade Fire respondeu em menor número, por volta de 20 mil pessoas, ao apelo de uma noite a ameaçar chuva, mas compensadora.
Para quem, como eu, estava com um secreto receio que a performance de Paredes de Coura não fosse igualada, os Arcade Fire responderam com uma energia, e uma entrega emocionante. Já ia bem lançado o concerto quando umas tímidas pingas de chuva abençoaram aquela reunião. O povo rendido, hipnotizado, e entregue à causa de 10 seres maiores que pisavam um palco com pinta de igreja. Cortinas vermelhas como fundo, vários pequenos, e redondos, ecrans espalhados entre os músicos que projectavam a imagem da bíblia em neon que ilustra a capa deste novo trabalho. Se eles representam uma religião então é a ela que eu pertenço. A vantagem destes canadianos é que só sabem fazer canções grandiosas. Foi assim no disco de estreia, e voltaram a confirmar tudinho na nova edição deste ano. Pelo meio tinha ficado uma inesquecível passagem por Coura, portanto esta é uma banda só com pontos altos aos nossos ouvidos. Desde o arranque ao som de «Black Mirror» que o vocalista Win Butler e seus pares agarrou o público com uma actuação sempre em alta , e que no momento de «Neighborhood #3 (Power Out)» atingiu o auge, e por aí se manteve até ao fim com uma recta final avassaladora!
Antes tinham estado em acção os Bloc Party que tinham em comum com os Arcade Fire o facto de também terem assinado uma boa passagem por Coura. Mas desta vez a actuação dos londrinos não foi tão convincente. Houve momentos altos com a passagem pelos hits de «Silent Alarm», especialmente com o single que serve uma operadora de telemóveis, mas o facto de os dois discos editados serem desiquilibrados reflecte-se ao vivo, e nem a esforçada prestação de Kele Okereke consegue catapultar os Bloc Party para uma dimensão superior. Assim ficam-se por um concerto regular.
Surpreendente, em particular para quem não os conhecia, foi a apresentação dos Magic Numbers às primeiras horas da noite. Conseguiram transmitir a sua pop delicada que os seus discos anunciam, e fizeram valer as suas canções já rotuladas de California Sixties em formato quase familiar. Para ser perfeito só faltou o respectivo sol aparecer.
in Disco Digital
Para quem, como eu, estava com um secreto receio que a performance de Paredes de Coura não fosse igualada, os Arcade Fire responderam com uma energia, e uma entrega emocionante. Já ia bem lançado o concerto quando umas tímidas pingas de chuva abençoaram aquela reunião. O povo rendido, hipnotizado, e entregue à causa de 10 seres maiores que pisavam um palco com pinta de igreja. Cortinas vermelhas como fundo, vários pequenos, e redondos, ecrans espalhados entre os músicos que projectavam a imagem da bíblia em neon que ilustra a capa deste novo trabalho. Se eles representam uma religião então é a ela que eu pertenço. A vantagem destes canadianos é que só sabem fazer canções grandiosas. Foi assim no disco de estreia, e voltaram a confirmar tudinho na nova edição deste ano. Pelo meio tinha ficado uma inesquecível passagem por Coura, portanto esta é uma banda só com pontos altos aos nossos ouvidos. Desde o arranque ao som de «Black Mirror» que o vocalista Win Butler e seus pares agarrou o público com uma actuação sempre em alta , e que no momento de «Neighborhood #3 (Power Out)» atingiu o auge, e por aí se manteve até ao fim com uma recta final avassaladora!
Antes tinham estado em acção os Bloc Party que tinham em comum com os Arcade Fire o facto de também terem assinado uma boa passagem por Coura. Mas desta vez a actuação dos londrinos não foi tão convincente. Houve momentos altos com a passagem pelos hits de «Silent Alarm», especialmente com o single que serve uma operadora de telemóveis, mas o facto de os dois discos editados serem desiquilibrados reflecte-se ao vivo, e nem a esforçada prestação de Kele Okereke consegue catapultar os Bloc Party para uma dimensão superior. Assim ficam-se por um concerto regular.
Surpreendente, em particular para quem não os conhecia, foi a apresentação dos Magic Numbers às primeiras horas da noite. Conseguiram transmitir a sua pop delicada que os seus discos anunciam, e fizeram valer as suas canções já rotuladas de California Sixties em formato quase familiar. Para ser perfeito só faltou o respectivo sol aparecer.
in Disco Digital
Festival Super Bock Super Rock, dia 2 (parte 1): A desilusão Klaxons
Cinzenta. Mais em termos atmosféricos do que musicais, felizmente. Foi assim que começou a tarde do primeiro dia do segundo acto do Super Bock Super Rock, versão 2007. Das bandas nacionais ficaram memórias diversas, coube aos britânicos Klaxons a primeira desilusão do dia.
A tarde começou ao som dos Y?, vencedores do concurso Super Bock Super Rock Pre-Load. Actuaram, como prémio, quinze minutos, num concerto do qual se podem orgulhar e contar, um dia mais tarde, aos netos. Infelizmente, para os presentes, na retina fica pouco mais do que a boa voz – e presença – da vocalista, e uma sonoridade que lembra os Guano Apes com mais ligações ao metal. Foram algo inconclusivos e inócuos, mas mesmo assim animaram algumas dezenas de pessoas neste começo de tarde. Posteriormente, coube aos Bunnyranch o primeiro excelente concerto deste Act 2, lição de bom rock’n’roll facção guitarras mais teclados – tudo isto com sentido de humor e extrema pertinência. Fizeram, certamente, alguns amigos na tarde de ontem.
O arranque do concerto dos The Gift foi pontuado por uma série de problemas técnicos que limitaram boa parte da manobra dos quatro de Alcobaça. Se a hora (cedo, cedíssimo) a que tocaram levou a alguma desmotivação da parte dos músicos, a verdade é que não foi por actuações como a de ontem que os The Gift estão onde estão – seguros e plenamente firmados no panorama pop/rock nacional. Ontem, foram algo previsíveis e sem chama, em concerto eficaz e pouco mais, que só na recta final ousou realmente levantar. Na retina: a camisola transparente de Sónia Tavares, a gravata de Nuno Gonçalves, e o final de «So Free», ainda e sempre uma das melhores canções da banda.
Seguiram-se no alinhamento os Klaxons, uma das maiores desilusões da noite. Na verdade, os temas da banda são, regra geral, bons, não obstante serem pouco diferentes entre si. Todavia, a sensação de estar-se a assistir a um concerto em tudo semelhante ao que é ouvido em disco não foi, certamente, aquilo que muito boa gente esperava. As filas da frente agitaram-se, mas no geral ficou o amargo travo da decepção. Fiquemo-nos pela boa memória da estreia em álbum e pelo íntimo desejo de nova oportunidade, ao vivo, para breve trecho.
In Disco Digital por Pedro Figueiredo
A tarde começou ao som dos Y?, vencedores do concurso Super Bock Super Rock Pre-Load. Actuaram, como prémio, quinze minutos, num concerto do qual se podem orgulhar e contar, um dia mais tarde, aos netos. Infelizmente, para os presentes, na retina fica pouco mais do que a boa voz – e presença – da vocalista, e uma sonoridade que lembra os Guano Apes com mais ligações ao metal. Foram algo inconclusivos e inócuos, mas mesmo assim animaram algumas dezenas de pessoas neste começo de tarde. Posteriormente, coube aos Bunnyranch o primeiro excelente concerto deste Act 2, lição de bom rock’n’roll facção guitarras mais teclados – tudo isto com sentido de humor e extrema pertinência. Fizeram, certamente, alguns amigos na tarde de ontem.
O arranque do concerto dos The Gift foi pontuado por uma série de problemas técnicos que limitaram boa parte da manobra dos quatro de Alcobaça. Se a hora (cedo, cedíssimo) a que tocaram levou a alguma desmotivação da parte dos músicos, a verdade é que não foi por actuações como a de ontem que os The Gift estão onde estão – seguros e plenamente firmados no panorama pop/rock nacional. Ontem, foram algo previsíveis e sem chama, em concerto eficaz e pouco mais, que só na recta final ousou realmente levantar. Na retina: a camisola transparente de Sónia Tavares, a gravata de Nuno Gonçalves, e o final de «So Free», ainda e sempre uma das melhores canções da banda.
Seguiram-se no alinhamento os Klaxons, uma das maiores desilusões da noite. Na verdade, os temas da banda são, regra geral, bons, não obstante serem pouco diferentes entre si. Todavia, a sensação de estar-se a assistir a um concerto em tudo semelhante ao que é ouvido em disco não foi, certamente, aquilo que muito boa gente esperava. As filas da frente agitaram-se, mas no geral ficou o amargo travo da decepção. Fiquemo-nos pela boa memória da estreia em álbum e pelo íntimo desejo de nova oportunidade, ao vivo, para breve trecho.
In Disco Digital por Pedro Figueiredo
03 julho 2007
SBSR DIA2: Primeiras Impressões
Enquanto os Klaxons são apoteoticamente recebidos por uma plateia já bem composta, actualizo as informações sobtre o arranque do segundo dia do Super Rock. Muito menos gente no recinto até às 20h se compararmos com a 5ª feira metaleira, o que se prova mais uma vez a fidelidade dos fãs dos sons mais pesados nestas coisas.
A representação portuguesa já passou pelo Parque Tejo com concertos ods The Gift, e dos irreverentes Bunnyrunch. A abrir a tarde estiveram os estreantes Y?.
O tempo está ameaçador mas não faz frio por enquanto embore já se saiba que lá mais para a noite a coisa ficará mais agreste.
A representação portuguesa já passou pelo Parque Tejo com concertos ods The Gift, e dos irreverentes Bunnyrunch. A abrir a tarde estiveram os estreantes Y?.
O tempo está ameaçador mas não faz frio por enquanto embore já se saiba que lá mais para a noite a coisa ficará mais agreste.
SBSR DIA 2: Horários
Arcade Fire (00h00 - 01h30)
Bloc Party (22h25 - 23h40)
The Magic Numbers (21h05 - 22h05)
Klaxons (19h45 - 20h45)
The Gift (18h35 - 19h25)
Bunnyranch (17h30 - 18h15)
Banda Pre-Load (17h00 - 17h15)
Bloc Party (22h25 - 23h40)
The Magic Numbers (21h05 - 22h05)
Klaxons (19h45 - 20h45)
The Gift (18h35 - 19h25)
Bunnyranch (17h30 - 18h15)
Banda Pre-Load (17h00 - 17h15)
Gotan Project @ Oeiras: A Tanga do Tango
Gotan Project em Oeiras
Jardim do Marquês de Pombal, Cool Jazz Fest
O regresso dos Gotan Project a Lisboa foi calorosamente celebrado por muitos admiradores que encheram o bonito Jardim Marquês de Pombal em Oeiras para ver e ouvir o resultado de sons do tango dentro de uma enorme misturadora em forma de mesa de misturas onde já não há só electrónica dançável. Apesar de estarem longe do brilhantismo e da originalidade com que se estrearam por cá na Aula Magna no princípio da década, ainda conseguem arrancar bons momentos.
O problema dos Gotan Project foi logo o primeiro álbum. Para quem não se lembra recordemos que o som dos Gotan Project cativou pela originalidade de cruzar tão bem a sensualidade do tango, com a batida dançável. Por cá começou-se a ouvir em rádios mais "alternativas", como a Voxx, singles como o perfeito Santa María (del Buen Ayre), que ainda hoje resulta muito bem ao vivo como se pôde constatar esta noite.
A questão é que para quem na altura andava mais atento foi coleccionando quase todos os temas que mais tarde foram reunidos em formato de álbum, e que originou "La Revancha del Tango". Ou seja, já aí se esperava mais do que uma simples compilação de singles. Ficou-se à espera do passo em frente, enquanto assistimos a mais do que uma passagem pelos nossos palcos com espectáculos convincentes.
Só que o próximo passo nunca aconteceu verdadeiramente, e os Gotan Project preferiram seguir o caminho mais seguro, e mais desinteressante, que foi o de fidelizarem a imensa franja de fãs que os foram conhecendo pelo rótulo de Lounge Music para pessoas com gosto. Digamos que acertaram na escolha já que conseguiram o que queriam; vender discos, e concertos cheios. A nível musical facilitaram e ficámos todos a perder, pois em vez de termos uns Gotan Project a contiuarem a árdua tarefa de dar novas coordenadas ao seu tango, temos uma banda a partir de uma batida continuada, embebida num acordeão preguiçoso, a cruzar tudo o que de mais óbivo há, e nem o rap escapa.
Em palco a postura, e o ambiente visual também mudou radicalmente. Já não temos dançarinos de tango à frente dos músicos, agora em palco todos se vestem de branco de maneira a não atrapalhar os jogos de luzes, entre o azul e o vermelho, e as imagens no fundo do palco que constroem autênticos videoclips em cada canção.
O que é mais improvável; cruzar tango com rap?, o Benfica equipar de rosa?, ou a plateia dos Gotan Project aproveitar qualquer deixa para acompanhar aquela música com palminhas?!
Todas são hipóteses descabidas, no entanto todas elas são realidade hoje como sabemos. O tango com o rap até se safa, mas o público a tentar companhar com palminhos durante 20 segundos pedaços daquela música é uma parolice! Mas o pessoal estava preocupado com o difícil estacionamento do carrinho, houve até quem se pirasse logo do recinto antes de haver encore, tal era a pressa para não perder horas de sono no início da semana de trabalho!
E quem saíu fez mal porque o tema tocado no encore foi o momento alto da noite, juntamente com as passagens por La Revancha del Tango, que começou com as meninas dos violinos a imitarem uma intro de uma canção de Michael Jackson, e acabou com um parabéns a você improvisado a um dos fundadores da banda. Foram largos minutos de excelentes instrumentais muito bem conseguidos.
De resto um belo embrulho para uma prenda já requentada, mas que satisfaz aquela audiência que não se importa de pagar por hora e meia de música quase tanto quanto a "chavalada" vai pagar amanhã no Parque Tejo para ver mais de 6 bandas com discos bem mais actuais.
02 julho 2007
Hoje Gotan Project em Oeiras
É o que se pode chamar de "linha" em termos de ocupação por noite de concertos nesta semana. Já se sabe que a partir de amanhã há maratona SBSR, e para sexta, noite de ressaca, já temos encontro marcado com os Asian Dub Foundation em Carcavelos.
Faltava a noite de hoje. Há minutos recebi um convite para ir ver os Gotan Project em Oeiras no Festival Cool Jazz Fest.
Já vi duas vezes Gotan Project. A 1ª na Aula Magna gostei. Traziam La Revacha del Tango na bagagem, e eu gostei muito da maioria dos singles que foram saindo antes de serem compilados naquele a que se chamou como disco de estreia. Esta espécie de electrotango acabou por ganhar tantos fãs que a sua música banalizou-se e por alturas da segunda passagem por Lisboa, a primeira no Coliseu, já não foi tão entusiasmante. A partir daí a batida esmoreceu e deixei de acompanhar a evolução do trio Eduardo Makaroff, Philiphe Cohen Solal e Christoph H. Müler.
Hoje, não sei porquê, resolvi aceitar o desafio de os rever e saber como é o seu recente disco Lunatico ao vivo. Expectativas baixas, pois claro, mas é certo que vai saber bem ouvir alguns temas do disco de estreia.
A partir das 22h em Oeiras, Jardim do Palácio Marquês de Pombal - Largo do Marquês de Pombal - Palácio
Faltava a noite de hoje. Há minutos recebi um convite para ir ver os Gotan Project em Oeiras no Festival Cool Jazz Fest.
Já vi duas vezes Gotan Project. A 1ª na Aula Magna gostei. Traziam La Revacha del Tango na bagagem, e eu gostei muito da maioria dos singles que foram saindo antes de serem compilados naquele a que se chamou como disco de estreia. Esta espécie de electrotango acabou por ganhar tantos fãs que a sua música banalizou-se e por alturas da segunda passagem por Lisboa, a primeira no Coliseu, já não foi tão entusiasmante. A partir daí a batida esmoreceu e deixei de acompanhar a evolução do trio Eduardo Makaroff, Philiphe Cohen Solal e Christoph H. Müler.
Hoje, não sei porquê, resolvi aceitar o desafio de os rever e saber como é o seu recente disco Lunatico ao vivo. Expectativas baixas, pois claro, mas é certo que vai saber bem ouvir alguns temas do disco de estreia.
A partir das 22h em Oeiras, Jardim do Palácio Marquês de Pombal - Largo do Marquês de Pombal - Palácio
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